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DESABAFOS DE AGOSTO
(por Domingos Oliveira Medeiros)
O governo deveria BAIXAR OS JUROS e RENEGOCIAR A DÍVIDA COM O FMI. Não tem sentido este jogo de cartas marcadas. Onde só o sistema financeiro sai ganhando. Às custas da miséria e do empobrecimento dos brasileiros.
Chega de subserviência do governo ao capital especulativo. Coragem para maldizer do Judiciário, não lhe falta. Mas na hora de enfrentar a realidade, cadê a coragem? Vamos falar grosso com o FMI. Isto é uma vergonha! Nunca vi um país melhorar de vida sob a tutela da exploração internacional.
Por outro lado, e agora que a reforma começou a andar, está mais do que na hora de o governo, junto com os parlamentares, dedicar-se, com maior rigor, aos trabalhos de apuração do que pode ser considerado o maior escândalo deste país: A REMESSA, ILEGAL, DE 32 BILHÕES DE DÓLARES PARA O EXTERIOR.
E tentar, por todos os meios legais, colocar esta quadrilha de ladrões engravatados na cadeia. E reaver, pelo menos, parte deste dinheiro. Que, aliás, está fazendo muita falta. E matando muita gente de fome e de vergonha.
E não ficar neste “chove não molha”. Como se a reforma da Previdência fosse resolver todos os problemas dos brasileiros. Não resolverá nem os dos governadores. Daqui a quatro anos, o rombo voltará a crescer. Pois não se está atacando as causas verdadeiras dos supostos déficits.
Vale lembrar que o PT continua protegendo os menos favorecidos. Na sua concepção, é claro!
Excluiu da reforma da Previdência os militares. E vive implicando com o Judiciário. Não se fala nos senhores parlamentares, que custam cerca de R$ 80 mil reais mensais, cada, aos cofres públicos. Nem aborda a questão dos ex- presidentes, ex-governadores e outros “ex”, que têm direito a aposentadoria vitalícia e cumulativa, em torno de de R$10 mil reais, bastando cumprir, apenas, QUATRO ANOS DE MANDATO.
Dá a impressão que o governo considera a aposentadoria como um crime hediondo. Só falta, agora, estabelecer a pena de morte para os aposentados.
LULA é o maior exemplo de propaganda enganosa. Na campanha, e durante toda a sua vida de sindicalista, defendia a integralidade dos proventos dos servidores, porque entendia - corretamente, aliás -, que quem contribui sobre tudo o que ganha, teria garantido tal direito. E agora, com um sorriso amarelo, se volta para suas próprias convicções.
Se ele tivesse sido franco, nenhum servidor votaria nele. Trata-se, sim, de estelionato eleitoral. Eu me sinto traído. Quero meu voto de volta.
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