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Teses_Monologos-->Aleitamento Materno / MONOGRAFIA -- 28/09/2003 - 11:29 (Márcio Filgueiras de Amorim) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Unileste - Centro Universitário Leste de Minas Gerais

Pediatria I
Ipatinga/2003
Bruna Mara Neiva Rodrigues

Aleitamento Materno
Este trabalho foi solicitado pelo
professor Márcio de Pediatria I



Fisioterapia/3º Período

Sumário


1.0 Introdução ..................................................................................................................................................................04
2.0 Desenvolvimento ........................................................................................................................................................05
2.1 Aleitamento materno ...........................................................................................................................................05
2.1.1 Vantagens da amamentação ...................................................................................................................... 05
2.2 Princípios básicos do aleitamento materno ......................................................................................................06
2.3 Anatomia e Fisiologia da lactação ......................................................................................................................07
2.4 Benefícios do aleitamento materno ................................................................................................................... 08
2.5 Benefícios do amamentar para a mãe ............................................................................................................... 08
2.6 Alimentação da mãe ...........................................................................................................................................09
2.7 Mamadeira ...........................................................................................................................................................10
2.8 Hora certa para amamentar o bebê ..................................................................................................................10
2.8.1 Será que meu bebê ainda está com fome? ....... ........................................................................................11
2.8.2 Será que meu bebê está mal alimentado? ................................................................................................12
2.9 Como retirar e conservar o leite materno .........................................................................................................12
2.9.1 Extração Manual .......................................................................................................................................13
2.10 Manobras de ordenha do leite .........................................................................................................................13
2.11 Exercícios de Hoffman ......................................................................................................................................14
2.12 Cuidados ao Amamentar ..................................................................................................................................14
2.13 Técnicas de amamentação ................................................................................................................................14
2.14 Problemas mais comuns ...................................................................................................................................14
2.14.1Leite seco ou fraco ...................................................................................................................................14
2.14.2 Rachadura nos seios ...............................................................................................................................15
2.14.3Seio duro ou empedrado .........................................................................................................................15
2.14.4 Mamilo chato ou invertido .....................................................................................................................15
2.14.5 Seios ingurgitados ...................................................................................................................................15
2.14.6 Mamilos doloridos ..................................................................................................................................15
2.14.7 Infecção no seio ou mastite ....................................................................................................................15
2.15 Amamentação de criança prematura .............................................................................................................15
2.16 Criança desnutrida ...........................................................................................................................................16
2.17 Contra indicação a amamentação ...................................................................................................................16
2.18 Posição para amamentação .............................................................................................................................17
2.19 Desmame ...........................................................................................................................................................17
2.20 Relactação ..........................................................................................................................................................18
2.21 A exposição materna ao cigarro.......................................................................................................................18
2.22 Transmissão de HIV pela amamentação .........................................................................................................19
3.0 Conclusão ...................................................................................................................................................................20
4.0 Bibliografia .................................................................................................................................................................21












1.0Introdução

O laço de família entre a mãe e o filho se estabelece no momento do nascimento. O desejo de proteger e nutrir a criança é talvez o mais forte dos vínculos e está relacionado com o apego, a vontade de tocar, de conhecer esse pequenino ser pelos sentidos – olhos, boca, nariz e até mesmo a língua. Essa relação é reforçada pelo processo de amamentação, que garante a nutrição dos recém-nascidos e, conseqüentemente, a sobrevivência da raça humana. (Fisioterapia Aplicada à obstetrícia)
A alimentação constitui um dos aspectos mais importantes da saúde da criança, sendo o leite materno o melhor alimento nos primeiros seis meses de vida.
No aleitamento materno há um contato físico muito íntimo entre mãe e filho, permitindo que se criem laços afetivos profundos e fortes que influenciam toda a vida da criança. A confiança e a segurança que se desenvolvem nesta relação afetiva contribuirão de forma considerável para garantir seu papel de indivíduo na sociedade.

























2.0 Desenvolvimento


2.1 Aleitamento Materno


Amamentação é ato de amamentar. Constitui o tipo de alimentação exclusivo do lactente, durante os primeiros meses de vida. O ritmo normal das mamadas diárias, durante esse período, é de 6 amamentações, com um intervalo médio de 3 horas e um período de repouso durante a noite. Em certos casos pode haver uma mamada suplementar. A quantidade de leite de cada mamada depende da idade da criança: em média 20g no segundo dia, deve atingir cerca de 110g em um mês. A partir do quarto mês, o regime será acrescido de uma papa diária, e o número de mamadas decresce para cinco inicialmente, depois para quatro.
Deve se dar preferência ao leite materno, sempre que possível, visto que, biologicamente, melhor atende às necessidades da criança. O aleitamento materno impõe à mãe cuidados de limpeza rigorosa das mamas, prevenção das rachaduras e abstenção de medicamentos ou alimentos que possam alterar o gosto do leite. A desmama deve ser progressiva. Seu começo decorre das necessidades da criança e das possibilidades da mãe (variando do quarto o nono mês).
Quando o leite humano é absolutamente indispensável (nascimento prematuro), mas a mãe não pode amamentar, recorre-se a uma nutriz ou, o que é mais comum, a um banco de leite humano, ou a lactários. O aleitamento artificial só deve ser empregado quando o aleitamento humano não é possível (insuficiência de lactato, mau estado dos mamilos, tuberculose, afecções cardíacas, etc). em tais casos, usa-se leite de vaca diluído em água com açúcar, e fervido cuidadosamente, ou leite em pó, preparado especialmente para esse fim e cuja composição se aproxima à do leite humano, ensejando uma alimentação satisfatória, na maioria dos casos, sendo necessário, contudo, adicionar um suplemento vitamínico diário, sob a forma de um suco de fruta. O aleitamento artificial necessita de cuidados especiais: emprego de material esterilizado, vigilância das fezes e do peso da criança; mal conduzido, pode expor o lactente à desnutrição. O aleitamento misto consiste em complementar o aleitamento materno insuficiente. (Grande Enciclopédia Larousse Cultural)
2.1.1 Vantagens da amamentação:

É um alimento perfeito que preenche todas as necessidades nutricionais da criança, nos primeiros 6 meses de vida. É prático e não exige preparo. É econômico e conveniente. A mãe que amamenta desenvolve uma inter-relação afetiva e profunda com o filho.
ü O leite materno é o alimento mais completo que existe para o bebê. Por isso, não é preciso completar com outros leite fazendo economia para o orçamento familiar;
ü Contém todos os elementos necessários para uma nutrição adequada: proteínas, gorduras, hidrato de carbono, sais minerais, ferro, cálcio, flúor;
ü O leite materno é muito fácil de digerir e não sobrecarrega o intestino e os rins do bebê. Isso explica porque as fezes do bebê são aguadas (amarelas ou verdes), e a urina é bem clarinha e abundante;
ü Ele protege o bebê da maioria das doenças;
ü É prático, não precisa ferver, misturar, coar, dissolver ou esfriar;
ü Está sempre pronto, a qualquer hora ou lugar;
ü O leite materno provoca menos alergia;
ü O leite materno não engorda o bebê em excesso, favorece uma boa dentição;
ü O leite materno é mais higiênico;
ü A força que a criança faz ao mamar é um exercício que ajuda a formar sua boca e a criança vai falar melhor. Esse exercício de mamar e o contato com os seios da mãe massageiam os dois lados da cabecinha do bebê, fortalecendo os nervos do cérebro;
ü Transmite amor e carinho, fortalecendo os laços entre a mãe e o bebê;
ü Propicia uma maior união entre mãe e o bebê, muito importante para o desenvolvimento emocional da criança;
ü Protege a mãe da perda de sangue em grande quantidade depois do parto;
ü Também protege a mãe da anemia porque impede a menstruação;
ü A amamentação diminui as chances de a mãe ter câncer de mama e de ovário.

2.2 Princípios básicos do aleitamento materno

Amamentar é a maneira mais saudável e natural de alimentar o bebê. O leite materno possui uma composição singular, destinada especificamente ao bebê. Contém células que o protegem contra infecções e proteínas para manter o bebê feliz e saudável. O aleitamento materno pode ser um prazer para a mãe e o bebê. De início, requer uma certa prática, mas as razões para amamentar o seu filho são inúmeras.

2.3 Anatomia e Fisiologia da Lactação

As mamas são glândulas exócrinas túbulo-alveolares, com 15 a 20 unidades lactíferas envoltas por tecido conjuntivo, vasos sangüíneos e linfáticos.
Estas unidades lactíferas se compõem de alvéolos formados por pequenas glândulas secretoras envoltas por células miopteliais, que se comunicam com a superfície através de um sistema de drenagem formado por canalículos e canais. Ao se aproximarem de superfície, estes se dilatam, formando os seios lactíferos, que por sua vez vão abrir-se no mamilo, através dos poros mamilares, exatamente por baixo da aréola.
Durante a gravidez, as glândulas mamárias se preparam para lactar, através da ação de hormônios, principalmente estrogênio e progesterona. Ao final da gestação, as mamas começam a secretar uma substância aquosa chamada “colostro”, mas só após o nascimento, com a expulsão da placenta, cessa o efeito inibitório desses hormônios sobre a prolactina, que é o hormônio responsável pela secreção do leite.
Ao sugar, o recém-nascido estimula as terminações nervosas existentes no mamilo que enviam uma ordem à hipófise, para liberar os hormônios prolactina e ocitocina. O mecanismo de produção e saída do leite materno pode ser esquematizado da seguinte forma:








A produção do leite desencadeada pela ação da prolactina não é facilmente afetada, exceto por algumas drogas. Entretanto, a liberação da ocitocina, que é responsável pelo reflexo de descida do leite, pode ser inibida por fadiga, dor ou ansiedade. Isto significa que, embora muitas vezes o leite esteja sendo secretado, não chega até a criança, que, chorando com fome, aumenta a ansiedade da mãe, bloqueando mais ainda a liberação de ocitocina. Forma-se, assim, um ciclo vicioso que só poderá ser interrompido pela intervenção de uma pessoa que compreenda bem esse mecanismo fisiológico. Desta forma pode-se evitar problemas como fissuras, mastites etc., que levam muitas vezes ao fracasso na lactação.


2.4 Benefícios do aleitamento materno para o bebê

A American Academy of Pediatrics, AAP, recomenda que as mães amamentem os filhos pelo menos durante o primeiro ano de vida. Recomenda também que, durante os primeiros seis meses de vida, o bebê deve ser alimentado exclusivamente com o leite materno. Os motivos para tais recomendações, tão veementes, são inúmeros. As crianças amamentadas com leite materno têm menos probabilidade de desenvolver infecções de ouvido, alergias, vômitos, diarréia, pneumonia, diabetes juvenil e meningite. Novos dados sugerem que o leite materno estimula o crescimento do
cérebro do bebê. A digestão do leite materno é mais fácil do que a do leite artificial, de vaca ou de cabra. O leite materno contém os minerais certos e o equilíbrio correto de nutrientes. E é mais conveniente: não custa nada, está sempre pronto quando o bebê tem fome e não precisa de preparo algum. Os benefícios para a saúde continuam enquanto mãe e filho quiserem continuar o processo de aleitamento.
2.5 Benefícios de amamentar para a mãe

Amamentar faz bem para a saúde da mãe e do bebê. Além de proporcionar maior ligação entre eles, o aleitamento materno ajuda a estimular hormônios que "encolhem" o útero até ele chegar ao tamanho normal, como o anterior à gravidez. Alguns estudos afirmam que as mulheres que amamentam têm somente 50% de chances de desenvolver câncer de mama na pré-menopausa e menor risco de câncer de ovário e osteoporose. O aleitamento materno também ajuda a mulher a perder peso após o parto, pois utiliza um tipo especial de gordura adquirida na gravidez antes que ela seja incorporada ao organismo.
O aleitamento ajuda a mulher a emagrecer no ritmo certo que não deve perder peso demais logo após o nascimento do bebê. A mulher que amamenta precisa estar de 5 a 10 libras acima do peso que tinha antes de engravidar para manter o corpo saudável durante o período de amamentação. Se emagrecer rápido demais, poderá prejudicar a produção de leite quando o bebê começar a crescer e precisar mamar mais. Os quilos a mais desaparecerão naturalmente depois dos seis primeiros meses.

· Que esperar:

O leite da mãe "desce" alguns dias após o nascimento do bebê. Até então, o seio materno produz colostro, que alimentará o bebê até lá. Essa substância, espessa e amarelada, contém proteínas e anticorpos que ajudam o bebê a combater as doenças. O colostro é o primeiro alimento do bebê, é a primeira "vacina" contra as doenças. O bebê tem grande quantidade de água e gordura armazenadas para usar enquanto se alimenta do precioso colostro. Seu estômago tem capacidade para receber apenas uma colher de chá de líquido. Por isso, ele não precisa de muito para se satisfazer.
O corpo da mulher foi feito para amamentar, mas isso não significa que você não precisará de uma mãozinha no início. Ainda no hospital, peça ajuda para levar o bebê ao peito, o mais rápido
possível, para ajudá-lo a pegar no bico do peito e mostrar se está sugando corretamente. O ideal é
que o bebê comece a mamar logo após o parto. Se em casa você ainda precisar de ajuda, pergunte ao médico se ele pode ajudá-la. Grupos em prol do aleitamento materno e o pessoal do hospital po-
derão ajudá-la. Toda mãe precisa de ajuda. Até as mães mais experientes podem encontrar obstáculos.
Depois que o leite descer, durante o primeiro ou segundo dia, o bebê talvez queira mamar de hora em hora. Isso ajuda o organismo a criar um bom suplemento de leite, perfeitamente adequado às necessidades do bebê. De dois a quatro dias, o organismo se ajustará a essa "informação" e o bebê precisará mamar com menos freqüência: a cada duas ou três horas ou entre oito e doze vezes em um período de 24 horas.
Isso faz parte do processo normal de transição e não significa que ele esteja insatisfeito com você, com seu leite ou com seus cuidados. A agitação e o choro significam que ele sabe do que precisa e é assim que manifesta suas necessidades. Nessa idade, o bebê mama de dez a quinze minutos em cada seio.

2.6 A alimentação da mãe

A mulher que amamenta precisa se alimentar bem, tomar bastante líquido e descansar. Leite, água e sucos são boas opções. Relaxe. Elimine as tarefas que não forem essenciais e afaste pessoas que a perturbem ou que desviem o foco de você e seu filho.
Você terá que manter uma alimentação sadia para estimular a produção de leite, mas não precisa de uma dieta sofisticada. Alguns bebês são muito sensíveis a determinados alimentos que a mãe ingere. Se seu bebê fica agitado depois que você faz uma refeição com temperos fortes, talvez o problema esteja exatamente aí. Em geral, a mãe que amamenta pode comer o que desejar, desde que seja saudável.
As mamães vegetarianas que amamentam precisam ter certeza de que as vitaminas e os minerais ingeridos são suficientes na alimentação. Caso esteja insegura a esse respeito, seu médico poderá indicar um nutricionista que a ajude a elaborar um cardápio adequado. Três refeições e dois lanches saudáveis ajudarão você a ficar bem e a manter um bom suprimento de leite.
A sucção acalma o bebê. Mas lembre-se: se você der uma chupeta ao bebê, logo nas primeiras semanas, ele poderá mamar menos do que o necessário, afetando a produção de leite. Um estudo recente revelou que o uso da chupeta pode interferir no sucesso do aleitamento materno. Portanto, vale a pena adiar a chupeta até a produção de leite estar estabilizada, o que, em geral, acontece no final do primeiro mês. Tente colocar as mãozinhas do bebê perto do rosto, pois assim ele pode se acalmar chupando-as, como fazia quando estava no útero.


2.7 Mamadeira

Se quiser que o seu bebê experimente a mamadeira, comece depois da segunda ou quarta semana. Não se surpreenda se, inicialmente, ele recusar a mamadeira com seu leite. O bebê amamentado pela mãe sabe que sugar o seio é muito melhor do que sugar o bico da mamadeira. Quando mama, ele sente o cheiro da mãe e conhece a rotina. Talvez você tenha mais sorte se o pai ou a irmã oferecerem a mamadeira de leite materno sem a sua presença.

2.8 Hora certa para amamentar o bebê

Amamente o seu bebê sempre que ele quiser. Nos primeiros dias, ele não vai mamar muito de uma vez porque seu estômago ainda é muito pequeno. Mas, vai querer ficar no peito o tempo todo. A maioria dos recém-nascidos precisa de dez a doze mamadas, em um período de 24 horas, ou uma mamada entre duas ou três horas.
Quando a sua produção de leite já estiver normalizada, acorde o bebê para alimentá-lo se ele dormir mais de três horas durante o dia ou mais de quatro horas durante a noite. Caso contrário, acordará com muita fome e não conseguirá mamar bem. Quando as coisas entrarem nos eixos, ele a acordará quando precisar mamar. Como saber se o recém-nascido está com fome? Observe os seguintes sinais:
· O bebê abre a boquinha e vira a cabecinha, procurando o seio da mãe.
· Faz o movimento de sucção ou coloca os dedinhos na boca.
· Chora, sinal definitivo de fome. Não espere até ele chorar.
O leite materno é tudo o que o bebê precisa durante os seis primeiros meses. A AAP só recomenda a introdução de alimentos sólidos como suplemento após o sexto mês. Entretanto, até os 12 meses, a maior parte de sua nutrição virá do leite da mãe ou de fórmulas.

2.8.1 Será que meu bebê ainda está com fome?

A mãe saberá se ele está realmente mamando ao ouvi-lo engolir o leite. Outra pista para saber se ele está bem alimentado é o sono. Se o bebê estiver limpo, sequinho e de estômago cheio, provavelmente irá dormir bem logo após a mamada. Outros sinais de que o bebê está satisfeito são:
· O bebê molha cerca de seis fraldas por dia, depois que começa a mamar regularmente. Evacua de duas a cinco vezes com fezes soltas e amareladas nas seis primeiras semanas. Alguns bebês processam tão bem o leite materno que evacuam pouco.
· A urina deve ser amarelo-claro. Nem escura, nem alaranjada.
· O peito da mãe deve ficar mole e "vazio" depois da mamada.
Durante a primeira semana de vida, o bebê perde peso, em geral até 10% do seu peso ao nascer. Depois da primeira semana, entretanto, o bebê deve ganhar peso continuamente e, no final da terceira, deve ter recuperado o peso que tinha ao nascer. O pediatra pesará o bebê a cada consulta.
Se o neném não estiver ganhando peso ou se ele não está mamando bem, deve-se conversar com o pediatra.
2.8.2 Será que meu bebê está mal alimentado?
De vez em quando, a mãe poderá achar que o seu bebê não mamou direto. Parece faminto depois da mamada e seu peito já está "vazio". É assim que a natureza controla a produção do seu leite durante os picos de crescimento do bebê.
O organismo leva de 36 a 48 horas para se ajustar às necessidades do bebê. Cabe a ele mamar com freqüência para que o organismo receba os sinais corretos. Portanto, deixe que se esforce. Se ele se acostumar à mamadeira, ficará preguiçoso e o organismo não receberá a ordem para aumentar a produção de leite.
Toda mãe que amamenta passa por fases nas quais a oferta não é suficiente para suprir a demanda. É assim que a natureza consegue regular o ciclo de oferta e procura. Relaxe e aproveite esses ritmos naturais.

2.9 Como retirar e conservar o leite materno
2.9.1 Extração Manual:

Algumas vezes, necessitamos fazer a extração manual do leite:
· para dar ao bebê quando está separado de sua mãe;
· para aumentar a produção de leite;
· para prevenir ou aliviar a congestão mamária.
O leite vai ser suficiente para o bebê se ele é amamentado tanto quanto for o peito esvaziado pelo menos a cada 3 horas. Algumas mães sentem dificuldade de ordenhar seu leite, mesmo quando seus filhos são capazes de retirar todo o leite que necessitam.
Não se deve avaliar a produção de leite pela quantidade que se pode extrair.
Recomendações:
· Lave bem as mãos;
· Se possível, ordenhe o leite em um local silencioso e tranqüilo. Sua capacidade de relaxar-se ajudará a obter um melhor reflexo de ejeção de leite;
· Aplique compressa morna nos seios por 3-5 minutos antes de iniciar a ordenha.
Retirando o leite:
· Faça uma massagem circular seguida de outra de trás para frente até o mamilo.
· Estimule suavemente os mamilos estirando-os ou rodando-os entre os dedos.
· Extraia o leite e despreze os primeiros jorros de leite de cada lado.
· Ordenhe o leite para um recipiente limpo de plástico duro ou vidro.
· Coloque o polegar sobre a mama, onde termina a aréola e os outros dedos por debaixo também, na borda da aréola.
· Comprima contra as costelas e também entre o polegar e o indicador, por detrás da aréola.
· Repita o movimento de forma rítmica, rodando a posição dos dedos ao redor da aréola para esvaziar todas as áreas.
· Alterne as mamas cada 5 minutos ou quando diminua o fluxo de leite. Lembre-se de repetir a massagem e repetir o ciclo várias vezes.
· A quantidade de leite que se obtenha em cada extração pode variar. Não é raro que isto aconteça.
Atenção: Evite fazer isso:
· Não aperte o mamilo, pois pode machucá-lo. .
· Se você puxar o mamilo pode machucá-lo.
Depois da Extração:
· Depois da ordenha, passe umas gotas de leite nos mamilos e deixe-os secar ao ar livre.
· A aparência do leite que se extrai cada vez é variável. Ao princípio é claro e depois do reflexo de ejeção mais branco e cremoso. Alguns medicamentos, alimentos ou vitaminas podem mudar levemente a cor do leite. As gorduras do leite bóiam ao guardá-lo.
· Imediatamente depois de extraí-lo, feche e marque numa etiqueta a data, hora e quantidade.
Não desanime! A extração manual requer prática. Seja paciente

2.10 Manobras de ordenha do leite

Pode ser feito de duas formas:
1- A mãe deve palpar as mamas com as pontas dos dedos para localizar um ponto doloroso que indique acúmulo de leite. Em seguida, fazer o esvaziamento manual. O acúmulo de leite nos depósitos sob a aréola pode torná-la endurecida, distendida e plana, e o recém nascido não consegue sugar. Por isso, deve-se iniciar a ordenha pelos pontos situados sob a aréola e, em seguida, pelos canais até os canalículos mais distantes.
2- A mãe pode sustentar a mama com as duas mãos e, com os polegares, empurrar o leite desde a base até o mamilo, mantendo sempre a mesma pressão. Ao final, fazer torção da aréola.

2.11 Exercícios de Hoffman

Quando a mãe apresenta mamilos planos ou invertidos, recomenda-se fazer os exercícios de Hoffman, a fim de romper as múltiplas aderências do tecido conjuntivo que prendem o mamilo à aréola.
Esses exercícios devem começar durante a gravidez e serem feitos em, freqüência de 2 a 3 vezes por dia, no mínimo por três meses.
Com os dois polegares, tracionar a pele da aréola, puxando-a para os lados e, depois, para cima e para baixo. Após o nascimento da criança, os exercícios, juntamente com a sucção, aceleram o deslocamento dos tecidos e a conseqüente protusão do mamilo.

2.12 Cuidados ao Amamentar

· Sentar-se confortavelmente em ambiente calmo e tranqüilo.
· Lavar as mãos.
· Não limpar os mamilos, antes e depois de amamentar.
· Alternar os seios durante a amamentação, 10 à 15 minutos cada.
· Após a amamentação, coloque seu filho na posição vertical para "arrotar".

2.13 Técnicas de Amamentação

· A criança deve ser amamentada sempre que tiver fome e durante o tempo que quiser;
· A posição deve ser a mais cômoda possível (mãe sentada ou deitada);
· Oferecer os dois seios em cada mamada, começando sempre pelo que foi oferecido por
último na mamada anterior;
· A criança deve sugar, abocanhando o mamilo e toda ou parte da aréola. Isso evita fissuras;
· Afastar o peito do nariz da criança com o auxílio dos dedos.

2.14 Problemas mais comuns
2.14.1 Leite seco ou fraco
Leite fraco não existe. A cor do leite transparente é devido à composição química do leite humano, variando durante as diversas mamadas do dia, numa mesma mamada ao longo do período de amamentação.

2.14.2 Rachaduras no seio
As fissuras ou rachaduras devem ser prevenidas, já que, depois de instaladas, são de difícil tratamento.
Prevenção: durante a gravidez usar óleos no peito e esfregar as mamas com a toalha após o banho. Expor a mama ao sol e ao ar.
Tratamento: exposição da mama ao sol e ao ar. Uso de sutiã. Não usar pomada ou anti-sépticos. Lavar o mamilo com água após cada mamada.

2.14.3 Seio duro ou empedrado
Recomendar à mãe o uso de sutiã de alças largas que suspenda bem os seios. Começar as mamadas pelo seio mais túrgido. Usar compressas úmidas e quentes várias vezes ao dia.

2.14.4 Mamilos chatos e invertidos
Algumas mulheres podem ter mamilos chatos e invertidos. Durante a gravidez a mãe deve fazer exercícios, apertando os mamilos por alguns minutos, várias vezes ao dia.

2.14.5 Seios ingurgitados
Quando está amamentando a mãe pode ficar com os seios ingurgitados (inchados). Às vezes o bebê não consegue sugar todo o leite, deixando o peito cheio. A mãe deverá esvaziá-lo regularmente para evitar o ingurgitamento.

2.14.6 Mamilos doloridos
Muitas mães sentirão os mamilos doloridos nas primeiras mamadas, porque os seios ainda não estão acostumados e endurecidos ou devido à posição que a criança estiver amamentando.

2.14.7 Infecção no seio ou Mastite
O seio se apresenta inchado com a pele avermelhada, quente e febre indicando infecção. Procurar o médico!

2.15 Amamentação de crianças prematuras

Os menores de 34 semanas de gestação geralmente tem sucção débil. Orientar para oferecer ambos os seios e, depois retirar o leite por expressão manual e oferecê-lo à criança como complemento de preferência em colherinha. Marcar retorno semanal, para verificar o ganho de peso da criança.

2.16 A Criança desnutrida

A criança desnutrida deve merecer uma atenção especial do ponto de vista do crescimento, desenvolvimento, doenças etc. O esquema alimentar para a recuperação nutricional no ambulatório segue os princípios gerais do processo de desmame, com algumas recomendações especiais:
· Tentar contornar problemas que estejam levando a uma lactação insuficiente naquelas amamentadas ao peito;
· Usar alimentos disponíveis na região respeitando os hábitos culturais e sócio-econômicos da família;
· Oferecer refeições de menor volume porém em maior freqüência. Evitar dietas muito diluídas ou muito consistentes;
· Nas crianças menores de seis quilos já desmamadas e impossibilitadas de serem relactadas, usar o leite como alimento básico, acrescido no óleo vegetal (soja, algodão, gordura de coco – 5 a 8 gr/100ml = 1 colher de sopa rasa);
· O serviço de saúde deve ter uma relação direta com os serviços que distribuem alimentos dos programas de suplementação alimentar, para matricular a família e/ou a criança desnutrida;

2.17 Contra indicação à amamentação

A maioria das contra-indicações são impedimentos temporários e, cessada a causa, a mãe pode voltar a amamentar. Entretanto, em algumas raras situações, o aleitamento está contra-indicado.

Por parte da criança:
· Malformação congênita (lábio leporino e fenda palatina);
· Doenças congênitas ou não que afetam o sistema nervoso central, impedindo a sucção;

Por parte da mãe:
· Febre tifóide e febre amarela;
· Hepatite B;
· Doença mental severa;
· Neoplasia;

2.18 Posição para a amamentação

A melhor posição para amamentar é aquela em que mãe e bebê estão confortáveis. No entanto, algumas dicas são importantes para facilitar esse momento:
Posição sentada: uma poltrona confortável, onde suas costas e braços estejam bem apoiados; a mãe pode utilizar uma almofada para colocar sob o bebê ; o bebê deve estar em seu colo, de frente para o seio, com a barriga encostada na sua barriga e o bracinho envolvendo o seu corpo.
Se a mãe perceber que seus mamilos estão sensíveis e doloridos, experimentar usar a posição invertida. Nessa posição, ainda sentada, a mãe coloca a almofada lateralmente e apoia o bebê para que ele fique com o corpo sob o seu braço e o rosto olhando para o seio. As duas mãozinhas estarão livres e ele poderá movimentá-las à vontade.
Posição deitada: deitada de lado, a mãe coloca o bebê deitado de frente para o seio, com a cabeça apoiada em seu braço. Essa posição permite que ela repouse e até cochile enquanto o seu pequenino se alimenta.
Posição recostada: nessa posição, a mãe fica semi-deitada e coloca o bebê sobre a sua barriga, com o rosto voltado de frente para o seio. Não se preocupar, pois o bebê não sufoca nem engasga.

2.19 Desmame

Com relação a época e o processo de desmame (que é a introdução de qualquer outro tipo de alimento que não seja o leite materno) devem ser observados:
· O leite materno exclusivo nutre adequadamente uma criança até os seis meses de vida. Após este período devem ser introduzidos outros alimentos para complementação.
Quando a criança, afastadas causas patológicas, apresentar entre o quarto e o quinto mês uma desaceleração no ganho do peso deve-se iniciar outros alimentos nesta época.
· Época do desmame total deve ser decidido em cada caso pela mãe, com a ajuda do pediatra.
· A introdução dos alimentos deve ser gradual, tanto na quantidade e na consistência (inicialmente passados na peneira depois amassados com garfo e finalmente em grãos ou pedaços).
· A introdução dos alimentos deve seguir os hábitos alimentares da família, a disponibilidade dos alimentos, o preço, as variações de estações.
· O uso de gordura sob a forma de óleo vegetal ou margarina deve ser incentivado e tem a vantagem de aumentar o aporte calórico (uma colher de sopa rasa de óleo por refeição).
· O uso de alimentos industrializados não deve ser estimulado devido ao seu alto custo e baixo valor alimentar.

2.20 Relactação

É um método de iniciar, aumentar ou reiniciar a produção de leite da mãe ou mãe adotiva. É usado principalmente pelas mães dos recém nascidos pré-termos ou que estavam doentes nos primeiros dias da vida, quando não puderem amamentar. Pode ser feita de duas formas: a primeira consiste em deixar a criança sugar ambos os seios em todos os horários das mamadas. Se a criança for de gestação a termo e de bom peso, o tempo recomendado é cerca de 15 minutos. Para os prematuros, de acordo com o peso, inicia-se com cerca de cinco minutos aumentando progressivamente, de acordo com o ganho de peso. Complementa-se a mamada com leite humano pasteurizado, fórmulas ou leite de vaca oferecido em colher ou copinho. A Segunda forma é colocar o leite numa seringa ou outro recipiente, ligando-o a uma sonda que deve ser preso ao seio, com sua extremidade perto do mamilo. Pode-se substituir a sonda por um conta gotas.


2.21 A Exposição Materna ao Cigarro e o Aleitamento


Sabe-se que a exposição ao fumo é prejudicial aos bebês e crianças menores.
Para avaliar a real influência do cigarro em bebês amamentados, médicos canadenses avaliaram cerca de 500 bebês que estavam sendo amamentados e que possuíam um risco aumentado de desenvolverem asma e alergias, baseado em uma história familiar altamente positiva para estas patologias.
Estes bebês foram separados em grupos não expostos ao cigarro, seja diretamente, pois suas mães fumavam, seja indiretamente, pois havia alguém no domicílio que era fumante. Para avaliar a absorção do fumo e sua transmissão pelo leite materno, realizou-se a dosagem urinária da cotinina (um dos derivados da nicotina, metabolizada rapidamente pelos rins;)
Como resultado, observou-se que os níveis urinários da cotinina foram 5 vezes maiores em crianças amamentadas cujas mães fumavam do que naquelas cujas mães fumavam mas não amamentavam.
Dados de outros trabalhos sugeriam que a exposição ao fumo durante a gravidez e logo após o parto podem levar a um risco aumentado do vício de fumar; outros dados informam ainda que existe relação entre a elevação dos níveis de cotinina urinária e doenças pulmonares.
Baseando-se nos dados obtidos, e nos estudos anteriores, os autores do trabalho recomendam que as mães evitem o cigarro, durante a gravidez e quando estiverem amamentando.

2.22 Transmissão do HIV pela amamentação

O risco de um bebê ser infectado pelo vírus da AIDS através da amamentação é maior durante os primeiros meses de vida, conforme estudo conduzido entre mães infectadas e seus filhos na nação africana de Malawi. A inexperiência materna com relação à amamentação pode aumentar o risco da transmissão. .
"Pouco se sabe sobre o momento da infecção por HIV através da amamentação ou de outros fatores de risco associados. Essas descobertas e outros estudos em andamento auxiliarão as mulheres infectadas a tomar decisões conscientes sobre a amamentação de suas crianças", explica Anthony S. Faucy, M.D., diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas.
Em Malawi e em outros países em desenvolvimento, a amamentação é o método recomendado de alimentação dos bebês, pois outras alternativas são escassas, arriscadas ou não aceitas culturalmente.
Os autores Paolo Miotti, M.D., Robert J. Biggar, M.D., e colaboradores investigaram o tempo e os fatores de risco para a infecção. Apenas as crianças ainda não infectadas na primeira visita dos pesquisadores, seis semanas após o nascimento, foram incluídas no estudo, pois testes positivos de HIV durante as primeiras semanas de vida podem resultar também de infecções durante a gravidez ou parto. Testes durante os dois anos subseqüentes revelaram que cerca de 7% das crianças foram infectadas pela amamentação. Além disso, nenhuma foi infectada após a cessação da mesma.
Análises estatísticas demonstraram que mulheres com menos de quatro partos anteriores, bem como mães mais jovens, apresentavam maior tendência de transmissão do HIV. Mães com menor experiência em amamentação tendem a apresentar mastite subclínica, uma inflamação dos tecidos mamários, acarretando maiores taxas de transmissão do HIV.


3.0 Conclusão


Devido à sua composição, o leite materno é a melhor fonte nutricional para o recém-nascido durante os primeiros seis meses de vida. Sua composição bioquímica, seus componentes imunoquímicos e celulares, fazem toda a diferença, tornando o leite materno ideal para suprir as necessidades nutricionais do bebê de forma incomparável pois ele é espécie-específico, ou seja, o leite materno tem um diferencial personalizado: cada mãe produz o leite ideal para o seu bebê, por isso, melhor do que leite humano é o leite materno, que foi produzido de acordo com as necessidades específicas de um determinado ser.
Realmente o leite materno é especial e maravilhoso, no entanto, mas importante que o leite materno é o amor materno. Muitas mulheres não conseguem amamentar seus bebês e se sentem frustradas e incapazes, julgando-se mães incompetentes. Isso não é verdade!! A única coisa que é realmente essencial ao crescimento e desenvolvimento saudável de seu bebê e não pode ser substituída é o seu amor.




















4.0 Bibliografia

1- LEÃO, Ennio; CORRÊA, Edilson; VIANA, Marcos; MOTA, Joaquim. Pediatria Ambulatorial 3º edição. Minas Gerais, 1998.
2- Caderno de Orientação Técnica. Aleitamento Materno e Orientação Alimentar para o Desmame. Vol 4. 1989
3- Ministério da Saúde. Amamentação: mães orientando mães. Belo Horizonte – MG. 1986
4- www.pampers.com.br
5- www.ronet.com.br
6- www.waba.org.br
7- www.emedix,com,br
8- www.saude.com.br






















“Amamentar a criança é ser presença de Deus doação. Amamentar o pequenino é gastar algo da gente para doar a ele. É tornar-se alimento, bebida para o outro. A mãe é uma fonte de alimento. Os filhos a ela recorrem e são alimentados; é a melhor expressão de vida abundante. Ver uma mãe amamentando o bebê é enxergar Deus como autor da vida. A mãe se engrandece amamentando seu filho”.
Autor desconhecido











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