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Cordel-->Riscando o Brasil -- 27/06/2002 - 19:20 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O RISCO BRASIL
(por domingos oliveira medeiros)


Copa do Mundo. Copa da zebra. Da zebra riscada. Do risco Brasil. A Copa da Bolsa. De vários valores. Valores morais. E também parciais. Valores capitais.Valores relativos. Valores absolutos. Valores ativos. Valores em dólares. E também em reais. Valores animais. Valores passivos. Valores irreais. Da seleção e do Brasil. Do Brasil que é zebra. Que já foi favorito. Na Copa do Mundo. Do mundo atual. A Copa de todos os tempos. De times famosos. Estrelas do céu. De todos o melhor. Brasil campeão. Cada craque um soldado. Que não era machucado. E nem tampouco lesado. Soldado que jamais arriscou. Um gol prá não fazer. Essa era a seleção. De Pelé e de Tostão. De Garrincha, Zico e Zagalo. Por isso aqui eu falo.

Não se confunde com agora. Onde todo mundo chora. De ver tanta palhaçada. Que chuta a bola sem querer. Quando não é prá dentro, é prá fora. Ou perde a direção. Por cima do travessão. Como foi desta vez. A seleção mais pichada. A seleção mais visada. A seleção que não toca. Não toca no coração. Mata a gente de esperança. Hora e meia de sofrimento. E só se vê o lamento. Foi-se embora a confiança. Há falta de passe certo. E também de cobertura. Falta de garra, marcação. Falta de amor à camisa. E até falta de atenção. Falta amor no coração.

Seleção sem liderança. Sem tática, sem jogo traçado. Apela também pro riscado. Caminha de lado a lado. Cansa muito e não avança. Não produz e não belisca. Quem não arrisca não petisca. E o jogo é parado. Cada qual fica num lado. Sem meter medo a ninguém. A defesa é assustadora. De tanto buraco que tem. O meio de campo é um abismo. Onde falta sustentação. Seleção que não tem pimenta. Seleção que faz um gol. Fica fria e não se esquenta. Seleção que joga feio. Seleção que não convence. Seleção que precisa de ajuda. Até prá vencer a partida. Seleção que não se muda. Não se troca de jogadores. A verdade seja dita. Se não fosse a ajuda divina. Todo mundo acredita. O Brasil já estava em casa. Junto com a Argentina. Junto com a grande Itália. Junto com a inglesa. Junto com a torcida. Junto com a margarida. Recebendo suas flores. Muito embora imerecidas.

A seleção amargurada. A seleção que ninguém respeita. A seleção da desfeita. Que perdeu o seu encanto. Que perdeu o seu reinado. Que não tem mais o garimpo. Seleção que não é mais de ouro. Pelo menos ouro puro. Já perdeu o seu tesouro. Virou troça da Jeni. Tudo se joga nela. Seja pública ou privada. A seleção mal formada. A seleção só canarinho. Antes só assim se diz. Do que mal acompanhada. A seleção de Juninho. A seleção dos erros e dos erres. A seleção dos Ronaldos. Do Roberto e Ricardinho. Mas ainda resta o hino.

O Hino Nacional Brasileiro. O mais bonito poema. Tocado no mundo inteiro. Em nome desta Nação. Ainda arrepia e orgulha. O verdadeiro brasileiro. E também a brasileira. Que ainda seguram na mão. Altiva a tremular. As cores de nossa bandeira. Por isso é que vale arriscar. É cedo para desistir. O Brasil é muito amado. Não deve ser desprezado. Não se pode deixar de lado. O perdão sempre é bem vindo. Vamos torcer novamente. Para trazer o caneco. O pentacampeonato. De direito nem tanto. Mas com certeza de fato. Pois o povo não agüenta. De tanta falta de sorte. De tanto jogo arriscado. Daqui e do exterior. Que cria o pânico e o terror. De um jogo mal jogado. O jogo de cartas marcadas. O jogo especulativo. O jogo do capital. Que corrompe e nada produz. Que mata de fome nossa gente. Este povo altaneiro. Que perde o seu emprego. E sua dignidade. Mas acredita primeiro. Na sua felicidade. Assim, então, eu apelo. Vamos garantir o caneco. Que me desculpe o Alemão. Esta enorme e bela nação. Vamos montar outro time. Uma outra seleção. Muito melhor do que essa. Aproveitando a eleição. Corrigindo a distorção. E fazendo o que é certo. O que for de mais concreto. Utilizar não só os erres. Cobrir todo o alfabeto. Cuidar de Antônio e Maria, passando pelo Fernando, chegando ao paraibano, aquele Zé do sertão. Que está muito precisado, de encher muitos canecos, com água e alimentação; e freqüentar a escola, ter uma boa educação e voltar a ser campeão.

27 de junho de 2002.
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