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Cartas-->Amado Papai Noel... -- 17/12/2005 - 11:22 (Lourdes da Costa Alves) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Meu bom velhinho,
Hoje foi lhe fazer um pedido especial. Mas antes vou lhe contar uma história.
Eu acho que você gosta de histórias.
Há alguns anos atrás, nascia em uma família humilde, uma menina, que todos diziam ser uma boneca!
E ao rever as fotos hoje, acho que não era exagero.
A menina cresceu e não lhe faltou o amor da família.
Por vezes a pequena se sentia triste, porque esperava pelo Papai Noel que não lhe trazia nada. Cada ano uma desculpa.
A última foi à chuva, depois o duende não encontrou o pedido! O trenó quebrou!
Puxa!Ela pedia coisas simples e comuns, e nada.
Mas quando tinha cinco anos pediu para mãe escrever a seguinte cartinha:
Querido Papai Noel!
Já que nunca acha o que peço, então você pode comprar o que quiser, e se na noite de Natal chover, pode trazer noutro dia, não faz mal!
Se eu não estiver, você deixa o presente com um bilhetinho. Só que a goiabada a mamãe coloca na mesa na Noite de Natal.
Beijos...
Ela mesma quis assinar a cartinha, dobrou e foi correndo colocar na pequena árvore que o irmão ganhará do padrinho quando menor.
Voltou rápido para lembrar a mãe de não esquecer de colocar a lata de goiabada aberta na mesa na Noite de Natal, porque ela tinha certeza que desta vez ele viria, percebeu que sua mãe enxugava as lágrimas.
Curiosa ela disse:
- O que aconteceu?
- Nada minha filha.
Mesmo estranhando essa atitude, ela saiu correndo no quintal para brincar.
Ah! Papai Noel, você não imagina como ficava essa pequena de pele alva nos finais de tarde, depois de brincar na terra fazendo bolinhos de barro, comidinha de mato! Ela era feliz!
O pai era muito bravo! Por vezes a pequena levou umas pelas palmadas. Por ser, espera, não seja impaciente, vou lhe contar um segredo. Ela era teimosa, persistente, e para época até respondona. Puxa! Como as crianças hoje são diferentes, e os pais, aceitam tudo. Ah! Quase tudo ne?
Mas ela também era carinhosa, tinha adoração pelo pai.
O Natal estava se aproximando, e a menina inconformada que o Papai Noel ainda não tinha passado lá para pegar a cartinha. Questionava!
Um dia logo após o jantar o pai chamou a pequena, colocou-a no colo e disse:
- Filha, o Papai Noel, não virá pegar a sua cartinha.
- Por quê? Estou sendo boazinha. Tenho comido tudo que é servido! Isso não é justo.
- Filha o Papai Noel, não existe. Quem compra os presentinhos que aparecem embaixo da cama, ao pé da árvore de Natal são os próprios pais, mas eu não tenho condições de comprar nada.
Decepcionada, não querendo acreditar, a menina beija o rosto do pai, pula do seu colo caminha em direção à árvore, pega a cartinha dobra bem dobradinha e coloca em seu bolsinho, como querendo esconder sua tristeza.
Mas um Natal se passou na vida dessa pequena, que tinha uma única boneca que ganhará do padrinho quando completou dois anos.
A sua vida de menina serelepe, carinhosa, alegre ela ia levando. Hoje ela completaria seis anos e a madrinha prometeu fazer um bolo bem bonito para ela, a mãe deixou que ela chamasse as primas que moravam perto e mais duas amigas vizinhas. Puxa! A festa seria animada, além do padrinho e da madrinha, teria ainda quatro crianças. As mesmas, de todos os dias; mas era festa. Teria bolo!
Papai Noel; você não imagina a alegria dessa menina, quando a madrinha chegou com um bolo todo enfeitado de frutinhas, o seu primeiro bolo enfeitado, e o padrinho nas mãos trazia uma boneca nova.
A Pedrita! Aquela que tinha um ossinho na cabeça. Acho que você conhece!
Bem, Papai Noel, quando ela tinha sete anos e nem cartinha escrevia, já conhecia a realidade da família, você lhe deu uma boneca chamada Meu Broto! Linda! A menina tem até hoje.
Todos os anos, quando ainda estudava, a professora fazia o batizado das bonecas, ela a levava, mas sempre com uma roupinha diferente, com os retalhos de pano a mãe fazia roupinha nova para a boneca. Nem parecia a mesma.
Passaram os anos e a menina transformou-se em mulher, mãe!
Sempre se sacrificou para atender os pedidos dos filhos, e colocava outras coisinhas que não constava nas cartinhas endereçadas ao Papai Noel.
Por muitos anos, ela junto a seu marido vestido de Papai Noel, na Noite de Natal distribuía presentinhos a crianças que cruzavam os seus caminhos.
Hoje essa Menina Mulher tem um grande sonho! Que dinheiro nenhum pode comprar, mas o pedido é simples. Disse-me ela que há cinco anos vem lhe fazendo o mesmo pedido, e você, como querendo fazê-la relembrar de momentos tristes de sua infância não atende o pedido.
Então, na esperança, de fazê-la feliz como naquele Natal que o senhor trouxe a boneca, sem que ela esperasse. Eu mesmo resolvi lhe escrever reiterando o mesmo pedido de sempre. Permita que ela possa abraçar o “anjo” que tanto ama! Olhar em seus olhos e dizer: Obrigada! Você me faz feliz!
Ah! Não se assuste, o pedido é esse mesmo!
Tenho certeza você pode atendê-la. E saiba que não só ela como a família toda ficaria feliz! Pois todos os anos, quando o marido, os filhos, pergunta a ela, o que quer de presente? A resposta é sempre a mesma: O que quero vocês não podem me oferecer.
Será que você poderá atender o pedido? Por favor atenda!


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