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Artigos-->DIVAGANDO -- 05/08/2003 - 18:56 (Jairo Nunes Bezerra ) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Estou em frente do monitor. Minhas mãos estão estacionadas sobre o

teclado . Lembranças mil circulam na mente já cansada. Volto à

infância e recordo-me correndo às margens dos riachos, de onde

pulava baldeando águas claras que logo escureciam. Em volta as

matas, verdadeira residência de passarinhos que gorjeavam, trilavam,

trinavam formando um orquestra afinada, apenas perturbada pelo

arrulhar do pombo e coaxar dos sapo. E era nesse ambiente que

teve início o meu crescimento. Quando os últimos raios do Sol

desapareciam e a luz azulada do luar apontava, é que regressava para

casa. Tinha apenas dez anos de idade. Tudo para mim, era santificado.

O pecado na minha idade não tinha guarida. Apenas uma pequena exceção, fora preso um senhor com uma galinha nas mãos.

O galo não reclamara, porém o dono não se fizera de logrado, levando

o caso a conhecimento da autoridade local, um cabo da polícia, que

apenas teve o trabalho de identificar a ave, através da impressão digital

que ficara no barro do galinheiro. Teve também o caso da Maria que

levou à noite, para sua casa, o padeiro Jesuino. Não sei o que fizeram,

pois nos meus dez anos, a inocência era vital. Volto aos meus quinze

anos, sem o riacho e sem os sons dos pássaros. Apenas estudos. Foi

quando descobrir que a terra era redonda e que não se colocava sal

na água do mar. Foi nessa época que desconfiei dos vôos das cegonhas.

Antes era uma preocupação presente: Se a cegonha tivesse me soltado?...

Ainda nos meus quinze anos descobrir que os adolescentes entendiam

um pouco de música. Descobrir mais ainda, que o homem poderia

ser aprisionado pela mulher: Bastaria à aproximação dos corações. E

agora já adulto, vejo a realidade do aprisionamento que pode ser até

à distância através de ondas. Cresci, mas ainda sou a mesma criança.

Há pouco, em Natal, disputava carreira com caranguejo. E afirmo ,é

a pura verdade, ganhei todas corridas. Logo o crustáceo só tinha

arranco e parava em seguida. Agora estou aqui em frente ao monitor,

e nada vou escrever, pois me falta o essencial: Idéia!

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