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Textos_Religiosos-->UMA LUZ NA ESCURIDÃO -- 24/06/2008 - 10:20 (Adalberto Antonio de Lima) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


O homem é mau em sua natureza humana e, ao mesmo tempo, bom, em sua natureza divina. Não! Esse dualismo é uma concepção não-cristã. A matéria seria má e o espírito bom? Por acaso Deus é autor de más obras?De modo algum! “ O Senhor Deus formou, pois o homem e inspirou-lhe nas narinas um sopro de vida...”(Gn 2,7) “contemplou toda a sua obra, e viu que tudo era muito bom...”(Gn1,31)
Deus não criou demônios; fez anjos bons que se tornaram maus, porque não quiseram ser apenas anjos. Mesmo divinizado por Deus, o homem não é Deus; somos apenas uma jóia revestida de ouro; não o ouro. Somos apenas um espírito revestido de luz, mas não somos a luz.
Podemos ser bons ou maus; cidadãos ou bandidos. Cabe a cada um a decisão de querer andar na luz ou nas trevas. Cada um escolhe o caminho a seguir: se andará mal-acompanhado ou sozinho; se fará o bem ou o mal, sabendo que só o bem é fonte de estímulo à alegria, à paz e à harmonia. E o mal, uma ponte que se destina a conduzir os incautos à sua própria ruína. Todo bem retorna à origem; assim também o mal à sua origem torna. Navegando na vaga ou morrendo no cais, recebe-se a recompensa pelas obras praticadas. Cedo, tarde ou agora, no fluxo e refluxo, o amor brota, ou a vida jaz.
Criado para amar e ser amado, o homem decide se quer ser fiel ou ladrão; trabalhar ou roubar; semear e ceifar preservando a natureza; assorear os rios, ou reter desordenadamente suas águas; acabar com o encanto da cascata, de nascentes e de cachoeiras; destruir toda a beleza da foz; derribar árvores, abrir clareiras ou matar todo ser que respira com morte lenta e dolorosa.
Tudo pode ser mudado em cinco minutos. Em apenas cinco minutos, podemos mudar o destino da própria vida... Em cinco minutos, pode-se gerar uma vida, uma amizade, um futuro brilhante. Em apenas cinco minutos, podemos destruir tudo isso!
Então, pus-me a examinar o que havia entre o céu e a terra: lancei um olhar humano sobre a natureza divina, e um olhar divino sobre a natureza humana. Olhei com olhos divinos para conhecer o amargor do pão e do mel humanos; depois, olhei com olhos humanos para conhecer o suave-doce do Pão e do Mel divinos. Foi assim, que busquei inspiração na fonte da sabedoria divina para escrever “UMA LUZ NA ESCURIDÃO” .
Em 2006, quando recebi os originais de “Genealogia e Memória de uma Família”, percebi que havia chegado o momento de publicar também “UMA LUZ NA ESCURIDÃO”. O livro que me fora confiado para revisar era irmão gêmeo daquele que escrevia! Havia neles uma luz vinda do mesmo candelabro com a qual os autores procuravam dissipar as trevas. Ambos buscavam restaurar a alma humana, com um pincel embebido no amor de Deus.
Os rascunhos de “UMA LUZ NA ESCURIDÃO”, ao serem digitados, passavam por modificações: a pedra bruta era lapidada, e uma camada de verniz polia e dava acabamento à estrutura das frases. Porém, um defeito no computador fez com que parte do livro se perdesse...
As máquinas precisam de revisão e de reparos por causa da poeira acumulada e dos vírus lançados em seu interior. Assim também, a alma humana necessita de restauração, por causa do lixo espiritual constantemente soprado contra ela.
Todos os dias somos atingidos por bombas de pensamentos e por sugestões diabólicas que, se não forem rejeitadas, podem nos levar à prática do mal. É preciso que estejamos revestidos com a armadura de Deus, renovados e restaurados pela fé em Jesus Cristo, para que possamos resistir às ciladas do demônio.” (Ef. 6,12).
Refletindo sobre a pane no computador, descobri que a poeira da vaidade de escrever uma obra literária havia se instalado em meu coração. Naquele dia em que perdi parte do “meu livro”, descobri que ele não era meu...
As obras das mãos do homem, mesmo as mais duradouras, jamais serão eternas, porque parciais e imperfeitas (I Cor 13,9-10). A fama e a vaidade, tudo é vento que passa ! Assim, pude aceitar também, sem revolta, o fato de terem roubado “meu” carro. Antes, era tamanha a possessão que lhe atribuí até um nome, como se fosse uma pessoa da família: Xebinha. Dele, só fiquei com as chaves e com uma lembrança que não me atordoa mais...
De que vale o efêmero diante daquilo que é infinitamente duradouro? Todo tesouro acumulado na terra está sujeito à traça, à ferrugem ou à pilhagem de ladrões. Nenhuma obra humana é eterna, nem dura eternamente a memória do sábio. “Morre o sábio e o insensato, e ambos já não são mais lembrados” (Ecle 2,l6). Portanto, não há razão para envaidecer-me pelos livros que escrevo, pois “minha pregação não é nenhuma glória para mim. Não faço em meu nome, mas em nome daquele que me mandou fazer” (I Cor 9,16). Não escrevo para tornar-me conhecido, mas para que se torne conhecido Aquele que anuncio. Essa foi a ordem que recebemos do Senhor: anunciar o Evangelho a toda criatura: “quem crer e for batizado será salvo” (Mc 16,16).
Eu não sou a Luz, mas a luz está em mim. Não falo em meu nome, mas em nome d’Aquele que me mandou falar (Jo 14,10). Eu não sou a luz; vim para dar testemunho da Luz (.Jo 1,1.6-8.20-21). Não sou profeta; sou apenas um caniço agitado pelo vento (Mt 11,7) a clamar no deserto de cada coração. Sou apenas um lenho seco a quem o Senhor, em Sua infinita bondade, prolongou a permanência entre os homens, até que eu aprenda a habitar eternamente em Deus.
Tudo que tenho é de Deus, veio Deus e a Ele retornará, à exceção do pecado que não veio do Senhor, mas de mim mesmo. Não sou modelo, nem referencial de santidade. Eu caí, da mesma maneira que muitos um dia também caíram (Sb 7-3). Se me olho no espelho, não vejo nada além do que é corruptível; contudo, se minha alma pudesse ser vista através da matéria, com certeza, revelaria traços divinos, por causa d’Aquele que habita em mim. Não falo do “meu” Deus com possessivo egoísmo; reporto-me a um Deus que também habita em cada um de nós. Porquanto, embora simples vaso de argila como eu, todos recebemos um sopro espiritual vindo do Criador. Todo batizado é chamado a evangelizar e a tornar-se uma “pedra viva” na construção do Reino do Senhor. Não se deve colocar freio na boca de um profeta nem algemas em suas mãos. Deixem que o profeta clame alto no deserto: “Abri no deserto um caminho para o Senhor. Subi a uma alta montanha, para anunciar a Boa Nova”(Is. 40-3-9)
Anunciar o Reino de Deus não é deliberação minha de colaborar com o plano de salvação; é uma ordem do próprio Jesus a todos os batizados. “Ide e ensinai o Evangelho a todas as criaturas, quem crer e for batizado será salvo”. Portanto, não coloqueis freio na boca de um profeta, nem algemas em suas mãos.”
Eu quero ser, como Madre Tereza de Calcutá, tão somente um lápis na mão de Deus. Permita Deus que eu aponte corretamente aos outros o caminho da salvação. E, ao apontá-lo, siga também eu esse mesmo caminho! Não sou profeta, sou apenas um caniço agitado pelo vento... Aquele que anuncio é superior a mim, porque existe antes de mim. É preciso que eu diminua, e Ele cresça.”.Jo 1,23ss)

LIMA,Adalberto. Uma Luz na Escuridão


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