"Coisas e eventos não têm significado em si mesmos e apenas as correlações entre eles são reais”, diz Vlatko Vedral no exemplar da revista Nature desta semana, final de janeiro de 2006. O que precisaríamos mudar em nossa visão de mundo para incorporar essa afirmação quentíssima e atualíssima vinda da Física Quântica? Mais: o que precisaríamos mudar em nosso sistema de ensino para admitir essa máxima? Seria só um pouquinho?? E na nossa visão religiosa??? Vlatko diz que essas correlações são os emaranhamentos quânticos, a ligação não-local entre objetos, a qual a cada dia que passa se mostra mais comprovada, mesmo sob o ruído de ranger de dentes dos cartesianos. Estaríamos indo na direção de dimensões mais amplas? Aqui a Teoria das Cordas poderia ajudar? E seria por essa razão que os incrédulos da Quântica fincam tanto o pé (ou a cabeça) no chão duro? Pura paúra das novidades que não dariam conta? Pois é! Parece não haver limites para as conseqüências “estranhas” da Física Quântica. Por isso, ignorá-la ou injuriá-la colocando seus adeptos no caldeirão dos bruxos, é sempre uma opção interessante para os que vivem nas únicas três dimensões clássicas que afirmam existir, sob os ditames da segunda lei da termodinâmica. Esses serão sempre os "flatlanders". Aos que gostam da Física Quântica, entretanto, relaxem, regozijem... e continuem buscando a compreensão do cosmos, de preferência dentro de si mesmos...
