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Artigos-->COMUNICAÇÕES AFETIVAS -- 23/07/2003 - 06:27 (OLYMPIA SALETE RODRIGUES - 2 (visite a página ROSAPIA)) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
COMUNICAÇÕES AFETIVAS



Consultórios de médicos, médicas, psiquiatras, psicólogos, psicólogas e afins estão lotados de homens e mulheres que só batem ali como última instância na procura da resposta ao porquê de uma relação parecendo ter chegado ao fim, não mais ter jeito. Isso além dos ouvidos das amigas e amigos íntimos em que chovem queixas e lamentos em busca da explicação do mesmo problema, sempre na esperança dos amigos serem companheiros de infortúnio e terem uma lágrima a compartilhar. E todos buscando encontrar os motivos daquela decadência de um amor que foi grande, que foi maravilhoso, que há não tanto tempo ainda pegava fogo, fogo que agora ameaça se extinguir.



O que teria desencadeado isso? Certamente ainda há um querer bem, uma amizade, um carinho, uma preocupação de um para o outro. Se fosse indiferença, ninguém estaria buscando as respostas. Morto o amor, o desinteresse é total e o sofrimento é menor, isso se houver algum sofrimento. E para o amor que insiste em viver, que sofre e procura soluções, ainda haveria remédio?



Em primeiro lugar cada um terá que se examinar antes de procurar apenas no outro os motivos desse frio. Se começar pela ânsia de entender o outro a busca está começando errada, pois cada motivo que apontar vai virar acusação e provocará, com certeza, ferimentos dolorosos. Se cada um se olhar bem no fundo, descobrirá falhas que passaram desapercebidas e que foram se repetindo e adquiriram a aparência de gestos normais.



As queixas são muitas: - Ele não me dá mais o beijo que dava quando saía de casa. – Ela disfarça e se desvia do meu beijo. – Ele não cochicha mais no meu ouvido palavras safadas. – Ela não procura mais meu carinho. – Há muito tempo não ouço um “te amo”. – Ele volta cada dia mais tarde. – Ela sempre arranja um jeito de se ocupar de algo quando estou em casa. – A cama esfriou, quando acontece sinto que é obrigação. – E poderíamos enumerar muitas outras queixas que parecem observações corriqueiras, mas são como pequenas flechas acertando corações já machucados por tanto desafeto.



E achamos aqui a resposta: a falta de comunicação afetiva. E o que seria essa comunicação? Grandes discursos, lindas declarações de amor, longas cartas românticas mais doces que o mel, telefonemas apaixonados e repetidos? Certamente isso tudo produz efeito, nos encanta receber e dar. Mas são os pequenos gestos os mais importantes. Uma palavrinha carinhosa, um “te amo” sentido, um beijinho, um sorriso, um muxoxo, um movimento quase imperceptível de lábios, uma carícia mais chegada a safadinha, um “minha gostosa” ou “meu gostoso”, um olhar malicioso que quer dizer “me aguarde que hoje vai rolar”, a declaração do desejo no olhar... enfim, gestos de amor, gestos em direção ao outro, um pedido de desculpas, uma flor colhida no caminho de volta, um telefonema de surpresa feito de orelhão, recadinhos afetivos sem fim que podem ser responsáveis por manter a relação viva, alimentada, robusta. Não são gestos inesperados, nem grandiosos, são gestos que se tornam costumeiros e que alinhavam as horas de amor indicando que estamos realmente ligados onde quer que estejamos. São o encanto do encontro durante o tempo necessário de separação. São o verdadeiro sentido da vida no amor.



Se amamos verdadeiramente, isso não é difícil, não exige tempo nem dinheiro, não custa nenhum esforço desgastante. E, na verdade, essas pequeninas atenções são o esteio de uma relação de amor. Sem dúvida, essa atenção provoca o desejo, reflete diretamente na cama e dá sentido à vida. Nada melhor que se entregar e receber o ser amado.



O descaso, mesmo que aparente, é, ao contrário, o veneno do amor, provoca culpas, cria dúvidas, inventa fantasmas que crescem rápida e assustadoramente. Os momentos de ternura são preventivos a esse veneno. As pequenas comunicações afetivas evitam a desgastante rotina que nos expõe ao fracasso e ao melancólico fim. O amor pede atenção!



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