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Teses_Monologos-->ALEITAMENTO MATERNO - MONOGRAFIA -- 29/08/2003 - 21:22 (Márcio Filgueiras de Amorim) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Aleitamento Materno
Trabalho apresentado ao professor

Professor orientador: Márcio Filgueiras de Amorim

Pediatria I - Fundamentos

Curso de Fisioterapia

unileste MG


Maria Olívia Salvino de Oliveira Mafra


SÚMARIO

1. INTRODUÇÃO............................................................................................. Página 1
2. OBJETIVO.................................................................................................... Página 2
3. DESENVOLVIMENTO............................................................................... Página 3
3.1. Fisiologia da lactação...............................................................................Página 3
3.2. O aleitamento materno.............................................................................Página 3
3.3. Início do aleitamento.................................................................................Página 4
3.4. Relactação................................................................................................Página 4
3.5. Ordenha e armazenamento do leite materno...........................................Página 5
3.6 Qual é a hora certa para amamentar o bebê.............................................Página 5
3.7. Problemas comuns do aleitamento...........................................................Página 6
4. CONCLUSÃO.............................................................................................. Página 7
5. Referências Bibliográficas...............................................................................Página 8
6. Anexos

1.Introdução

Nos primeiros 4-6 meses de vida, o leite humano ou diversos leites artificiais proporcionam nutrição completa ao lactente em crescimento. O leite materno, contudo, é a fonte nutricional recomendada para quase todas as crianças. Não obstante, poucos lactentes são alimentados exclusivamente ao seio após 2-3 meses de idade. Devem-se empreender todos os esforços para incentivar e promover o aleitamento materno.
Do ponto de vista prático, não precisa ser aquecido, está pronto para servir, não requer fonte de água limpa, geralmente é isento de microrganismo e não necessita de recipiente limpo. Tais questões são preocupações importantes em regiões menos desenvolvidas do mundo. O aleitamento materno também incentiva a ligação mãe- bebê.

2. Objetivo

Este trabalho objetiva atender uma solicitação do professor de Pediatria, Márcio Filgueiras de Amorim, e nos esclarecerá sobre a importância do aleitamento materno.
O aleitamento materno é o método recomendado para alimentação de lactentes normais durante o primeiro semestre de vida.

3. Desenvolvimento

3.1.FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO

Anatomia e histologia da mama – as mamas são glândulas exócrinas túbulo- alveolares com 15 a 20 unidades lactíferas envoltas por tecido conjuntivo, vasos sangüíneos e linfáticos. O leite é produzido nas unidades lactíferas denominadas alvéolos. Estes alvéolos são formados por pequenas glândulas secretoras, que se comunicam com a superfície através de um sistema de drenagem formado pelos canalículos e canais denominados ductos lactíferos. Ao se aproximarem da superfície os ductos se dilatam formando as ampolas ou seios lactíferos, onde o leite é armazenado, que por sua vez vão abrir-se no mamilo através dos poros mamilares. Tanto o mamilo como a aréola são profusamente inervados, fator importante no desencadeamento dos reflexos da descida do leite.
Processo hormonal da lactação – durante a gravidez as glândulas mamarias se preparam para lactar, aumentando seu volume através da ação de hormônios, principalmente estrógeno e progesterona.
Mas, só após o nascimento, com a expulsão da placenta, cessa o efeito inibitório desses hormônios sobre a prolactina que é o hormônio responsável pela produção do leite.
Ao sugar a mama o recém-nascido estimula as terminações nervosas do mamilo, enviando um estímulo à hipófise, cujo lobo posterior libera a ocitocina. Este hormônio atua sobre as células mioepiteliais que envolvem os alvéolos, provocando o reflexo da ejeção ou “descida” do leite. A ocitocina também é responsável pela contração do útero, acelerando sua involução e, portanto, diminuindo o sangramento pós-parto. Devido a estas contrações algumas mães queixam-se de cólicas durante as mamadas nos primeiros dias de lactação.




3.2. O ALEITAMENTO MATERNO

Entendendo que o conhecimento sobre a amamentação não é inerente à mulher, ou seja, ele tem que ser adquirido através da cultura, das experiências e das informações, o pré-natal é um período de importância para sensibilizá-la e prepará-la para o ato de amamentar.
No pré-natal devem ser enfatizados positivamente os aspectos nutricionais e as vantagens do aleitamento materno. O exame das mamas é parte indispensável da atenção pré-natal às gestantes.
A mãe deve ser orientada a deixar que a criança sugue em livre demanda, isto é, quando manifestar fome através do despertar do sono, do choro ou do movimento de busca do seio. A duração da mamada nos primeiros dias pode ser limitada a dez a 15 minutos com mamadas mais freqüentes para evitar traumas mamilares. A mãe deve ser encorajada a amamentar o recém-nascido imediatamente após o parto. O contato íntimo entre os dois logo após o nascimento, além de contribuir para o desenvolvimento do vínculo afetivo, também ajuda na adaptação da criança ao novo meio ambiente, favorecendo a colonização da pele e do trato gastrointestinal por microorganismos da mãe, os quais tendem a ser não patogênicos e contra os quais o leite materno possui anticorpos.
Inicialmente, as mamas produzem colostro, secreção líquida de cor amarelada, que supre as necessidades da criança na primeira semana.
Para manter a amamentação com sucesso, devem ser eliminados, na medida do possível, fatores que diminuam a duração, eficiência e freqüência de sucção pelo lactente. Estes fatores incluem a limitação do tempo da mamada, horários fixos, posicionamento incorreto, uso de objetos orais (bicos, chupetas), fornecimento de líquidos como água, chás, soluções açucaradas e outros leites.
O esvaziamento total de uma mama antes de oferecer a outra e a alternância destas ao iniciar a mamada propiciam maior estímulo de produção, garantia de ingestão do leite mais rico em gorduras – leite final, controle da saciedade, não preferência por uma das mamas e prevenção de ingurgitamento patológico. Algumas crianças se satisfazem com o leite de apenas uma das mamas; neste caso orientar a alternância da mama oferecida e observar a necessidade de ordenha manual.

3.4. INÍCIO DO ALEITAMENTO

A mãe deve ficar em posição confortável e o recém-nascido posicionado de modo que nada interfira no contato boca-seio. O seio em que o lactente mama deve ser sustentado com a mão oposta, com o polegar e o dedo indicador acima do mamilo para permitir ao lactente fácil acesso ao mamilo. O reflexo dos pontos cardeais deve ser explicado aos pais para facilitar o início do aleitamento. O mamilo deve ser colocado em contato com a bochecha mais próxima do lactente. O lactente se voltará em direção ao mamilo (reflexo dos pontos cardeais) e abrirá a boca, permitindo a introdução do mamilo e da aréola.
A mecânica da amamentação normal inclui: (1) sucção de 4-6cm da aréola, (2) compressão do mamilo contra o palato, (3) estimulação da ejeção de leite por sucção inicial rápida não- nutritiva e (4) extração de leite nos seios lactíferos através de ritmo de sucção – deglutição mais lento de aproximadamente 1/seg. Remove-se o lactente do seio colocando um dedo limpo entre suas gengivas e a aréola para interromper a sucção. A freqüência média de mamadas é 8-12 vezes/ dia durante as 2 primeiras semanas.

3.5. Relactação

É um método de iniciar, aumentar ou reiniciar a produção de leite da mãe. É usado principalmente pelas mães de recém-nascidos pré-termos ou que estavam doentes nos primeiros dias de vida, quando não puderam amamentar. Pode ser feita de duas formas : a primeira consiste em deixar a criança sugar ambos os seios em todos os horários das mamadas. Se a criança for de gestação termo e de bom peso, o tempo recomendado é cerca de 15 minutos. Para os prematuros, de acordo com o peso inicia-se com cerca de 5 minutos aumentando progressivamente, de acordo com o ganho de peso. Complementa-se a mamada com leite humano pasteurizado, formulas ou leite de vaca In natura oferecido em copinho ou em colher. A medida que for aumentando a produção do leite materno diminui-se a quantidade do complemento. A segunda forma é colocar o leite numa seringa ou outro recipiente, ligando-o a uma sonda que deve ser presa ao seio, com sua extremidade perto do mamilo. A criança sugara o mamilo e a sonda ao mesmo tempo e, a medida que se alimenta também estimula a produção do leite materno. A altura em que é colocado o leite e a força de sucção da criança determina a velocidade de ingestão. O fluxo é controlado ao se dobrar um pouco a sonda pode-se substituir por conta gotas. O tempo para que a produção de leite pela mãe aumente é de no mínimo uma semana por tanto, requer paciência para se obter sucesso. O uso de drogas estimulante não é necessário o envolvimento da mãe é essencial.

3.5. Ordenha e armazenamento do leite materno

Em algumas situações, está indicada a ordenha do leite humano na prevenção e cuidados com o ingurgitamento mamário, para mães de recém nascidos de alto risco que não conseguem sugar diretamente no seio, bebês internados e mesmo aquelas mães que trabalham fora de casa e querem deixar seu leite para ser dado para o bebê. A técnica de coleta de leite e sua estocagem devem garantir sua qualidade higiênica e a manutenção de suas propriedades nutricionais e imunológicas, A ordenha pode ser realizada através da sucção por bomba manual, bomba elétrica ou pela expressão manual das mamas. U ma coletado o leite humano deve ser usado cru, sem sofrer processo de esterilização como a fervura ou a pasteurização. Deve ser estocado em baixas temperaturas para evitar o crescimento bacteriano. Em geladeira doméstica entre 2 e 6°C, conserva-se por 24 a 48 horas e, se congelado a - 20°C, por um a três meses. Quando não houver possibilidade de usar a geladeira, o leite pode ser mantido à temperatura ambiente, em local fresco por até nove horas.


3.6. Qual é a hora certa para amamentar o bebê

O bebê deve ser alimentado sempre que quiser. Nos primeiros dias, ele não vai mamar muito de uma vez porque seu estômago ainda é muito pequeno. Mas, vai querer ficar no peito o tempo todo. A maioria dos recém nascidos precisam de dez a doze mamadas, em um período de 24 horas, ou uma mamada entre duas ou três horas.
Quando a produção de leite da mãe estiver normalizada, a mãe deverá acordar o bebê para alimentá-lo se ele dormir mais de três horas durante a noite. Caso contrário acordará com muita fome e não conseguirá dormir bem. Quando as coisas entrarem nos eixos, ele acordará quando precisar mamar.
Para a mãe saber que o recém-nascido está com fome deverá observar os seguintes sinais:
- O bebê abre a boquinha e vira a cabeça, procurando o seio da mãe
- O bebê procura o seio da mãe.
- Faz movimentos de sucção ou coloca os dedinhos na boca.
- Chora, sinal definitivo de fome.

O leite materno é tudo o que o bebê precisa durante os primeiros seis meses. Alguns especialistas só recomendam a introdução de alimentos sólidos como suplemento após o sexto mês. Entretanto, até os doze meses, a maior parte de sua nutrição virá do leite da mãe.




3.7. Problemas comuns do aleitamento materno

Se uma nutriz se queixar de febre, calafrios e mal-estar, deve-se considerar a possibilidade de mastite. O tratamento consiste no esvaziamento freqüente e completo da mama. O aleitamento não deve ser interrompido, uma vez que a mastite materna não tem efeitos adversos sobre o lactente que está amamentando. Antibioticoterapia, que é segura para o lactente, está indicada. A mastite não tratada pode progredir para abscesso mamário. Caso se diagnostique abscesso, deve-se suspender o aleitamento do seio afetado até que o problema seja tratado com êxito. A expressão de leite do seio afetado deve continuar, mas o leite deve ser desprezado.
Infecções maternas como tuberculose ativa. Sífilis, vírus de imunodeficiência humano (HIV), febre tifóide, rubéola, caxumba, citomegalovírus ou herpesvírus cutâneo localizado são contra- indicações ao aleitamento. Quando a mãe tem tuberculose ativa ou sífilis, o aleitamento é continuado após a instituição do tratamento.
A mãe deve ser aconselhada contra o uso de medicações não prescritas, incluindo álcool, nicotina, cafeína ou drogas ilícitas. Ela não deve tomar nenhum medicamento ( incluindo drogas adquiridas sem prescrição) sem consultar um médico. O Quadro 2.3 mostra os efeitos de determinadas medicações maternas sobre o lactente alimentado ao seio.
O fracasso da lactação, resultando em desnutrição, atraso do crescimento e desidratação hipernatrêmica, é um problema sério que pode advir, em parte, de orientação precária dos pais e acompanhamento inadequado do lactente após a alta do berçário.



4. Conclusão

Fica concluído com esse trabalho que amamentar é a maneira mais saudável e natural de alimentar o bebê. O leite materno possui uma composição singular, destinada especificamente ao bebê, além de conter células que o protegem contra infecções e proteínas para manter o bebê feliz e saudável. Os benefícios para a saúde continuam enquanto mãe e filho quiserem o processo de aleitamento.

Referências Bibliográficas:

Leão, Ennio ; José Corrêa, Edison ; Borato Viana, Marcos ; Antônio C. Mota, Joaquim ; Pediatria Ambulatorial, 3° edição, Editora Coopmed Médica, 1998.

E. Behrman, Richard ; M. Kliegman, Robert ; Princípios de Pediatria, 3° edição, Editora Guanabara Koogan, 1999








































































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