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cronicas-->1989 - Montanha-russa -- 01/07/2012 - 12:49 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A definição de montanha-russa é bem simples, é só ver no Aulete ou no Houaiss - brinquedo, encontrado em parques de diversões, uma rede de trilhos armados em aclives e declives sucessivos, um sobe e desce constante, onde as pessoas se sentam numa espécie de trem e ula lá lá, ó ó oooo... Nunca tive essa experiência, minha montanha-russa particular chama-se labirintite, subo e desço desde os meus vinte e cinco anos, nem reclamo mais, certo que o Labirin dá conta, um por dia.
Noite dessas, dormi no sofá e depois, na cama, não conseguia dormir e comecei a trabalhar, desisti e levantei-me, fui à televisão e comecei a ver o filme "O tiro que não saiu pela culatra", de mil novecentos e oitenta e nove, foca os acontecimentos de um único verão, que atingem quatro irmãos e suas famílias, problemas de comportamento, relação difícil de filho e pai, adolescente mal-humorado, irmão desaparecido que volta e causa, entre outras pertinentes, formando o vaivém deles. O par central é um casal, Gil e Karen, com três filhos e o mais velho, quase indo para uma turma "especial" na escola, por isso eles tem que dar uma atenção, fora a relação difícil de Gil com Frank, seu pai. Mais um pouco eu conto todo o filme, quando eu quero falar só do que me fez pensar. No meio disso tudo, a Karen engravida do quarto filho e avisa o Gil, no maior tumulto. Claro que ele não gosta e discute, fecha a expressão e diz querer mais sossego. Karen, diz, mais serena impossível - Eu quero viver na montanha-russa e teremos nosso filho.
Fiquei com isso na cabeça, e mais desperto ainda, zapeei e achei O Garoto, de mil novecentos e vinte e um, com Charlie Chaplin, a história de um bebê, abandonado pela mãe, que é encontrado e criado pelo vagabundo. Com os anos, o garoto e o vagabundo se tornam uma dupla perfeita, bolando diferentes esquemas para conseguir dinheiro para seu sustento. Um filme dos mais lúdico possível, com viravoltas, finalizando com a mãe, já rica e famosa, encontrando o garoto e felizes para sempre. Um filme dessa idade posso contar todo ele e vocês já repararam que o Carlitos vive sempre na montanha-russa, assim como o próprio Chaplin viveu.
Mais ligado fiquei e encontrei o Jó Soares, entrevistando a professora Maura Montella, explicando regras da utilização dos hifens, primeiro, na dúvida, você deve hifenizar tudo, se é que existe hifenizar, ou seja, coloque o hífen em tudo e depois siga as regras e acerte. Não entendi nada, também eu já estava caindo e anotei seu nome e o seu livro. Fui dormir, não deu tempo de sonhar com o sobe e desce, pois tive que acordar e ir trabalhar, ao encontro da minha montanha, que não é russa, mas sobe e desce o tempo inteiro.
Voltei a pensar na Karen, que quer o quarto filho, para que, se ela já tem três. Cada um tem a sua própria montanha-russa e no caso dela, ainda cabe mais um no seu trenzinho e ela não quer viver só na média, quer os altos e baixos. No final acontece... Melhor que vejam o filme.
A definição é simples, mas hoje em dia, as montanhas-russas são cada vez mais "monstras", é só olhar as fotos no Google, não se esqueçam de que eu pessoalmente não conheço nenhuma, nem quero conhecer. Só de olhar já fico mareado e as de hoje, aço ou madeira, têm subida inversa, queda livre, loopings, descida em parafuso, para trás e para frente, entre outras formas de aumentar as sensações. Viver, me parece ser assim.
Nesse sobe e desce, o que me incomoda mais é o tal do looping, quando você não consegue se desligar de um tal assunto, ficando no que poderíamos chamar de looping-russo, igual estou agora, querendo concluir esta crónica lá no alto, mas, é melhor, neste domingo de primeiro de sete de doze, dizer que cada um desça da sua montanha-russa onde melhor se achar e lhe convier.
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