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Artigos-->O Ato de Clicar -- 06/08/2003 - 21:54 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






O Ato de Clicar

(por Domingos Oliveira Medeiros)







Entramos no novo milênio. A era do clique. A era de apertar e soltar o botão à esquerda do ratinho. Do ratinho de plástico. Do conhecido mouse; que deve permanecer imóvel enquanto é apertado. Apertar para obter a seleção do que se deseja selecionar; acessar; ter acesso. Ou do que se imagina querer. Ou do que poderia interessar. Não tem outro jeito de saber, a não ser clicar.



Por isso, nem tolo clique é verdadeiro. Nem toda clicada engravida. Nem todo clique merece ser levado a sério. Merece respeito ou dá resultado. Uma raiva ou uma risada. Tudo pode acontecer. Até mesmo quando o clique é despretensioso.



A bem da verdade, há coisas entre um clique e o provedor do site, neste mundo virtual, que nem podemos imaginar. Por isso, reflita bem antes de clicar. E procure descobrir o que está por trás de cada clique. Cada um tem sua configuração. Sua intenção. Boa ou má. Não tem perdão.



Há diversos tipos de cliques. Há o clique por clicar. O clique sem compromisso. O clique por vício. O clique que não quer clicar. Temos o clique rejeição. Aquele que abre o texto, por exemplo, mas não se dá ao trabalho de lê-lo. Não gostou da primeira frase. Faltou empatia literária. E o leitor logo (des) clica, para não complicar. Mas o mal já está feito. O texto ficará clicado para sempre. Ainda que indevidamente. Há muitos outros cliques. Aqui na Usina está cheio deles.



O clique narcisista: é o clique do autor que fica abrindo e fechando o seu próprio texto. Várias vezes. E se deliciando com a sua forma. Que belo texto! E é de minha autoria. Quanto talento! Jogado fora! Ninguém dá valor! Paciência!



O clique corrupto. Que age às escondidas. Seu objetivo é alterar o placar dos clicados. Joga com a vaidade alheia. E o pior é que muita gente acredita nesse tipo de clique. São os chamados “receptores” de cliques não intencionados.



O clique fuxiqueiro. Aquele que manda o e-mail para o outro clicador, falando mil coisas a respeito de um terceiro, sempre ausente. Indefeso. Sem condições de saber que está sendo “enclicacado” a seu respeito.



O clique induzido: aquele que a pessoa pratica a partir de uma indicação de um amigo ou amiga que ele julga conhecedor do assunto. Ou o líder do seu grupo. Mandou, clicou. .



O clique despeitado. Do invejoso. Que dura alguns segundos. Pensando se vale a pena ler o texto daquele seu “inimigo” literário. Seu adversário. Que escreve coisas boas, mas que está tirando você do sério. Está mostrando o quanto você precisa melhorar. E você, no lugar de agradecer, fica clicando escondido, sem o outro saber.



O clique vaidoso. O clique que está sempre na moda. Querendo aparecer. Não diz coisa com coisa. Mas se houver uma chance, lá estará clicando. Este clicador adora clicar onde há mais cores, mais brilhos e muitos movimentos. Luzes, Câmeras e ação. Não se importa, necessariamente, com o conteúdo. Primeiro, a pompa. O espetáculo. Senhoras e Senhores!....



E tem o clique fiel. Politicamente correto. Já sabe o que clicar, onde clicar e quando clicar. Já se identificou com o que lhe agrada; com o que lhe interessa. Não se importa com a quantidade. Prefere a qualidade. Tem personalidade. Opinião própria. E sabe onde enfiar o seu dedo;



Finalmente, Se você clicou até aqui, conseguiu ler o texto até o final, parabéns. Você é do tipo do clique paciente, pesquisador, curioso. A menos que eu esteja enganado. Em todo o caso. Valeu a clicada. Obrigado.















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