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Poesias-->Carta a Apolo -- 11/12/1999 - 16:09 (Max Diniz Cruzeiro) |
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Me desculpe se porventura
meus olhos guiarem em seu corpo
ou se minha mente cativa
algum gesto seu.
Quero somente demonstrar
que meu afeto por ti é grande
e é livre da maldade
que por ventura existe em meu ser.
Sou falho - pois existo
e como em outros versos que faço,
não canso de me denominar como tal.
Minha’alma quer somente poder amar,
não falo do vulgo amor carnal
que o sopro do vento translada
deixando resquícios de passado.
Escrevo pois, não para me justificar,
mas para exprimir
o que por dentro me corrói.
Não quero que me compreendas,
nem ao menos que me correspondas!?
É suficiente a mim cativar
como um pássaro liberto ao mundo
onde o percorrer é superior às nuvens.
Não pensei em ferir-te,
quando minha mente cativa
repousou em seu ser.
Quisera eu ser uma alma desprovida
totalmente do desejo da carne
para que a fonte da compreensão
jorrasse a cada gesto meu.
Só tu bem sabes do que me refiro.
Guardo, como quem guarda um tesouro
para os tempos que hão de vir.;
não na mente que tudo apaga,
mas no coração que tudo perpetua.
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