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Artigos-->A história secreta da Rede Globo -- 08/08/2003 - 23:42 (Athos Ronaldo Miralha da Cunha) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A história secreta da Rede Globo







- Quem era o responsável pelo jornalismo da Globo ontem a tarde?

- Pelo Jornal Nacional, Eduardo Simbalista; pelo jornalismo local, eu mesmo, Luis Carlos Cabral.

- É com você mesmo que eu quero falar. Você me desobedeceu.

Confesso, não é vergonha, a mão tremia. Não era medo do desemprego. Era o terror de quem vê desabar sobre si, repentinamente, o próprio Spectro.

- Você me desobedeceu. Eu disse que não era para projetar e você passou o dia inteiro projetando, dizendo que Brizola vai ganhar. Você me desobedeceu.

- Mas Dr Roberto eu não podia desobedecer a ordens que não recebi. Projetei segundo as orientações de meus chefes.

- E quem são seus Chefes?

- Os meus chefes são, pela ordem, Alice Maria, Armando Nogueira e Roberto Irineu.

- Eles não são chefes coisa nenhuma. O chefe aqui sou eu e você me desobedeceu. Vai trabalhando aí que segunda-feira a gente conversa.


(parte do livro “A história secreta da Rede Globo” de Daniel Herz)



Diálogo travado em 1982 durante a apuração das eleições para o governo do Rio de janeiro.

Foi naquele ano em que Brizola chamou a imprensa internacional para acompanhar a apuração dos votos. A astúcia de Brizola garantiu sua vitória.



Posteriormente, em 1989, na eleição em que Collor sagrou-se vencedor, mais uma vez o Dr Roberto, por intermédio da Globo tentou e obteve sucesso. Derrotou o candidato do PT com uma edição tendenciosa do debate entre os candidatos no Jornal Nacional.

Também devemos salientar que o movimento dos caras-pintadas e as memoráveis manifestações pelo impeachment que depôs Collor, também tiveram o apoio da Rede Globo.

Quando uma pessoa morre é comum sermos benevolentes com sua trajetória. Salientamos suas virtudes. É difícil fazermos uma crítica ao seu passado, mesmo porque, não está mais para se defender. E é impossível não ficarmos tristes, afinal, é uma pessoa que morre e deixa os familiares consternados.

Quem de nós não chora a saudade de uma pessoa ausente?



Todos os elogios direcionados a pessoa do Roberto Marinho são factíveis. Um homem empreendedor. Um incansável comunicador que, sexagenário, fundou uma das maiores redes de televisão do mundo. Um visionário que viveu adiante de seu tempo, segundo algumas pessoas. Um indivíduo que promoveu a cultura. Gerou empregos. Odiado por uns, amado por outros.



Roberto Marinho foi um desportista. Amava as artes. Um intelectual que fez parte da Academia Brasileira de Letras. Uma pessoa que viveu plenamente a século XX e ajudou a escrever a história recente do Brasil.

Mas também foi uma pessoa que tinha poder, exercia seu poder e influenciou governos. Tinha o respeito e a admiração de seus adversários políticos. Tanto é que Brizola foi prestar homenagens diante do esquife de Roberto Marinho, um dos seus maiores desafetos políticos.



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