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Artigos-->O espiritismo em sua autêntica expressão por Deolindo Amorim -- 03/08/2003 - 01:35 (m.s.cardoso xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O espiritismo em sua autêntica expressão

Deolindo Amorim: In: Revista Presença Espírita



...” A doutrina espírita em si é sempre a mesma, em qualquer parte onde penetre, mas o movimento espírita...”

O espiritismo participa, ao mesmo tempo da revelação humana e da revelação divina, como disse Allan Kardec, mas Ele, o Espiritismo, não é um fenômeno histórico porque não é fruto de uma sociedade ou de uma época, não está portanto sujeito a contingências temporais. É verdade que o Mundo Espiritual acompanha a marcha da História e as transições sociais, mas não se subordina aos condicionamentos terrenos. Logo, a estrutura da Doutrina é coerente em si mesma, não pode ser desmembrada...

Mas, falando sobre o caráter da Doutrina Espírita, devemos fazer referência ao que diz respeito à sua parte externa. Temos aí o problema do culto e do ritual. Já se disse e se repete a cada passo que o Espiritismo não tem ritual. E é certo... Não tem, porque não é necessário e não condiz com a natureza da Doutrina. Em lugar do ritual, talvez fosse melhor falar em culto material. A palavra “ritual”, por uma questão de semântica, pode admitir mais de um sentido. Pode ser tomada no sentido de hábito ou de formalismo, por exemplo. Em casa, nos hábitos domésticos, todos têm, quase sempre, a hora certa para isto ou aquilo, o lugar certo de fazer leituras, o ponto certo onde repousar aos domingos, e tudo isso, com o tempo, se torna uma rotina. Figuradamente, pode ser chamado de ritual caseiro. A maneira de sentar a mesa, sempre a mesma cadeira de cabeceira, compostura que se toma as refeições e outros hábitos formam o ritual, em linguagem mais genérica. As academias e corporações científicas têm suas cerimônias, suas fórmulas e formas protocolares. É o que se chama ritual acadêmico. Por extensão, portanto, o ritual tanto pode estar nas configurações religiosas, como em determinados atos culturais e sociais. Entanto, quando se diz que o Espiritismo não tem ritual, e é verdade, isso significa liturgia, imitação do Catolicismo e de outros cultos formalizados: vestimenta própria, símbolos, imagens, prédicas sacramentais, etc. Aqui neste caso, a idéia de ritual está na acepção específica, o que não caberia, portanto, nas práticas espíritas. No sentido amplo, o fato de começarmos e encerrarmos nossas sessões com preces, ainda que sem “regras litúrgicas”, pode ser visto como ritual, isto é, uma pratica que já está incorporada ao procedimento normal nas reuniões espíritas. Mas é preciso observar que não se prescreve qualquer forma de prece no Espiritismo nem se estabelece postura física para orar: sentada ou de pé, o valor da prece está no sentimento, ensina a doutrina. Não há semelhança com o ritual organizado. O fato de uma sociedade espírita adorar a prece desta ou daquela maneira não quer dizer que a prece esteja ritualizada, pois tanto faz ficar de pé ou continuar sentado, o essencial é que o ato seja sincero em sã consciência. O problema é de hábito ou disciplina interna de cada Centro; mas não é uma instituição doutrinária, não é um ritual. Embora o modo de orar possa variar, internamente, o que se ensina, em todas as casas espíritas, e é o pensamento da doutrina, é que o valor da prece está no sentimento, sua força está na vibração do pensamento, pondo-nos em contato com o mundo espiritual.

Respeitamos e devemos respeitar os cultos que adotam rituais, pois todas as formas religiosas merecem consideração, mas não podemos justificar a introdução de ritual nas práticas espíritas, pois seria uma discrepância perante a doutrina. Claro que, havendo várias formas de adoração, nem todos estão em condições de adorar sem objetos materiais. Temos obrigação de compreender esse fenômeno psicológico. Há pessoas que ainda necessitam do ritual. A evolução, principalmente neste domínio de foro íntimo, não se faz por “saltos” nem a jato. O ritual ainda tem cabimento em determinados estágios socioculturais enquanto não há uma compreensão completamente desvinculada de compromissos, muitas vezes ainda presos a outra existência.

Obs: O artigo continua...Publicarei oportunamente o restante. Estou com um pouco de dor na coluna, da atitividade de digitação.



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