Durante esses vinte e tantos anos de nossa existência, já me provaste que jogas um jogo duro, feroz, palavras ao vento e à luz. Mas provaste também seu forte desejo de ser feliz e me revelaste, fragmentada, à beira do abismo, vertente do Santo Graal, paixões deflagradas e desaceleradas desde a pilastra inaugural: a vida!
Hoje chegam teus fluídos em meu coração, mesmo estando ausente, ou presente.
Os astros já me iluminaram e traduziram suas verdadeiras canções de primavera a inverno.
Beijo tua aura e tua mais sagrada escultura: vejo claramente nosso passado e do futuro, sei um pouco. Tomo da tua seiva e te admiro secretamente feito louco.
Faço para ti sempre e eternamente uns versos escritos em códigos que somente nosso amor os decifram. São códigos de alta linhagem que representam nossa verdadeira linguagem.
São os resíduos de nossa passagem por entre os clarões das estrêlas mais distantes e que enviam feixes de luz cada vez mais brilhantes:
iluminando nossos corações...
