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Cronicas-->1998 - Looping -- 13/10/2012 - 12:57 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Tirei esses dias para descansar, saí do trabalho uma da tarde e já na estrada comecei a pensar num assunto, que está me incomodando desde então. Fazer o que, melhor ficar amigo dele, quando ele não te abandona, chamo de looping, que é a ação de fazer loops, aquelas acrobacias de aviões, quando fazem aquelas piruetas de subir, ficar de ponta cabeça e depois mergulhar. Você fica fazendo a mesma coisa com o seu assunto, até em sonho. Tenta esquecer, mas ele fica subindo e mergulhando na sua cabeça. Daqui a pouco, esqueço.
Quando resolvo fazer nada, fico navegando e ouvindo músicas, agora mesmo uma seleção de rock – The Best 60`s Rock `n` Roll. Ontem fui ler o Estadão, começando pela coluna do Nelson Motta e me deparei com o “opróbrio”, nossa, que é isso, pensei. Mesmo instante, Houaiss – grande desonra pública; degradação social; ignomínia, vergonha, vexame. Voltando ao texto do Nelson entendi o contexto e o acerto da aplicação da palavra. Lembrei-me de outra, iconoclasta, aquele que destrói imagens religiosas, ataca crenças ou que é contra qualquer tradição. Continuei lendo o jornal e anotei algumas palavras, não me perguntem por que, dever ser o tal do looping.
Em outra coluna, o autor disse maioria acachapante, devia estar falando de eleições, só fiquei com o “acachapante”, que é esmagador, acaçapante, irrefutável, indiscutível, ou seja, o candidato venceu bem e só espero que ele seja bom. Um antigo colega de faculdade chamaria isso de ditadura da maioria, quando todo mundo sabe que a maioria é democracia. Aqui se instalou um “paradoxo”, pensei. No dicionário tem se uma das maiores páginas de definições e acepções, prefiro dizer que paradoxo é uma contradição. Pior quando li algo, cujo autor encaixou o “kafkiana”, não sei mais o assunto e nem quem. Achei no Google, que kafkiano é relativo ao poeta tcheco Franz Kafka e está atrelado à idéia do surreal, do absurdo; confusão entre o real e a ficção, estado hipotético de penumbra, crise de identidade entre o mundo e o indivíduo... Ai, aiai.
E para entender a próxima palavra, busquei o significado de “duto”, só encontrei sinonímia de encanamento e veja a palavra “ducto”, com mais definições do que qualquer coisa, uma delas, meio de ligação, canal, condutor e no sentido figurado – pessoa ou coisa que serve de canal. Só assim para entender a profusão do neologismo “valerioduto”, que está em todas, ainda mais nessa época de julgamentos, os quais espero sejam justos e exemplares. Ah, “profusão” é grande quantidade, abundância.
Só podia ser notícia da eleição na Venezuela, para o autor utilizar a palavra “caudilhismo”, que é governar à maneira dos “caudilhos”, um chefe político que possui uma força militar própria, tipo um ditador e por derivação um manda-chuva. Desnecessário dizer que ele estava falando do Chaves. Parece-me que o primeiro a merecer o título de caudilho foi Franco na Espanha. Continuando a leitura, li a palavra “estratosférica”, derivada de estratosfera, uma parte da atmosfera terrestre entre a troposfera e a ionosfera e no sentido figurado, totalmente distraído, avoado, no mundo da lua. Tem uma outra – Aquele ou aquilo que está em nossa mais alta conta, acima de todas as coisas. Como já esqueci o texto, onde encontrei a palavra, me resta escrever que, acho, nada disso valer. O autor só quis dizer que era muito mesmo.
E “soteropolitano” nada mais é que relativo à Salvador, da Bahia, seu natural ou habitante, podendo ser “salvadorense” também. Encontrei que Soteropólis é helenização de cidade do Salvador. Eu já estive lá e adorei. Minha filha quer morar nela. Assistindo, hoje, The Big Bang Theory, ouvi “axiomático”, que é relativo a axioma, que encerra um axioma; evidente, incontestável e inquestionável, embora não suscetível de demonstração. O próprio Big Bang é inquestionável, mas quem vai demonstrar se verdadeiro.
Tinha outras palavras nesse meu feriado e neste sábado, treze de dez de doze, só quis tergiversar o meu looping, virar de costas a ele, procurar rodeios e usar de subterfúgios para não incorre-lo no meu pensamento. Com a ajuda do Houaiss, que vocês já notaram, fecho por aqui com um abração e mais Rock Night Volume 1.
 

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