O dicionário define a palavra empurrão como dar encontrões em forma de violência. Mas, na vida real, o ato de empurrar nem sempre é visto como violência. Muitas vezes um empurrão pode mudar o destino de uma pessoa.
A primeira vez que eu empurrei alguém eu estava no jardim de infància e tinha 5 anos de idade. O fato aconteceu numa apresentação de final de ano na escola, onde minha colega Suzana, a mais tímida da sala, precisava entrar no palco para começar a peça de teatro. O problema é que estávamos numa fila, Suzana escondeu-se atrás da cortina e a platéia já estava alguns minutos esperando pela nossa aparição. Então perguntei:
- Suzana, você não vai entrar no palco?
A garota respondeu:
- Estou com vergonha e medo.
Naquele instante empurrei a colega para o meio do palco e ela declamou o seu texto decorado, sem nenhum receio.
Neste caso, ela só precisava de um empurrãozinho.
Durante a minha adolescência, tive um colega também muito tímido cujo o apelido era Tico. Ele era apaixonado pela menina mais bonita da escola, Fernanda, porém nunca teve coragem de se declarar a ela.
Então, um certo dia, teve uma festa na escola e eu fiquei de pé com Tico olhando o salão. De repente, Fernanda ficou de costas atrás do rapaz. Assim eu disse:
- Agora é a hora de você chamar a sua amada para dançar.
O garoto respondeu:
- Acho que não, pois tenho medo de levar um "fora".
Então, empurrei o moço nas costas de Fernanda, que derrubou seu refrigerante no chão.
Deste jeito, Tico ficou envergonhado e disse:
- Desculpe, é que me empurraram. Eu posso comprar uma outra bebida se você quiser.
A moça falou:
- Não é necessário.
- Vamos dançar?
Desta forma os dois bailaram juntos e a estória acabou em namoro.
Neste caso, Tico só precisava de um empurrãozinho.
Há um ditado que diz que devemos empurrar uma pessoa para frente e nunca para trás. Eu discordo, pois um empurrão para trás pode salvar uma vida.
Há algum tempo atrás eu tinha uma colega distraída apelidada de Val, nós sempre íamos para o ponto de ónibus juntas. Uma vez estávamos conversando na rua e Val, muito distraída, colocou os pés quando o sinal ficou verde para os carros passarem. Então eu peguei minhas mãos e empurrei a moça, para trás, e por isto ela foi parar na calçada e ficou livre de ser atropelada por um veículo.
Aqui, podemos concluir que empurrãozinho faz toda a diferença. Pois ele pode mudar o destino das pessoas e até salvar vidas.
Gostou? Então dê um empurrãozinho e passe este texto adiante.
Luciana do Rocio Mallon