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cronicas-->2112 - Ano Novo -- 02/01/2012 - 19:15 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
De folga fiquei pensando se tenho lembranças firmes e ou marcantes das minhas passagens de anos, dizem Ano Novo ou Réveillon, que é oriundo do verbo francês réveiller, em português despertar. De certa forma, todas foram boas, pois o que importa é começar mais um ano, viver as novas promessas prometidas e fazer valer o dia a dia. Passei para dois mil e onze com o pé na praia, lá de Búzios, vendo a Edna brava com a sandália toda nova, molhada e cheia de areia. Entrei em dois mil e doze, embaixo de chuva, vendo alguns fogos aqui da varanda da minha cozinha, mais o Guilherme e a Esther. A Lígia lá no Rio. Antes comi uma lentilha e bacalhau, fiz espocar uma champagne e pronto, que venha o ano novo. Amanhã tenho tanta coisa prá fazer, na empresa, tenho que produzir quatro meses em dois, firmar o horizonte atual e ainda criar um novo, em paralelo e junto. Início do ano passado éramos três, agora somos dois. Melhor de conversar e agir.
Neste ano novo tenho mais de cem quilómetros a andar, ali da Mamparra até Iguape, ano passado só fiz sessenta e sete. Tenho que não comer carne de vaca e feijão prá baixar a minha ferritina, tenho que perder uns dez quilos e tenho um monte de aço para processar. Haja ano novo e ainda quero amar e ser amado.
Ano passado andei de avião, mais de trinta horas e de carro uns quarenta mil quilómetros. Este ano, peço o mesmo na mesma tranquilidade, prá que, ano que vem, eu possa pedir de novo. E no dia trinta de dezembro eu possa comemorar o aniversário da Dona Cida, como comemoramos sexta passada, com almoço, bolo e churrasco e todos presentes. Início de ano novo, já fico pedindo mais anos novos.
Anos passados tenho anotados em mais de quinze agendas, mas não agendo, relato apenas, prá depois não precisar puxar pela memória. Fui olhar onde estava nos dias trinta e um, na maioria das vezes estava onde deveria estar mesmo. Com a minha família e os meus, aqui em casa ou em São Miguel. Ano passado estava fora e uma vez fiquei num lugar do litoral sul, que prefiro não citar, memórias não diletas.
Teve uma passagem de ano, aqui em São Paulo, nunca vi tantos fogos, foi naquele ano de liberação da importação de fogos da China. Mais de uma hora direta de rojão e chuvas de estrelas. Eu estourei um monte. Já soltei muitos fogos na casa do meu pai, com a criançada só nos aplausos. Inclusive sexta meu sobrinho me surpreendeu dizendo que eu gastei, naquele ano, mais de mil reais, pura lenda e mais barulho.
Dia trinta e um a Jucilene me mandou uma mensagem - Vamos detonar em dois mil e doze. Acreditei e agradeci. Hoje, recebi outra - Oi chefe, detonei meu dente. Acreditei e sorri. Dente é uma coisa que todo ano novo prometo e cuido. Quero sorrir mais. Uma coisa não muda nos meus anos novos - a ansiedade. Até tomei um meio Lexotan. Coisa que some semana a semana, daqui a pouco nem lembro mais. Este ano novo tem que ser puxado e eu tenho que mostrar a diferença de liderar e chefiar.
Eu já iniciei um ano novo, com uma ordem master de perder mais de vinte quilos, perdi vinte e sete, quanta quase fome passei. Já comecei desempregado e terminei sócio de empresa. Já comecei solteiro e terminei casado. Muito tempo fui e sou pai todo ano novo, mais de trinta e um, dos mesmos dois filhos. Farei trinta e quatro anos novos de casado com a mesma mulher. E com a Edna todo ano é mais novo. Por isso tudo que esqueço a passagem, eu sempre quero o Ano Novo. Vamos despertar e hoje, dois de um de doze, digo Feliz Ano Novo!
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