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Artigos-->Horizonte Depois -- 05/08/2003 - 19:12 (MARIA PETRONILHO) |
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Resta o horizonte negro
esbatido no céu cinzento
onde clama o nosso pranto
E a asa da nossa alma
paira em longa tristeza
sobrevoando o vazio
Onde se erguiam densas
as florestas portuguesas
atónitos olhos vermelhos
negros de triste carvão
resgatam a sede do chão
Que abrasada ventania
desvairadamente varreu,
deixando-nos à memória
Os campos verdes da infância
estragados, esventrados
gemendo de aflição
No desamparo infinito,
na nua desolação!
5/8/2003
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