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Artigos-->Homenagem ao poeta repentista Otacílio Batista - mscx -- 11/08/2003 - 02:19 (m.s.cardoso xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Homenagem ao repentista Otacílio Batista

Por: Maria do socorro Cardoso xavier



Que lindo encontro para homenagear um dos grandes repentistas e poetas da Paraíba, componente do trio: Dimas, Lourival e Otacílio Batista! Três irmãos, poetas e repentistas. Fenômeno desta família Batista. Primos do grande poeta, cordelista e escritor Paulo Nunes Batista.

Octacílio Batista, autor da conhecida música nacionalmente, “Mulher Nova Bonita e Carinhosa, faz o homem gemer sem sentir dor”. Gravada em primeira mão por Amelinha e Zé Ramalho. [este e sua prima Elba Ramalho, fenômenos e também paraibanos de Conceição - Itaporanga].

Fui convidada pelo cordelista e incentivador da cultura popular José de Sousa Dantas, que inclusive já organizou festivais de repentistas em João Pessoa e noutras cidades da Paraíba, a exemplo em sua terra natal Pombal-Pb, - terra do grande Domingos de Oliveira Medeiros, patrimônio da usina de letras.

Lá também, O Irani Medeiros, poeta pombalense, autor de A poesia Sertaneja, que, trata-se de uma antologia resgatando a obra do imortal cordelista paraibano, Leandro Gomes de Barros. Soube lá pelo próprio e pelo Dantas que ele é primo do Domingos.

Tive o prazer de conhecer também, a mim apresentado pelo Dantas, filhos (as) de Otacílio Batista. O jovem cordial Fernando Batista, que atua na área de jornalismo.

A homenagem foi no restaurante Mister Caipira na praia de Manaíra. Iniciou com a dupla de cantadores de repente, os Irmãos Nonatos, naturais de Patos-Pb, outro fenômeno, sendo da nova geração. Deram um verdadeiro show de criação poética e rima, com motes e galope à beira mar e outras modalidades de cantoria. Aplaudidos por todos. O restaurante se encontrava lotado.

Orlando Camboim o organizador do evento, muito se desdobrou pelo sucesso da festa. Inúmeros poetas e admiradores da cantoria e cordel, enfim da cultura popular lá estavam abrilhantando o encontro.

Diversos poetas presentes declamaram, inclusive Orlando Camboim; Elisete Cassiano, viúva também de um Batista de Teixeira; senhora poeta da Academia Paraibana de Poesia, minha amiga e outros.

O Dantas acompanhado da sua segunda esposa, Lola, que também pertence ainda ao clã dos Nunes, família de poetas e cantadores, prima da cordelista Julita Nunes, da serra do Teixeira. Bonita morena sertaneja. Dançaram um autêntico forró pé-de- serra.

Pois, após a apresentação da excelente dupla de cantadores, houve a apresentação de um conjunto musical “Clã Brasil” – [forró de pé de serra] formado quase todo por familiares: pais filhas e amigos. Quatro jovens meninas-moça: no acordeon, violão, pífano e triângulo. Um espetáculo de rara beleza! Resgataram em pout porri significativa parte do repertório do criador do baião, Luiz Gonzaga. Fiquei tão emocionada, lembrando-me da minha adolescência em Pernambuco, quando estava no auge as primeiras produções de Luiz Gonzaga, que havia migrado para São Paulo- fugindo da seca, em busca de um lugar ao sol. Por sinal, este grande compositor nordestino tocou quando ainda menino, acordeon no casamento de um tio meu, próximo a serra do Araripe, nas proximidades de Exu, alto sertão pernambucano. Luiz Gonzaga era amigo da minha família. Pacificou questões de família em Exu (entre os Alencar, Sampaio, Saraiva), clãs a qual pertencemos. Toda família de Luiz Gonzaga tinha o dom da música, a começar pelo velho Januário, {sanfona de oito baixos, bem antiga e rudimentar], com o qual Luiz Gonzaga fez a música, “Luiz, respeita Januário”.

Os presentes movidos pelo saudosismo dos festejos juninos, nos quais impera música de forró, caíram na dança, tão regional e autêntica do nosso Nordeste brasileiro.

Há tempo não tinha ido uma festa tão integrativa, tão maravilhosa! O cordel, mesmo abalado, a cantoria e a música regionalista estão revivescendo a cada dia! O povo mergulhando nas suas origens!

Que Deus louve o espírito de Otacílio Batista, dos irmãos Batista, Luiz Gonzaga e todos que encantaram este país, este Nordeste com poesia e música.

Otacílio nasceu a 26 de setembro de 1923 na Vila de Umburanas, município de São José do Egito [hoje Itapetim] em Pernambuco. Descendente dos Nunes da Costa e Batista de Teixeira-Pb. Há em toda família mais de cem cantadores. Faleceu em 5 de agosto de 2003. 5 de agosto: - Dia da Fundação da Paraíba.

...”Céus e terra estão cheio de glória... Hosana nas alturas!”

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