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Cronicas-->1982 - Formatura -- 04/03/2012 - 17:39 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Ontem fui à formatura da minha sobrinha Júlia em Comunicação e Multimeios. Bonito não, ainda mais pela PUC. O curso articula atividades e disciplinas de comunicação em múltiplos formatos e plataformas. Saber mais só se formando igual ela. Tio Inho, você vai com a tia, ligou-me. Mandou um e-mail com as coordenadas, só ver o mapa virtual e pronto. Não é que deu certo. Vinte e dois da Castelo, entra pro Tamboré, vira, sobe e vira, eis o Skyline Venue, um belo lugar para shows e eventos, no meio de um nada, mas, igual ao site. Primeiro de tudo aparece o vinte e cinco do estacionamento, depois aquele monte de alunos, pais e padrinhos, amigos e parentes, quanta van. Oi Janie, Luiz... Vamos entrar.
Bonito mesmo, caminho da mesa, som dançante, dei uma rodopiada, depois só pros mais novos. A banda show repete as seleções de sempre, mas a turma gosta. Sentamos, mesa arrumada e ouço New York... Dançadinha de novo. Chega, mesa e macarrão ali do lado. Uma caipirinha peguei prá Edna. Avisaram-me de outra mesa com comida mexicana. Meu, muita comida e se come o tempo inteiro. A organizadora Agência Delphos capricha mesmo e todo mundo gosta, além de tudo é a consagração de muito esforço e gastos para tentar uma carreira. Assim, a família comparece, agradece, extravasa os quatro, cinco anos de tempo e olho na escola numa noite só, por isso ela tem que ser mágica. A banda sabe disso e provoca. Hora da valsa é sempre meio desorganizada, mas todos aparecem no telão e sempre três músicas, vienenses de preferência. Muitas fotos, muitas. Depois vem o álbum e como selecionar, ficamos com todas. Batucada dos alunos e começa o show do Art Popular, pista cheíssima. Duas e meia já, beijos e tchau. Valeu hein, sucesso.
Quase só nós na estrada, fiquei pensando na minha primeira formatura, de ginásio em sessenta e oito. Quatro convites e uma mesa era o que tínhamos, o resto tinha que comprar no bar do clube. Com quatorze anos devo ter comprado só uma coca e talvez um guaraná prá minha mãe. A banda Los Guarachos era daquelas de salão mesmo, tocando músicas do Caribe e anos quarenta e cinquenta, sem show. Depois dancei valsa nas formaturas do meu segundo colegial, em setenta e meu terceiro em setenta e um, pegando carona no pessoal do ginásio. Não me lembro de nada, só dos eventos e devo ter dançado muito.
Aí me formei em Administração e fui dançar minha valsa, ao som do Super Som TA, na época o rei das formaturas, já em oitenta e três. Mais coisas recebemos, bebidas na mesa e salgadinhos, com show no meio do baile, no meu caso com o Emepebê Quatro e ainda fui de smoking por conta. Mesa super arrumada, salão ali pelo Ibirapuera e lugares para muitas fotos, deu um álbum cheio e já paguei estacionamento, mas dancei mais, pois o conjunto ainda era de salão, já com umas moças show.
Depois fui ao Juventus na formatura do Alexandre e do Kakinha, muita gente, dancei e só o que lembro, fui a outras, sem registro, mas por conta das empresas que se criaram para cuidar dessa demanda, cada vez mais exigente. Meus filhos foram estudar e os carnês apareceram, pois você começa a pagar bem antes e já sabe valores e tudo o mais. A Lígia formou-se em direito e dançamos a valsa lá no Expo Center Norte, com conjunto, comidas, bebidas, quetais, café, doces, show no meio e trio elétrico ao final, das cinco às oito. Roupa de gala, mais convites, estacionamento pago, etc e nós lá, só sorrisos. Amigos, família, whisky eu levei e mais de um. Amei minha advogada, que tomou todas e uma glicose, extrapolhou diria um conhecido e chorou depois, pois perdeu o trio das cinco e o final, dizem magnífico, não vi também. Fui a dois bailes pelo Guilherme, da Getúlio Vargas, com toda a receita mais um show do Jorge Benjor e depois da São Francisco, lá no Transamérica, mesma receita de tudo isso e um pouco mais.
Conversando com o Luiz e olhando a estrutura do Skyline Venue, ar condicionado a mil, quase não dando conta, pelo calor humano e pela alegria de todos, ficamos imaginando como será daqui alguns anos, as formaturas continuam e não devem parar mesmo. Ele me disse que as próprias empresas ajudam os alunos a realizarem o evento, com o fornecimento de alguns eletrônicos, para rifa e receita. Torço para que sempre dê certo e as valsas toquem e formaturas sempre aconteçam.
Mas, pensando bem, neste quatro de três de doze, acho que a moda futura do evento será mais simples, deixando de lado todo esse salamaleque, concentrando no sorriso de todo formando. Parabéns Júlia!
 

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