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Artigos-->O QUARTO PODER VI -- 10/08/2003 - 15:12 (DANIEL CARRANO ALBUQUERQUE) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Há quem diga que o quadro “pegadinhas” é realizado com a conivência prévia do popular exibido. Que se trata de uma farsa. Tenho minhas dúvidas e acredito que em muitos casos possa até haver uma combinação das duas formas de apresentação. Ou seriam os supostos atores muito bons na arte de representar. Há também quem afirme que o quadro só é exibido com o consentimento assinado do participante. Nesse caso, imagino que o número de “pegadinhas” deva ser maior que o mostrado, já que muitas pessoas devem se negar a autorizar sua exibição. Seja como for, é sempre muito desagradável ser incomodado na rua por gente que se presta a molecagens. Pois afinal, ser equipe de um canal de TV não é nenhum requisito de idoneidade moral que torna alguém isento de ser considerado moleque e com o direito de importunar pessoas comuns que na rua, usufruem da sua prerrogativa de ir e vir. Ou será que é? Um outro quadro de “pegadinha” que muito me impressionou, diria melhor me revoltou, foi o de um suposto escritório de advocacia em que uma jovem era testada para um emprego de recepcionista. O “patrão” a orientou para que atendesse um senhor que era muito nervoso e que estava relutando para assinar os papéis de divórcio pedidos pela sua esposa. O homem, uma pessoa corpulenta, idoso, calçando botas, um chapéu estilo texano e com uma peixeira na cintura entra exaltado na sala e, aos berros, esmurra a mesa atrás da qual se encontrava a mocinha. Muito tímida, magrinha e com ares de estreante, ela se assusta, pulando para trás. O homem então, saca a peixeira anunciando que irá se matar e executa, sob os olhos arregalados da menina, o truque do engolidor de espadas, ao que ela começa a gritar histericamente por socorro. O quadro é repetido com outras pessoas, uma delas uma senhora de uns sessenta anos que reage de maneira semelhante, sendo evidente o seu desespero. Estou mais do que convencido de que não é u’a mera teatralidade. E fico pensando. U’a menina que sai de casa angustiada com a procura de seu primeiro emprego. Uma senhora que, já em idade de usufruir de uma aposentadoria, na busca séria de um trabalho mereceriam ambas um grande respeito e não deveriam ser usadas de maneira sádica para uma brincadeira de mau gosto da qual se servem as emissoras para ganho de pontos em índices de audiência e enriquecimento fácil.



Agosto de 2003

Daniel Carrano Albuquerque

E-mail: notdam@bol.com.br
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