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Humor-->TJN - Lisboa Versus Nova Iorque -- 06/09/2007 - 18:42 (TERTÚLIA JN) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Lisboa Versus Nova Iorque

Enquanto o Porto esventrado, esburacado, destruído sonha ser a capital da cultura, duma cultura bolorenta, fora de moda, Lisboa, coisa boa, como sempre adianta-se e procura outras culturas mais na berra, mais consentâneas com os tempos que correm. Com o modelo globalizador vindo do oeste selvagem e das cidades sem lei, Lisboa progride. Está imparável, ninguém a segura e já parece New York City!
Bandos de negros vindos dos ”Harlens” que abundam nos subúrbios, com bonés de baseball às avessas, dançando o rap, assaltam comboios e o pacífico lisboeta que já não reage complexado pelos racismos e xenofobias. A gangada e os assaltos à mão armada, o racket like New York, proliferam por todo o lado e os “dealers” fazem os seus negócios às escâncaras perante uma polícia já “reciclada” que aprendeu a lição de não se meter onde não deve Os gays pululam pelo Central Park Eduardo VII e desfilam provocantes pela 5.ª Avenida da Liberdade a reivindicar, muito amorosos, o direito ao matrimónio, coitados! Meninos e meninas muito desinibidas, mascarados de pénis e vulvas, escandalizam os transeuntes, proclamando a grande orgia do sexo que vai começar na Erotic Lisbon. Saloias deixam a vida “indigna” e “vexante” do campo e das serras e cantando o “Adeus ó Serra”, vêm, para Lisboa, com o sonho de ser artistas e modelos, acabando como artistas sim, da nobel arte da pornografia hardcore, nas “massagens”, no alterne, ou num contentor do Big Brother, protegidas por gigolôs que as orientam no grande negócio da noite. Como as docas de Nova York, aí temos as docas lisboetas cheias de vida com bares, pubs onde rufias aos tiros resolvem os seus negócios (business is business). Nos estúdios de cinema já não há Vascos nem Santanas e as cantigas da rua são outras: trillers com polícias e ladrões de arma sempre apontada, com carros em alta velocidade, chiadelas de pneus em perseguições arrepiantes ao som da heavy metal e não do faduncho choradinho de antanho.
P’rá frente lisboetas, já falta pouco! É só dar um pouco mais de vida à decadente Broadway do parque Mayer, implantar a anunciada Manhattan de Almada, substituir o Cristo Rei, sinal de tempos idos, pela estátua da Liberdade, símbolo de todas as liberdades futuras e difundir, como lhe compete, toda esta cultura para a província através dos seus seis canais de TV.


Reinaldo Beça

(reibessa@hotmail.com)




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