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Cronicas-->Casca de ferida -- 30/04/2001 - 12:44 (Renato Rossi) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Meu Deus! Leio no Terra que foi proibida a fabricação do Tiomersal. Confesso que não cheguei a me comover. Tiomersal, quem precisa dele? Logo depois, vejo que Tiomersal é o nome verdadeiro do bom e velho Mertiolate e também do Mercúrio. Não pode ser. Deve haver algo errado. Pior ainda, a noticia diz que tais produtos não são usados em hospitais há mais de dez anos e que estes medicamentos (medicamentos?) são inócuos.

O Mercúrio e o Mertiolate, do meu ponto de vista, eram verdadeiras instituições nacionais, algo presente na vida de todos. Como podem agora ser proibidos, dizer que não servem. Como fica a infància de milhões e milhões de pessoas?

Num primeiro momento imaginei que apenas o babaca que vos escreve é que não sabia que os tais medicamentos(?) são inócuos. Depois, concluí que se só agora os proíbem deve ser porque o Ministério da Saúde também não sabia. Quanto a mim, realmente eu nunca me interessei pelas ciências médicas, não poderia esperar algo melhor. Pensando bem, tirando a bicicleta ergométrica que caiu no meu dedo no outro dia e um chute em um baú em um passeio noturno, deve fazer mais de dez anos que não preciso dos favores do Tiomersal. Parente que sou da velhinha de Taubaté, sempre imaginei que uma parte do dinheiro gasto pelo tal ministério fosse usado para me proteger de coisas assim. Imaginei, só imaginei, que tinha alguém zelando por mim no ministério da saúde, protegendo-me de picaretagens variadas. Que será pior? A ignorància do ministério ou a demora em agir? Quem pode confiar num ministério destes? Com essa confiabilidade, talvez seja melhor eu voltar a fumar. Camisinha então, nem pensar, sabe-se lá o que pode acontecer.

É claro que ninguém esperava curar infartos com aqueles remédios(?), ninguém haveria de depositar neles todas as esperanças de salvação. Sua indicação parecia simples. Cortes superficiais, pequenos machucados, arranhões de cães e gatos, quedas de bicicletas, joelhos lascados em geral, fantasias de doente, coisas como estas. Aparentemente a indicação correta era apenas a fantasia. Será tanto assim?

Quantas esperanças, quantas pinceladas seguidas de assoprões, quanto vermelho na vida de todos nós na esperança de que o machucado ficasse bom rapidamente. Quem neste país nunca passou mercúrio em um machucado, próprio ou nos dos filhos? Todo aquele vermelho para nada? Ou para menos do que se esperava? Quanta casca de ferida atribuída àqueles remédios.

Li também que a violação no painel do senado foi realmente confirmada. Pelo menos, disso eu já desconfiava.



Escrito em 18.04.2001
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