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cronicas-->1998 - Hotéis -- 22/04/2012 - 12:56 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Olha o hotel em que iremos ficar... Loews Miami Beach Hotel, recebi o e-mail do Alexandre, isso depois de ele ter visto uns dez. Ficaremos uma semana, por conta de trabalho e um pouco de férias, precisamos de uma máquina nova – a Liberator. Essa história de hotel começou com o Hotel Ipiranga, eu via ali da Praça do Dante, imaginando como era. As meninas que moravam lá, eu sabia, todas bonitas – as Matellis. Nunca entrei nele e até hoje, só passo em frente. Nosso professor Valdemar morou lá, alguém vai lembrar.
Sofri com um hotel, lá em Iguape, quando fui em lua de mel, que calor e quase fiquei sozinho, se não tivesse ido embora antes da hora. Só fui pagar essa encrenca, quando fizemos Bodas de Prata. Aí sim. Ficamos quatro dias no Rio, praia de Copacabana e no hotel de mesmo nome. Uma beleza, um paraíso, onde paguei todos os meus pecados com a Edna. Fui só mais uma outra vez e preciso ir mais umas.
Muquifo mesmo foi num que fiquei lá em Nobres, Mato Grosso, sábado e domingo, aguardando o trabalho na segunda, meio dia de sol e cimento, já esquecidos, mas, o hotel está aqui, ô coisa ruim. Quase igual foi um lá de Albuquerque, beira do Rio Paraguai, bom, aqui o que valeu foi a pescaria, de pintados e dourados, todos ótimos, o hotel... Nem pensar. Mesmo nível, um de São Miguel mesmo, já fechado. Ainda levei meu pessoal de Saltinho, numa festa da uva. Chuva lá fora e muita água dentro, carpete encharcado e cheiro de mofo. Noite quase de terror, fora a lama do recinto da festa, mas, o pessoal encarou na boa. Já fiquei e gostei do Skina e da Pousada Villa da Mata.
Terça passada fui à Uberaba e fiquei no Dan Inn, já com mais de vinte anos e lotado, pela proximidade das fábricas de fertilizantes. Ele é de uma rede, parceiro de um de Piracicaba, que já fiquei – o Nacional Inn. São meio decaídos, mesas de café ótimas, um contraste. A maioria dos hotéis, fiquei por trabalho e como me ensinou o Piau, meu gerente na época da Itaú – Uma boa cama e um bom chuveiro são suficientes, pois o foco é o seu trabalho e quanto mais próximo, melhor. Porém, quando for passear, procure o melhor. Acreditei nele, o cara era bom e hoje é diretor industrial de uma cimenteira em Volta Redonda, deve estar usando o mesmo conceito. Hotel gosta de se chamar – Palace, Plaza, Inn, Center, Star, Park, Pousada, Resort, entre outros, um dia saberei das diferenças.
Como ainda moro em São Paulo e já tem quatorze anos que trabalho em Piracicaba ficando em hotéis, tenho relacionamento especial com todos eles, de amor e ódio. Iniciei ficando no Beira Rio, primeiros três anos, pertinho da cachoeira, barulho e insetos, também o rio e muitas árvores. No pior deles, Santin, fiquei só uma noite. A minha segunda em Piracicaba, já contei dele e da minha solidão e do frio que passei. O Beira Rio passou por uma reforma e fui ver só umas duas vezes. Inaugurou o Íbis e fui ser o primeiro cliente, cheguei às sete da manhã, ainda com tijolos e poeira. A atendente nem acreditou, ganhei até uma placa e saí no jornal interno. Outros três anos, até eu alugar um apartamento, que aguentei uns cinco meses. Voltei ao Íbis e saí chateado, mudaram os funcionários e me esqueceram. Passei ao New Life, mais uns quatro anos, bom e agradável, acertei valores mensais e controle da garagem exclusiva. Beleza até ele dobrar de preço, face demanda alta na cidade toda. Aí, andei pelo Antonio’s, Saint Paul, Bristol, Nacional, Royal Park, por último no ArcoHotel, cada um com sua encrenca própria, até eu alugar um flat, no Santiago Flat, quando encontrei a maior chatice, nada contra, mas conviver com mais de cinquenta coreanos, de uma obra da Hyundai, não quis e não quero. Fiquei cinco meses e paguei uma multa de três. Agora, tenho ficado no ArcoHotel mesmo, até me entregarem a chave de um apartamento que aluguei.
Ano passado andei por Amsterdam, cidade sem nenhum preconceito, tanto que a moça do Crowne Plaza, quando nos viu, eu e o meu sócio, sem sombra de dúvida nos direcionou a um quarto de casal. Percebi e disse – Two beds, please. Ela só sorriu e nós, muito, depois fomos andar pela cidade e hoje, vinte e dois de quatro de doze, estou indo morar em Piracicaba, para construir meus dois horizontes de trabalho e, contrariando o Piau, quero mais, minha família vai comigo. Beleza!

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