Foi lá nos idos de 1978, que quando cursava o segundo semestre de economia tomei conhecimento da palavra dilema. Melhor dizendo, do seu significado.
Naquele tempo as faculdades da Associação de Professores de Cruz Alta ( APROCRUZ) ainda marcavam tempo não por semestre. Assim sendo eu estava no primeiro ano de economia, na cadeira de filosofia ministrada pelo professor, Padre Lino Kerubin quando aprendi o significado de dilema. Ele recorreu-se de diversos exemplos bíblicos. Principalmente na história. Todos com o aparecimento da terceira opção. Bem como citava que para escapar da armadilha do dilema só mentes superiores. Mas, ele citava que havia casos quase insolúveis.
Matéria apaixonante tema de inúmeras pulhas como a da cachorrinha N´ HÁ BUNDA.
Foi lá na longínqua Fronteira Oeste que um Arigó (eletricista de Linhas de transmissão da CEEE) me deu, chula e grosseiramente a resposta para uma quase impossível de solucionar pela absoluta falta de comunicação.
O homem não fala a linguagem do cavalo e a recíproca, também é verdadeira, assim cada um pensando de uma maneira divergente jamais chegarão a um consenso criando um impasse insolúvel.
Um homem viajando semanas e semanas pelo deserto, vai sofrendo a falta do sexo. Dias após dia subindo e descendo dunas intermináveis. Dormindo ao relento, enfrentando as suas noites geladas com a libido explodindo por vezes enfim imaginou servir-se do cavalo.
Homem de elevada moral, e princípios religiosos, como iria apelar para um recurso assim aviltante e pecaminoso. Pior católico apostólico Romano, praticante, com obrigação de confissão dos pecados. Como contar ao padre que fizera o cavalo de mulher? Por que não nascera numa dessas ditas igrejas evangélicas, onde ninguém é obrigado a confessar seus pecados a ninguém somente a deus, alguém que a muito descri de sua existência?
Há muito tempo, mais precisamente meados de 1973, quando fazia o levantamento para eletrificação de Capão bonito, e hospedava-me na casa de Nelson Feijó, ouvi dele à Ariosto seu sobrinho, a seguinte defesa da confissão:
É a demonstração de humildade e arrependimento do homem ao contar seus próprios pecados a outro homem..
Neste caso ele tinha dois problemas o pecad, e pior, contar a outro homem o tenebroso pecado de zoofilia. O Segredo morreria com o padre. Segundo a tradição, jamais um ex padre revelou o que ouviu na confissão ou um Maçom adormecido revelou o Segredo da Maçonaria. Mas ele jamais poderia olhar de frente à quele homem que sabia seu segredo.
Os dias foram passando e a libido minando seu corpo. Ao soltar o cavalo para pastar ele não deixava de admirar, cada vez mais aquelas ancas.
Um dia mandou todos os pensamentos cristãos e de moralidade ao inferno e barranqueou o cavalo velho.
Não tinha outro jeito aquele barranco era tentador demais. Encostou o matungo no barranco e começou a aplicar os vinte oito centímetros de ferramenta. Este ao sentir o trancasso apertou as pregas atracando a ferramenta que não ia mais nem para frente nem para traz.
Ai aparece oi grande dilema solúvel somente3 com um dialogo. Cavalo não fala e não entende a Fala humana.
O homem pensava:
Quando ele afrouxar eu tiro
O matungo de orelhas murchas pensava:
Se eu afrouxar ele atafulha o resto inteiro.
