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Cartas-->HÁ CANTOS DE AMOR EM CADA CANTINHO DO CÉU -- 09/06/2006 - 01:17 (Ivone Carvalho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
HÁ CANTOS DE AMOR EM CADA CANTINHO DO CÉU
(Ivone Carvalho)



Ultimamente eu vinha pensando muito na Sal. Fazia muito tempo que não nos falávamos e eu acreditava que era a saudade dela gritando dentro de mim.

Ontem, eu tentava compor uma poesia, após a minha inspiração ter se calado por tantos dias (e descobri que ela continua calada!). Escrevia um verso, queria o outro que não chegava. Completava uma estrofe e a relia, não gostava. Deletava, reescrevia, e nada! Fui jogando versos na tela, da forma como chegavam, daí dei uma acertadinha aqui, outra acolá, descobri que o que eu sentia estava ali, num mundo de estrofes um tanto desconexas, enfim, uma poesia muito ruim! Achei que não deveria publicá-la, porque leitor algum merece ler algo assim. Repensei e acreditei que publicando, deixaria ali mais uma parte de mim, mais um retrato do que eu estava sentindo enquanto escrevia. Confesso que não gostei, mas está lá, na Seção de Poesias, acho que uma das piores poesias que já fiz nos últimos tempos. Não que as outras sejam maravilhosas, mas de muitas eu gostei sinceramente, e esta, está ali apenas para marcar mais uma parte da minha história.

Depois de pronto o mencionado poema, voltei a pensar na Sal e me lembrei de suas palavras: “Ivone, não escreva poesias muito longas! Algumas das suas podem ser divididas em várias! O leitor cansa! Dê seu recado em poucas palavras! Poeta você é, porque sabe extravasar o que vai na sua alma. Mas é preciso burilar tudo isso, cortar aqui ou acolá, reduzir o tamanho, deixar apenas a essência!”

E olhando a tela, lembrando da sua recomendação, pensei: “Ah, Sal querida, você iria reprovar esta poesia! Tão grande, tão desconexa, tão ruim! Não estou conseguindo deixar apenas a sua essência!” E parei, mais uma vez perplexa, ao perceber que, ultimamente, a minha amiga, está sempre nos meus pensamentos. A amiga que tão bem me recebeu quando entrei na Usina de Letras, que tanto se prontificou a me ajudar a melhorar, que tantas vezes passava horas na madrugada, já quase ao amanhecer, trocando e-mails comigo, me falando de sua vida, ouvindo sobre a minha, me ensinando, me incentivando.

Uma noite, já quase manhã, há quase cinco anos, publiquei na Usina uma poesia que me valeu um troféu poucos minutos após ter sido publicada. O e-mail foi curto, continha poucas palavras, mas o essencial! “Amiga, quem sou eu para querer ensinar uma poeta como você a fazer poesia? Está perfeita! Perdoa-me pelo atrevimento de pensar que você ainda tinha muito a aprender! Beijo da Sal.”

Receber u’a mensagem como essa, exatamente da Sal, era, para mim, como receber o Oscar! Ela, aquela senhora menina, que eu tanto admirava, que era amada por mim tal como era por tantos, que eu considerava a melhor poetisa do nosso site, um exemplo de mulher e poetisa a ser seguido, dava-me uma nota dez!

Indiquei o Usina de Letras para algumas pessoas que eu sabia que tinham veia de escritor, de poeta, e todos, sem exceção, após começarem a publicar no site, me escreviam encantados por terem sido agraciados com elogios e a amizade da sra. Olympia Salete Rodrigues, a querida Sal.

Pois é, a Sal era assim. Ela se doava, ela amava, ela queria ser amada, ela cantava o amor, ela era amor.
E, há pouco, chegando do meu curso e vindo até a Usina de Letras antes de começar o meu trabalho, fiquei estática, as lágrimas não me obedeceram, o coração apertou um pouco mais, enquanto eu lia a Carta publicada pelo tão querido amigo Torre da Guia.

Entendi, Sal, por qual motivo você se fez tão presente nos meus pensamentos, nos últimos dias. Entendi sim, querida, porque bateu aquela saudade tão grande depois de tanto tempo sem nos correspondermos. Entendi sim, que aquilo que dizíamos, que comentávamos nos nossos bastidores, acontecia e eu nem me dava conta disso!

Obrigada, Sal! Por tudo! Por ter, ao lado do querido Fernando, me recebido de braços abertos nesta Casa de Letras; me incentivando a aqui permanecer, fixar raízes, deixar minha história. Por ter sido tão amiga, por ter sido companhia em madrugadas tão difíceis, por ter me permitido partilhar um pouco da sua vida. Por ter acolhido os meus amigos que para cá vieram e se sentiram logo em casa.

Obrigada, Sal amiga, por ter vindo me deixar a sua última mensagem e me perdoe por não tê-la entendido! Há fases na vida da gente, e você sabe tão bem disso, que nos tornamos um tanto egoístas, olhamos tanto para dentro dos nossos próprios corações, sentimos tanto as nossas próprias dores, que esquecemos de perceber que sempre existe alguém querendo penetrar os nossos pensamentos, ouvir a nossa voz surda que cala apenas dentro do peito, ou apenas para dizer: “Estou aqui! Lembre-se de mim! Ore por mim!”

O céu está em festa, Sal! Há poesias de amor sendo cantadas em todos os seus cantos. Por você, pelos anjos, pelos amigos que foram recebê-la de braços abertos. No meu coração há uma lágrima, mas a certeza de que você está feliz!

Até breve, amiga! Que Deus a ilumine!

09/06/2006
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