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cronicas-->1989 - De estimação -- 12/02/2012 - 21:16 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Garoando e os passarinhos não param. Fui levar umas bananas, nanica e prata, tirei parte da casca e coloquei no comedouro. Não deu trinta segundos e apareceram dois dos azuis. Desde cedo já levei quase uma dúzia de bananas, mais pedaços de mamão e eles vieram o dia todo, maritacas dominam, seis ou sete ou mais. Os bem-te-vis, uns e outros. Têm os sabiás, a fêmea é maior e põe todo mundo prá fora. Os pequenos se encaixam e desfrutam das frutas, os azuis e uns amarelinhos. Antes eu colocava alpiste e quirera lá no quintal, só aparecia rolinha. São quase de estimação, não são por falta de nomes, mas, eles pedem, quando não colocamos nada e os bem-te-vis entram pela cozinha, pegando ração e comida do Zeca e da Lucy.
A Lucy é nossa cachorrinha de casa, tem mais de treze anos, chegou na Copa de noventa e oito, se enturmou e dominou, não ficou fora nem um dia. Depois pegou a fruteira de vime e fez dela sua cama. Boa de papo, só faltava almoçar na mesa, sabia pedir comida e carinho. Inimiga número um do Guilherme, recíproca verdadeira, diga-se. Adorava ir ao quintal, só por um tempo, voltava serelepe para dentro. Ela está doente, problemas renais, bem acabadinha e capengando pela casa, ó dó. Levamos sempre ao veterinário, receitou uma espécie de diálise, por osmose. Segure ela e aplique, disse. Melhorou, mas não muito. Agora nós pedimos para ela comer, hoje até que comeu um pouco, fica encorujadinha na sua caminha. Não será fácil o dia que ela se for.
Já passamos por isso com a Marilu, o Caco e a Minie. Sempre por velhice. A Marilu ainda teve um problema e precisou ser sacrificada. Ela chegou em noventa e dois, uma cachorrinha sapeca e logo foi pro quintal, toda pretinha, gostava de Bis, bastava pegar um e começar a mexer nele, ela logo latia, pedindo o dela ou dois. Vez em quando jogava bola comigo e os meninos, quando não dava uma carreira neles. Modifiquei o quintal de cima e ela desceu onde tem umas árvores. Aí ganhou a companhia da Nina, uma poodle meio grandinha, branquinha e enroladinha. O Alexandre comprou pros meninos, mas, ela cresceu e não deu no apartamento. Então - Jairão, posso levar ela aí na sua casa? Pode né. Chegou, ficou e comeu todas as plantas, principalmente as novinhas. A Nina está por aqui já dez anos e a Marilu se foi há sete.
O Caco era um gatão, dos mais ariscos e maloqueiros. Toda noite ele andava pela vizinhança e chegava acabado no dia seguinte. Não deu outra, foi castrado pro bem dele e virou um fofo do sofá. Ficou em casa quase quatorze anos. A Minie, uma gatinha siamesa, fofinha de tudo, chegou na Copa de noventa e quatro. Uma arteira, andava pela casa toda, até o Zeca chegar, este um persa grandão. Ela não quis saber, foi prá garagem, no teto e nos muros, até velhinha morrer, mais de quinze anos.
Por falar no Zeca, ele chegou no mesmo dia da Ivete, que eu trouxe lá de Saltinho, uma cachorrinha clone da Marilu. Quem arrumou foi o Edison, meu companheiro de Rotary. Ele disse que ela apareceu no clube. Acreditei, coloquei numa caixa e a trouxe dormindo pela estrada. O Zeca, a Lígia comprou. Uma foi pro quintal, um ficou dentro mesmo. Adivinhem quem. Tudo isso em dois mil e cinco. O Zeca tá aqui do meu lado miando por alguma coisa e arranhando o sofá.
Estava fazendo umas palestras e o Peélecê do clube de Saltinho, fui algumas vezes na Loja de cópias da Rosana - Oi Tudo bem e esses filhotes aí? Uma cachorra deu cria três e agora tó cuidando. Fiquei olhando uma delas, voltei depois umas três vezes e não teve jeito, trouxe uma que virou a Susy. Veio na caixinha, por uns cinco minutos. Latiu e pulou no banco, tive que segurar nos meus braços até o Posto Lago Azul, onde comprei água, que ela bebeu com gás e ainda comeu daqueles pãos de semolina. Ficou em casa quase um mês, cresceu e foi pro quintal. Cresceu mais, ficou de pêlo bem preto e bastante, é a maior do quintal, até derruba a gente.
Fechando, temos três cachorrinhas no quintal, Nina, Ivete e Susy, dividindo as árvores e o barulho da madrugada. Aqui dentro estão o Zeca e a Lucy, um monte de pelos e uma quietinha. Chamamos de bichinhos de estimação, mas uma coisa é certa, neste domingo chuvoso, doze de dois de doze, nós é que fomos e somos verdadeiramente os estimados por eles todos.
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