---- Helena Kluiser, de quem me atrevo a expor texto, expressa-se poéticamente sobre a fêmea que se sente e naturalmente é:
FÊMEA
Eu, fêmea, pequena,
símbolo da cupidez,
que não é serena,
e é.
Que não é morena,
e é.
Que não é triste,
e é.
Que num momento não existe,
e está lá.
Que se vira e vira
numa eterna camaleoa.
Que é leoa
e é cordeira.
Que é simplesmente
inteira.
E é faceira.
Mulher.
Helena Kluiser
MACHO
Eu, macho, quanto baste,
Corpo clássico e prático
Nervoso e dramático
Não sei quem sou.
Sou moreno, triste e alegre
Galgo e lebre
Caço-me às vezes a mim mesmo.
Viro e não viro
Firo e não firo
E creio bem que serei
Como toda a gente.
Não careço de elementos
Que o provem.
Não posso ser outra coisa:
Sou um Homem!
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