Usina de Letras
Usina de Letras
166 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62072 )

Cartas ( 21333)

Contos (13257)

Cordel (10446)

Cronicas (22535)

Discursos (3237)

Ensaios - (10301)

Erótico (13562)

Frases (50478)

Humor (20016)

Infantil (5407)

Infanto Juvenil (4744)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140761)

Redação (3296)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6163)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->O padeiro de Dortmund -- 02/09/2001 - 22:56 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos













****************************************************************************************************************************************



Fonte: www.udoklinger.de

O padeiro de Dortmund

Há muitos e muitos anos viveu um rico padeiro em Dortmund que decididamente não perdia nenhuma missa dominical e sempre foi

o mais devoto na igreja. Seu coração ficou solitário, porém, era mais duro que pão velho. Através da avareza e da compra de

grãos, ele ajuntou uma grande quantia em dinheiro em muitos sacos que escondeu no seu porão. Aos pobres, porém, ele nunca deu

mais que um pedaço de pão meio mofento e sua única irmã — viúva de um pobre mas destemido tecelão — quando lhe pediu apoio,

após a morte do seu marido, ele a deixou com seus famintos filhinhos à mingua e com grosseiras palavras a expulsou da sua porta.

De repente, uma terrível peste assolou toda a Westfália e, por causa disso, ocorreu um grande aumento de preços, de forma que

os pobres não puderam mais pagar os alimentos e o país inteiro ficou apinhado de mendigos. Entretanto, o padeiro não passava

nenhuma necessidade. Ele sempre fez o pão dele pequeno e sempre cobrava mais caro; seus celeiros e porões estavam repletos de

grãos, ocupando todos os espaços disponíveis, mas ele não os vendia e, ao contrário, esperava até o inverno para que os preços

dos cereais aumentassem ao dobro.

Então, certa vez, ele se deitava em sua cama para descansar do trabalho da parte da manhã, quando bateram lentamente à sua

porta. Ele foi atender e viu à sua frente, envolta em trapos, uma miserável e magricela mulher que lhe pediu uma esmola. Era

sua irmã que ele não pôde reconhecer, tal era o seu estado de desfiguração por causa dos mais recentes anos. Supondo, então,

que fosse uma mendiga qualquer, e irado com tal incômodo, logo na hora do seu repouso, apressou-se em atiçar seu cachorrão

contra a mendiga e deitou-se em sua cama. Mas, a mulher, com voz suplicante, chamou-o então pelo nome de batismo e pediu-lhe

que não a recusasse, pois, com a peste, ela havia perdido todos os seus filhos, e que a concedesse um lugar de descanso em sua

casa e que matasse a sua fome. E o rabugento irmão respondeu: "Tudo bem, você pode ter um lugar em minha casa, mas não sei se

você vai gostar, e você pode comer também !" Com isto, ele a conduziu pelo quintal e apontou-lhe um canil grande e vazio,

tirou um pedaço de pão de trigo da bolsa e lhe deu. A pobre esfomeada deu uma mordida no pão com vontade, mas ele estava tão

duro que ofenderia até os dentes de um cachorrão. Depois de alguns instantes, ela desistiu e caiu no chão de tanta fraqueza.

Mas, seu impiedoso irmão a deixou lá e, provavelmente, ela teria morrido ali se uma velha criada não a tivesse alimentado

com algumas gotas de cerveja, a fim de recobrar seus sentidos. Ela lhe deu alguns pedaços de pão macio, também, e assim a

pobre mulher ganhou forças novamente para poder se mover lentamente para a sua cabana. Ali, ela acomodou-se no meio de umas

poucas palhas e rezou a Deus, pedindo-Lhe que a livrasse dos seus sofrimentos. E Deus a escutou, pois ao fechar seus olhos,

ela nunca mais os abriu de novo.

No dia seguinte, porém, uma perigosa desordem começou na cidade de Dortmund, que ameaçava a sociedade rica e abastada da

cidade. O povo passava grande necessidade e começou a invadir as casas para atacar e saquear os que se fartavam de luxo. Os

pobres invadiram a casa do padeiro também; além de pilhado, foi ainda ameaçado de morte. O padeiro cerrou as portas e janelas,

tão logo ouviu os primeiros gritos da multidão, e refugiou-se onde ficavam os seus tesouros, no sólido porão da sua casa, o

que lhe dava um pouco de segurança, desde que não fosse achado imediatamente. Rapidamente, ele levou consigo um saco de pães

pequenos e um jarro grande cheio d água. Com isso, ele esperava não passar nenhuma falta, podendo ficar ali por vários dias,

até que a calma se renovasse. Mal ele acabara de trancar as suas portas com pesadas barras de ferro ele ouviu uma explosão de

uma porta e a invasão do povo quebrando tudo. Ele assentou-se sobre os seus sacos de dinheiro e esperou durante todo o tempo,

desejoso de que a calma voltasse. O medo fez com que ele se esquecesse da fome; mas, quando veio a manhã seguinte, a natureza

reclamou seus direitos: morrendo de fome, ele abriu o saco onde estavam os pães, pegou um deles e quis dar-lhe uma mordida.

Mas, que sofrimento... Por um milagre, o pão havia se transformado em pedra e grandes gotas de sangue pingavam dele como

borbolhas de suor. Tremendo, ele jogou fora o pão e pegou um outro, porém, também este estava como o primeiro. Ele tentou o

mesmo com o terceiro e o quarto pães, sem sucesso. Então, jogou o saco ao chão e apanhou o jarro d água; ele queria, pelo

menos, matar a sede. Mas, Nossa Senhora!...A água tinha se transformado em sangue. Então, ocorreram-lhe à mente todos os

pecados que ele cometera durante toda a sua vida contra outras pessoas; caiu de joelhos, rezou e prometeu, chorando, que

daquele dia em diante, iria se tornar um ser humano, um benfeitor e protetor dos pobres.

Depois da oração, ele voltou a pegar o saco de pães, porém, achou uma vez mais os mesmos terríveis sinais milagrosos. Em

profundo desespero, ele quis dar um fim à própria vida batendo sua cabeça nas paredes de pedra do sólido porão, mas também

este alívio não resolveu. Depois da terceira tentativa, ele caiu entorpecido no chão. E ficou muitos horas assim; finalmente,

ele acordou. Cada vez mais intensas, a fome e a sede começaram a atormentá-lo, mas ele não ousou abandonar o porão, porque

ele ouvia da casa o grito do povo furioso que queria a vida dele. Entre os seus sacos de dinheiro, ele se rendeu

miseravelmente pela noite do dia seguinte, com o espírito agoniado.

Depois de alguns dias, quando o silêncio se restabeleceu, a criada quis trazer a boa nova para o padeiro. Como ela não teve

nenhuma resposta do lugar onde ele se escondera no porão, ela abriu a pesada porta à força. Ela achou o avaro todo

transfigurado entre os seus sacos de dinheiro. Os pães continuavam como pedras que borbulhavam gotas de sangue; o jarro

d água, cheio de sangue. As riquezas do padeiro avarento foram consideradas como herança vacante, uma vez que ele não

teve nenhum herdeiro, e recolhidas aos cofres da cidade.





O padeiro de Dortmund,



O senhor Jürg, o padeiro era muito conhecido

O mais rico da Westfália

E mais rico ficava a cada dia

Duro de coração, e de balança infiel



Perto, reinava amarga miséria de famintos

Enquanto o ouro crescia na caixa vermelha

Os pobres desvalidos se acercam da sua casa

"Prefiro a vossa morte em lugar de ter pena!"



E pedindo esmola à frente da sua porta se assentou

Sua mãe, esquecida há muito tempo

Então, ele tira um pão diante do santuário

Seco e murcho, como se fosse uma pedra.



Ela o umedece com lágrimas, ela chora, ele amacia,

Ela cai no chão pálida de morte

E geme: "Que o céu te contemple, especialmente

Se tiveres fome, com a mesma esmola !"



Ela está morta em frente a sua casa.

Ele a leva para fora sem lágrimas

E murmura: " Assim, de todos os pobres

Como tu, a amiga morte tem piedade!"



E vai e abre o abundante santuário,

E quer se festejar com pão e vinho

Então, a faca se quebra - o pão é pedra

O sangue espuma na xícara quase preto



Ele pega os segundo e terceiro pães

Bate em muitos barris, do branco ao vermelho

Em suas mãos o pão se torna pedra,

Em sangue, nos barris, os primorosos vinhos



O coração desafiante a tremer começou

A todos os santos pleiteia o homem

O sinal da maldição é irrevogável

O pão de pedra nunca quer amolecer



Então, horror e monotonia se apossam do padeiro

Casa desolada, rejeitada por Deus

Aí, ele chama a morte: pela primeira vez, dos pobres

Ele quer ser amigo e deles ter piedade



A morte se ausenta; não resolvem

As orações que o condenado reza.

Então, um outro invasor lá em cima

Sapateia irado rangendo os degraus



Ele vem com o chá da meia - noite

" Ei, padeiro, não achas que é muito cedo?

O relógio golpeia doze, - nós não podemos demorar

O tempo está próximo! As corujas chamam! "

(J. Seiler)
**************************************************

Der Bäcker zu Dortmund

Vor vielen, vielen Jahren hat zu Dortmund ein reicher Bäcker gelebt, der hat zwar keinen Gottesdienst versäumt und ist in der Kirche immer der Andächtigste gewesen, allein dabei blieb sein Herz doch hart wie Stein. Er hatte durch Wucher und Korn aufkaufen eine große Menge Geld zusammengebracht, das er in vielen großen Säcken in seinem Keller verborgen hatte. Armen hat er aber nie mehr gegeben als höchstens ein Stückchen halbverschimmeltes Brot und seine einzige Schwester, die Witwe eines armen, aber braven Leinewebers hat er sammt ihren Kindern hungern und darben lassen und mit großen Worten, als sie ihn nach dem Tode ihres Mannes um eine Unterstützung bat, von seiner Türe gewiesen.

Da ist einmal eine schlimme Pest und nach ihr eine große Teuerung in ganz Westfalen entstanden, so daß die Armen das Korn nicht mehr bezahlen konnten und das ganze Land voller Bettelleute war. Bei dem Bäcker aber war keine Not. Er buck sein Brot immer kleiner und ließ es sich immer teurer bezahlen und seine Scheuern und Böden waren voll Getreide bis zum Hahneballen hinauf, aber er verkaufte es darum doch nicht, sondern hoffte, daß bis zum Winter die Kornpreise um das Doppelte steigen würden.

Da lag er einst um die Mittagszeit auf seinem Bett, um von der Morgenarbeit etwas auszuruhen, als langsam an die Türe geklopft wurde. Er rief herein und siehe, vor ihm in Lumpen gehüllt stand eine elende magere Frau und bat um eine Gabe. Es war seine Schwester, die er aber nicht erkannte, so hatte sie sich in den letzten Jahren verändert. Da er nun glaubte, es sei ein gewöhnliches Bettelweib, so hetzte er in Wut über diese Störung seiner Mittagsruhe seinen großen Hund auf sie, der unter dem Bett lag. Die Frau aber rief ihn nun mit flehender Stimme bei seinem Taufnamen und bat ihn, er möge sie, die an der Pest alle ihre Kinder verloren habe, doch nicht von sich stoßen, sondern ihr eine Ruhestätte in seinem Hause gönnen und sie vor dem Hungertode schützen. Da erwiderte der böse Bruder mürrisch: "Gut denn, ein Plätzchen in meinem Hause sollst du haben, ich weiß aber nicht, ob es nach deinem Geschmacke sein wird, und Nahrung sollst du auch haben !" Damit führte er sie auf den Hof und wies auf eine große leerstehende Hundehütte, zog ein Stück Weizenbrot aus der Tasche und reichte es ihr. Die arme Verhungerte griff gierig danach und biß hinein, aber das Brot war so hart, daß die Zähne eines großen Hundes dazu gehörten, um es zu zermalmen. Nach wenigen Augenblicken gab sie es auf und stürzte vor Schwäche zu Boden. Aber ihr harter Bruder ließ sie unbekümmert liegen und wahrscheinlich wäre sie auf dem Fleck gestorben, hätte sich nicht eine alte Magd ihrer angenommen und hätte sie durch Einflößen einiger Tropfen kräftigen Biers wieder zu sich gebracht. Diese steckte ihr auch einige Bissen genießbaren Brotes zu und so gewann die arme Frau wieder so viel Kräfte, um zu ihrer Hütte zurückschleichen zu können. Hier sank sie auf ihr elendes Strohlager und betete zu Gott, er möge sie doch von ihren Leiden erlösen. Und Gott erhörte sie, denn sie schloß ihre Augen, um nie wieder aufzuwachen.

Am andern Tage ist aber in der Stadt Dortmund ein gefährlicher Aufruhr ausgebrochen, der die Reichen und Begüterten in der Stadt bedrohte. Das Volk litt große Not und begann deshalb die Häuser derer zu stürmen und zu plündern, die immer noch im Überfluß schwelgten. Auch auf des reichen Bäckers Haus stürmten die Armen los, man drohte es zu plündern und ihn selbst totzuschlagen. Der Bäcker hatte bei dem ersten Aufruhrgeschrei sogleich Türen und Fenster verrammelt, er selbst aber flüchtete sich in den festen Keller seines Hauses, wo seine Schätze lagen und der ihm einige Sicherheit gewähren konnte, da er nicht gleich zu finden war. Einen Sack kleiner Brote und einen großen Krug voll Wasser nahm er in aller Eile mit sich. Er hoffte auf diese Weise ohne Mangel zu leiden, mehrere Tage ausharren zu können, bis die Ruhe wieder hergestellt wäre. Kaum hatte er die eiserne, mit schweren Riegeln versehene Türe hinter sich geschlossen, hörte er, wie das Volk die Türe seines Hauses sprengte, hineinströmte, sich darin zerstreute und alles zusammenschlug. Er hatte sich auf seine Geldsäcke gesetzt und wartete so von Stunde zu Stunde, bis es wieder ruhig werden wollte. Die Angst ließ ihn den Hunger vergessen; als aber der Morgen anbrach, da verlangte die Natur ihr Recht, hungrig griff er in den Sack, worin die Brote waren, zog eins heraus und wollte hineinbeißen. Aber wehe! es war durch ein Wunder zu Stein geworden und große Blutstropfen hingen wie Schweißperlen daran. Schaudernd warf er es von sich und ergriff ein zweites Brot, allein auch dieses war verwandelt wie das erste. Er versuchte es mit einem dritten und vierten, immer dasselbe, sie waren alle zu Stein geworden. Da ließ er den Sack fallen und nahm den Wasserkrug zur Hand, er wollte wenigstens seinen Durst löschen. Entsetzlich! das Wasser war zu Blut geworden. Da fielen ihm alle seine Sünden ein, die er sein Lebtage gegen andere Menschen begangen, er fiel auf die Kniee und betete und versprach, er wolle bereuen und für die kommenden Tage ein besserer Mensch werden, ein Wohltäter und Vater der Armen sein. Als er aber nach beendigtem Gebete wieder in den Sack griff und abermals dieselben schrecklichen Wunderzeichen fand, da ergriff ihn schwere Verzweiflung, er wollte seinem Leben selbst ein Ende machen und seinen Kopf an den harten Steinwänden des Kellers zerschmettern, aber auch diese Wohltat wurde ihm nicht zu Teil. Nach dem dritten Versuch stürzte er betäubt zu Boden. Viele Stunden lag er so; endlich erwachte er wieder. So begannen abermals Hunger und Durst ihn aufs Grimmigste zu plagen, aber den Keller wagte er nicht zu verlassen, denn im Hause hörte er das Geschrei des wütenden Pöbels, welcher sein Leben wollte. Inmitten seiner Geldsäcke gab er am Abend des andern Tages elendiglich seinen Geist unter großen Qualen auf. Als nach einigen Tagen die Ruhe wieder hergestellt war, wollte die Magd dem Bäcker die gute Nachricht bringen. Als sie aus seinem Versteck im Keller keine Antwort hörte, ließ sie die schwere Tür mit Gewalt aufbrechen. Man fand den Geizhals mit entstellten Zügen auf seinen Geldsäcken liegen. Das Brot aber war hart wie Stein und voll Blutstropfen, der Wasserkrug mit Blut gefüllt. Der Reichtum des geizigen Bäckers fiel, da er keine Erben hatte, an die Stadtkasse.

Der Bäcker von Dortmund



Herr Jürg, der Bäcker, war wohlbekannt

--Der Reichste weit im Westfalenland;

Und reicher ward er noch alle Tage:

Hart war sein Herz und falsch seine Waage.



Rings herrscht des Hungers bittere Not,

- Ihm schwillt im Kasten das Gold so roth.

Sein Haus umlagern die siechende Armen:

-"So mag sich euer der Tod erbarmen!" -



Und bettelnd ihm vor der Türe saß

Die Mutter sein, die er längst vergaß;

Da langt er ein Brot hervor aus dem Schreine,

Hart und verdorrt, als wär es von Steine.



Sie netzt es mit Thränen, sie weint es weich,

Sie sinkt zur Erde todesbleich.

Und stöhnt: "Daß einst der Himmel dich labe,

Wenn es dich hungert, mit gleicher Gabe!"



--Sie ist gestorben vor seinem Haus.

Er trägt sie ohne Thränen hinaus

und murmelt: "So mag sich all der Armen,

Gleich ihr, der freundliche Tod erbarmen!"



-- Und geht und öffnet den strotzenden Schrein,

und will sich laben an Brot und Wein:

Da bricht das Messer - das Brot ward zu Steine,

Blut schäumt im Becher mit düsterem Scheine!



Er greift zum zweiten, zum dritten Brot,

Sticht an viel Fässer, so weiß als roth;

-In Händen wird ihm das Brot zu Steine,

Zu Blut im Fasse die köstlichen Weine!



Das trotzige Herz zu beben begann,

--Zu allen Heiligen fleht der Mann!

Unlösbar haftet des Fluches Zeichen:

Das steinerne Brot will nimmer erweichen!



Da faßt den Bäcker Entsetzen und Graus

Im öden, gottverworfenen Haus;

Da ruft er den Tod: wie einst der Armen

Soll er sich freundlich seiner erbarmen!



Der Tod bleibt aus; ihn rühren nicht

Gebete, die der Verdammte spricht.

Da kommt ein Anderer ungerufen

Heraufgetappt die knarrenden Stufen.



Er kommt mit den Seinen zur halben Nacht

: "Hei, Bäcker, hast s nicht so bald gedacht?

Die Uhr schlägt zwölf, - wir dürfen nicht weilen,

Die Zeit ist um! Es rufen die Eulen!"

J. Seiler










































Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Perfil do AutorSeguidores: 38Exibido 1299 vezesFale com o autor