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cronicas-->O Computador Central -- 24/02/2012 - 09:52 () Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

 

 

                  Terça feira de carnaval, a esposa foi buscar a neta, as seis e meia e voltou a dormir, vim para o computador e faltando alguns minutos para as oito horas vou ao Super Zafari, comprar pão e frios. Apanho minha bolsa, desisto de levá-la, pois junto a elas eu ainda tenho trinta e cinco reais, retirados na noite anterior para ir ao Bar. Normalmente não carrego dinheiro, desde os tempos de solteiro quando ainda não existiam os cartões de crédito. Sempre carreguei o mínimo para compra de cigarros ou o vinho no bar, duas coisas indecentes de serem feitas a crédito.

                 Passo pelo posto de gasolina, na loja de Conveniências, eu tomo um cafezinho e sigo para o mercado, Quando vou pagar minhas compras sou remetido a um passado longínquo, quiçá, por volta de, ou mais de, cinqüenta anos passados. Vejo-me lendo um conto, possivelmente em quadrinhos, sobre um computador enlouquecido. Isso lá pela década de sessenta, quando ainda era chamado de “Cérebro Eletrônico” e seu HD, com capacidade inferior a um Mega Byte, pesava algumas não poucas toneladas. Instintivamente meto a mão no bolso e apalpo meu Pen Drive, com capacidade quatro mil vezes maiores que ele e pesando apenas cinco gramas. E Imagino se aquele computador enlouquecido, pode provocar tantos danos o que um auxiliado por ele não poderá fazer?

               Chego ao caixa de uma operadora conhecida e sou informado:

              Seu Viégas! com cartão não. O Sistema esta fora do ar.

              Sorrindo, da sorte retiro, o dinheiro, pago a conta e converso com o Controle de caixa sobre todo o transtorno que terão de enfrentar enquanto o sistema não retornar, pois a maioria das operações é efetuada com pagamento virtual.

               Há uns quinze anos, quando eu fazia o curso de Mediação e arbitragem um colega, gerente do Banrisul, Jorge Chorba, dizia que num futuro muito próximo, a moeda em espécie e o Cheque seriam expulsos pela moeda virtual. Eu hoje me pergunto:

              Como pude viajar, antes dos cartões de crédito, numa época em que para retirar dinheiro numa agencia estranha demorava mais de semana? Como pode Auguste de Saint Hilaire, viajar durante seis anos pelo Brasil e Uruguai numa época em que nem Bancos existiam?

             Aquele conto citava que em uma época muito avançada, o mundo inteiro foi avançando em tecnologia e entregando aos Cérebros Eletrônicos todo o gerenciamento das suas vidas. Estes crebros eletrônicos ajudaram ao homem a criar um superior central, capaz de coordenar o mundo inteiro. Este super computador em determinado momento passa a se auto aprimorar.

             O primeiro passo foi adquirir o poder de decisão, neste momento ele se independe do homem, e cria uma legião cérebros auxiliares sobre seu comando.

               Mais tarde adquire o poder de telecinésia e telepatia. Agora ele esta a frente do homem, ele tem a capacidade de se auto administrar, e gerenciar o mundo inteiro a seu bel prazer. Se ele tem todas as capacidades intelectuais do homem acrescidas ainda desses outros dois poderes. Ele também esta sujeito as paixões, ambições, e debilidades mentais. Assim ele enlouquece.

                Debalde grupos de cientista imaginam a possibilidade de desligá-lo. Com seu poder de leitura coletiva de pensamentos, ele sempre toma todas as medidas de defesa antecipada. Sua legião virtual sempre bem distribuída age como longos tentáculos em sua defesa. Não me recordo como termina a história. Mas resta-me a pergunta:

              Será que, como diz Robin Cook, -“No limite em que a ficção chega a se confundir com a realidade” - não estamos beirando o risco de um dos computadores centrais do sistema financeiro, adquirir a capacidade de decisão?   

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