Usina de Letras
Usina de Letras
122 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62214 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10357)

Erótico (13569)

Frases (50608)

Humor (20029)

Infantil (5429)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140799)

Redação (3303)

Roteiro de Filme ou Novela (1063)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6187)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->1964 - Falar em Público -- 29/04/2012 - 18:38 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Vocês não vão acreditar, mas hoje levantei às cinco e quarenta da manhã, por que não dizer da madrugada, de um dia friorento e chuvoso até agora. Já voltei e fui à Nova Odessa, ladinho de Sumaré, tudo para falar e ensinar onze companheiros do Rotary, numa sala dedicada à administração. Ontem, recebi a convocação de última hora, estudei o tema umas horinhas e algumas anotações depois já estava me sentindo pronto. Peguei a Bandeirantes e hora e tanto cheguei. Bom dia, oi e aí... Falei uns oitenta minutos e até que me saí bem, pois fui convidado a falar mais. Acho que umas cinco vezes, até o fim do ano.
Diferente daquela manhã de setembro de sessenta e quatro, quando a Dona Sara, do Mi, me pediu para declamar uma poesia em homenagem ao dia da árvore. Deveria ter lido uma poesia às pedras, pois foi como fiquei, ali parado e gaguejando. Misto de vergonha e coração acelerado. E ela me preparou antes, não saiu, me pareceu muita gente naquele palco do Grupo Escolar José Gomide de Castro. Nesse mesmo palco falei uma outra vez, quando aceitei viabilizar o lançamento do livro do Orlando. Estávamos no meio de um arroz com frango, a idéia surgiu e me ofereceram a palavra. Tremi de novo, expliquei o meu plano e resolvi um problema anterior com um grande amigo. Quem estava lá vai se lembrar.
Em dois mil, fiz um treinamento de qualidade pela minha empresa e o Sebrae me recomendou dizer alguma coisa para umas duzentas pessoas, no Auditório da Prefeitura de Piracicaba. Tremi de novo e de novo. Consegui passar a idéia pedida, porém quase desandei. Quem mandou não preparar nada, achando que dava para chegar e dar o recado, não deu. Mais prá frente estava no Rumo a Iso, do mesmo Sebrae e dei de cara com a Ana Maria, uma mulata gentil e atenciosa, mas, dura e que me fez cortar um doze. Menino, disse ela, você pensa que sabe, mas nem preparado está. Como assim, quis peitar. Além do cala a boca, ela disse - Vai estudar mais, precisa saber falar e bem. Falar em público não é fácil não, tinha certeza eu. Tinha mais certeza ela, tanto que me desafiou com o curso mais top - Prá você só o Polito! É, vai atrás... Não disse que a Ana era dura. Pois. E ainda me mandou fazer mais dois outros - Silva e Empreteco, não sem dizer que era o mínimo para mim. Encarei como uma aposta. Em junho de dois mil e três, entreguei cópias dos certificados a ela e a danada só sorriu. Continuamos a parceria e ela me chamou algumas vezes para ajudá-la a montar outras turmas.
E vocês sabem que nunca estamos totalmente preparados. Falar em público não é fácil não, tenho certeza eu. Saí correndo atrás de outros treinamentos - Passadori, Camolesi, Talk Stalk, livros e apostilas. Só de trava línguas um monte. Colega da Ana, o Sávio tornou-se meu consultor de qualidade, de gestão e de vida, quantas vezes jantamos, cujo cardápio era este assunto, da comunicação e do público alvo, ta ta tá e te te tê. Por ele, falei de qualidade e Iso, em seminários da CPFL, em algumas cidades do interior paulista. Nunca deixei de me preparar, sabendo que começaria cada fala um tanto "tremoso". Palestrei e dei aulas no Sesc, na Unimep, na Acipi, em São Miguel no curso de pedagogia e até no Banco Nossa Caixa, quando ousei comentar sobre os resultados do primeiro trimestre de dois mil e sete. Aqui eu venci, porque estudei muito o assunto e tinha evidências para comprovar. Até de roupa eu troquei durante, para convencê-los das possibilidades.
Meu maior público foi na Conferência Rotária, em Águas de São Pedro, falando de planejamento e liderança nas lides dos clubes. Neste caso, com auxílio do data show, muitos me disseram que dei show, preferi acreditar na educação deles, uns abraços de apoio e alguns parabéns foram registrados, mais sorrisos. Somando tudo, desenvolvi um treinamento e algumas apostilas, já tive mais de cem alunos, entre as pessoas de Saltinho, da minha empresa e colegas do Simespi. Aqui eu comecei com cinquenta e seis, terminei com dezoito, todos certificados. Se falam em público, não sei e nem os vi mais. Outro dia me convidaram para um novo curso, fiquei de ver.
Uma coisa eu posso dizer - Você precisa de horas de preparo para falar apenas cinco minutos e o improviso não existe, mesmo aquele que achas o rei da fala, ele está sempre se preparando. Por falar em preparo, na volta, neste dia vinte e nove de quatro de doze, olhando a estrada molhada e só nuvens carregadas, falei para a Edna que precisava resolver minha dicção nos craro, cróvis, crean, crass, pratéia... Eita érres que não me largam.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui