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Cartas-->AOS AMIGOS POETAS E ESCRITORES -- 08/05/2006 - 15:18 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

"A PIRATARIA NOS BANCOS DA UNIVERSIDADE


No feriado em comemoração ao Dia do Trabalho, em conversa telefônica com o poeta e escritor Domingos Oliveira Medeiros, interei-me dos fatos acerca da pirataria de que fora vítima, junto à UCDB, aqui em Campo Grande, MS, quando um servidor graduado, daquela instituição de ensino, com o conhecimento da Reitoria, vinha publicando, há cerca de dois anos, artigos de autoria do citado escritor, no boletim informativo da universidade, sem a devida autorização, e sem citar a fonte, como manda a legislação pertinente. Configurando, destarte, flagrante ilegalidade em relação aos direitos autorais do verdadeiro autor. O telefonema, em face da sintonia dos fatos com à temática do trabalho, evoluiu para questões que reputo significativas e apropriadas para o momento em que se combate a pirataria, que, a rigor, tem muito a ver com o trabalho escravo, a exploração infantil, e a degradação ética e moral por conta da má utilização dos recursos de comunicação advindos com a era da internet.


O citado escritor foi vítima desse mundo virtual, quando suas obras foram copiadas de um site para o qual colabora há vários anos. “O sentimento é de desapontamento, humilhação e total insegurança”, diz o autor. “Quando fui informado, por e-mail, da parte de um leitor, de que um artigo meu estaria sendo publicado, de forma vergonhosa, pelo titular de comunicação da UCDB, pensei que se tratasse de um engano, ou de um caso isolado. Logo depois, vieram outras denúncias. E o caso tomou vulto. Cheguei a publicar um aviso no site alertando meus companheiros para os riscos da pirataria. E qual não foi a minha surpresa: recebi várias mensagens sugerindo que estaria blefando. Praticando um golpe de marketing, para vender mais livros. Algumas pessoas chegaram a me dizer que iriam mandar e-mail para todos os seus amigos, sugerindo que não comprassem meus livros, pois a autoria dos textos estariam sob suspeitas. Não sei se tais ameaças foram, de fato, cumpridas. O fato ´é que, coincidência ou não, algumas livrarias colocaram obstáculos para a venda de meus livros. E os pedidos, via e-mail, caíram bastante”, confessa o autor.


Diante desses fatos, o escritor encaminhou correspondência para a Universidade, pedindo informações e providências a respeito. Apesar da insistência, não obteve qualquer resposta. Até que resolveu constituir advogado e iniciou um processo de negociação para que, pela via administrativa, pudesse resolver, de forma pacífica, a pendência. Mas a universidade não se mostrou interessada. Ao contrário, e sempre valendo-se de evasivas, empurrava a questão para a semana vindoura. Até que, exauridas todas as possibilidades, restou a via do Judiciário (processo 001.06.110629-2 - 4° Vara Civil).


Vivemos, atualmente, o paradoxo dos avanços e recuos científicos e tecnológicos que marcam os tempos modernos. De um lado, o reconhecimento de que o homem produziu conhecimento cientifico e tecnológico capaz de agregar benefícios e qualidade de vida para seus semelhantes. De outra parte, a má utilização desses inventos, trazendo problemas aparentemente insolúveis, que atentam contra a honra e a própria vida dos seres humanos.


A tecnologia da informação trouxe o paradoxo do bem e do mal. É forçoso reconhecer as finalidades criminosas acobertadas pela virtualidade do mundo eletrônico. Por onde, em silêncio, caminham gente de todas as espécies. Piratas e corsários. Pedófilos e estelionatários. Ladrões e criminosos de toda ordem. Paralelamente, e como agravante, a degradação ética e moral de nossos costumes. A mentira passou a ter assento nos salões da burguesia, das instituições governamentais e, no presente caso, ganhou assento nos bancos da universidade. A despeito de que, no caminho dos direitos autorais, qualquer obra intelectual, ainda que disponível na internet, ou em qualquer outro meio eletrônico, é protegida por lei.


Reputo como sério, o delito praticado por agente da UCDB, com a tutela de sua Reitoria. Que foi informada de tudo. Que foi contatada para solucionar amigavelmente a pendência. E, ainda assim, se fez indiferente. Como se o assunto fosse banal. O mau exemplo a nível de pós-graduação. O côncavo não se encaixa no convexo. Casa de ferreiro, espeto de pau. Não se deram conta do respeito que merece o autor de obras literárias, cujo objetivo maior é levar conhecimento e cultura aos seus semelhantes. Trabalho árduo, intenso e criativo. Que requer horas e horas de pesquisas. De riscos e rabiscos. Até encontrar a melhor forma de comunicação. Enquanto isso, vem o ladrão e rouba (copia) todo o trabalho. E dele faz uso, como se fosse de sua autoria. Recebe os louros e a remuneração devida pelo trabalho escravo. Sim, trabalho alheio que ele se deu o direito de torná-lo seu. Através da mentira. Do engodo. Do mau exemplo para a juventude que ali busca ensinamento condizente com os princípios cristãos. JUSTIÇA, JÁ. Ainda que tardia.


NILTON CRUZ".

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