INFORME TÉCNICO: MILIÁRIA – DATA: 23/08/04
Curso de Fisioterapia do Unileste MG
5º período
Matéria: Fundamentos de Pediatria
Professor Orientador: Márcio Filgueiras de Amorim – Discente: Evaldo Bicalho Maia
Miliária
Miliária é o nome científico de uma erupção cutânea mais conhecida como brotoeja, é uma dermatose desencadeada pela transpiração excessiva. Há uma obstrução dos ductos que levam o suor para a pele, provavelmente devido a bactérias que proliferam de forma anormal e produzem uma substância viscosa, dificultando a saída do suor.
A saída do suor através das paredes dos ductos atrás do bloqueio levam a uma inflamação, que agrava ainda mais o problema.
Acomete com maior freqüência, recém-nascidos, lactentes e crianças obesas.
As lesões são mais observadas nas áreas perto de dobras (no pescoço, nas virílias, na região glútea e nas axilas) podendo disseminar-se.
A miliária é desencadeada por temperatura ambiente elevada, calor úmido, febre, excesso de roupas e uso de roupas impermeáveis.
Há três formas clínicas: a miliária cristalina é assintomática, e as vesículas são branco-cristalinas e subcórneas porque a obstrução ocorre ao nível da córnea; na miliária rubra (brotoeja), as vesículas assestam-se em pele eritematosa devido ao fato da obstrução ocorrer ao nível da camada de Malpighi (as vesículas são intra-epidérmicas), há prurido e sensação de picadura; na miliária profunda, as vesículas assestam-se sobre papulas eritematosas porque a obstrução se faz ao nível da junção dermoepidérmica, o suor provoca irritação secundária estafilocócica.
A evolução natural observa-se com reparação integral em uma a duas semanas.
O tratamento é dirigido ao controle dos fatores desencadeantes, como evitar suar muito, permanecendo em ambientes arejados ou refrigerados, sobretudo durante o verão; não irritar a pele, evitando roupas excessivas, atrito pela roupa, tecidos sintéticos, sabonete em excesso; remoção para ambientes mais frios. Também pode utilizar vitamina C, em alguns casos, 1 grama por dia reduziu a intensidade dos ataques; loção de calamina , alivia o desconforto; corticóides, para casos mais intensos; corticóides tópicos podem auxiliar a melhorar os sintomas; antissépticos, podem ser usados de forma preventiva, para combater o crescimento bacteriano.
Referências bibliográficas: Pediatria Ambulatorial, Ennio Leão, Edison José Corrêa, Marcos Borato Viana, Joaquim Antônio C. Mota, Editora Médica Coopmed, 1998, 3ª ed; Diagnostico e Tratamento em Pediatria, Willian W. Hay, Jessie R. Groothuis, Anthony R. Hayward e Muron J. Levin, Editora Lange, 1995, 12ª ed; Dermatologia, Azulay e Azulay, Editora Guanabara Koogan 1999, 2ª ed.
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