Andava por aí, sob o sol de terras e terras, em barco de papeis.
Não fui Colombo, não sou Cabral ou qualquer dos imponentes homens, que fazem a história.
Fiz amigos,
Fiz tantas e tantas ruas, construi casas e portos, dexei saudades e as carrego comigo. Os meus mortos de vez em vez os acordo do sono que dorme comigo, pra segredar antigos momentos.
Meus amigos,meus amigos, hoje estou no Sul do Norte lembrando das noites em Romana, em Algodoal, em Mosqueiro, até na capital. Lembrando da lua fogosa, do rio que sem limite segui o seu curso natual.
Saudade repito, as tenho a qualquer hora, pois na vida não adiata matar, sem morrer pra salvar. E de todas essa aventuras ou desventuras que passo pela vida, além do caminho que sigo, o tesouro maior é o amor que nutri em cada ocasião, e que ainda fervilha, só de pensar em cada nome de amigo, namorada ou irmão.
A solidão que as vezes me habita,carrego como visita. Seria até desonesto mentir aos olhos que não sei o que é,seria até impróprio sangrar nessa vida, sem sentí-la.
O absurdo, a dor e as tristezas servem pra nos consolar, aprendemos com essa moral, segredo de nossos dias, que até o que parece nocivo nos faz salvar. |
