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cronicas-->2000 - Pouco mais de boléia -- 06/11/2011 - 15:16 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Vou tirar férias, falei. Oncêvai? Em coro perguntaram. Gramado. Legal, pegue o avião até Porto... Não, não. Vou de carro mesmo. Ajeitei o Santana Prata e boa. Beérre e Curitiba. Pela praia ou serra. Pela serra e dormimos em Lages. Ponte do Rio Pelotas, Vacaria, Caxias, puxa que serra, por isso que aqueles caminhãozinhos não passavam por aqui. Meu pai tinha razão. Chegamos, Gramado e Canela. Passeia aqui e ali, toma chocolate e anda pelas redondezas, fora os mil e tantos degraus, que descemos a metade. Pensando na volta, mesma serra e depois São Joaquim. Dormimos lá, com o maior frio. Manhã seguinte, o melhor de tudo foi descer a Serra do Rio do Rastro, uns doze quilômetros e desnível de mil e duzentos metros. Ela é linda, prá não dizer fantástica. Pena que eu só desci, poderia ter feito meia volta e subido e descido.
Ano e meio atrás, o Rodoanel Sul foi inaugurado, primeiro sábado de abril, falei prá Edna – Vamos dar uma volta, quero ver esse trecho aí. Ela nem acreditou no programa, quase de índio, mas topou. Em três horas andamos cento e noventa quilômetros, ida e volta, sem parada em lugar algum. Não tem posto no trecho Oeste e Sul. Ainda mais sinistro pela chuva monstro e a escuridão que ficou. Sem café, só vontade de xixi, claro que voltei em rusgas. Chamado de Rodoanel, uma estrada qualquer e congestionamento de Marginais.
Ando pela Castelo Branco desde a inauguração. A primeira vez, estávamos no quinze treze e meu pai falou, logo depois de Sorocaba, lá na reta do setenta – Que estradão, Fião. Dirigi muito caminhão, mas, foi de carro que tenho duas passagens. Uma, saí de Piracicaba, fui a São Miguel buscar documentos e almoçar com Dona Cida. Itapetininga deixar no cartório e depois São Paulo. Nem te conto, mas ali por perto de Boituva levei uma fechada fenomenal de uma carreta bi-trem. Eu tava bem mais de cento e quarenta, uma pressa só. O Scania sai ultrapassando, só vi o cavalo chegando e as carretas ficando. Saí pelo acostamento, mão na buzina, o que me salvou, pois ele deu uma paradinha e o Golf se encaixou. Parei prá xingar, mas não xinguei. Ele se desculpou e fiquei tremendo, ô quinta ardida. Em dois mil, tínhamos obras em Tatuí e em Cândido Mota. Então, ao anoitecer entramos na Castelo Oeste, prá jantar com o engenheiro em Assis. Tinha que pisar para chegar umas dez. Só vi um vulto na beira da estrada e escutei uó – uóóóó. Olhei para trás e a viatura me dando sinal e vindo atrás. Encostei, comando brabo. Também naquela velocidade. Um deles falou – Tem um menino dormindo, parece ser o filho dele. Eu dei risada, pois era meu sócio, já mais de quarenta e até comentei... Foi quando o do meu lado baixou a arma. Saí do carro com os documentos, me justifiquei pela pressa, levei uma reprimenda daquelas, pior do que uma multa e ainda fiquei uns vinte minutos conversando com eles, dos perigos e tal.
Na época da sua construção, num final de ano, passamos por cima dela, numa Kombi da Rute. Só meu pai prá encher a perua e ir pagar a última prestação do caminhão onze onze, lá em Mombuca. Saímos depois do almoço, devagar quase parando. Chegamos, tomamos um café com umas rosquinhas de côco, assadas e lambuzadas. Foram tantas. Tudo isso em Dezembro, trinta e um. Entramos todos, pro caminho de volta, na mesma lerdeza. Pó pó e ela parou já de noitão. Nas imediações da obra Castelo, ficamos até o raiar do sol, quando o defeito apareceu. Saltou uma vela. Tinha tanto basculante naquele Réveillon na Kombi...
Tem mais, estava indo a Lençóis Paulista com o Cross Fox e não é que ele resolveu enguiçar lá no duzentos da mesma Castelo. Parado naquele postão dos pastéis caí nas mãos de uns inescrupulosos, me levaram quinhentão pela bomba de gasolina, que não durou nem uma semana. Dia seguinte, três horas de estradão sem comentários, só café nos postos.
De todas idas e vindas, tem ainda coisas a se dizer sobre a Castelo, mas, hoje, seis de onze de onze, recomendo paradas no cinqüenta e três indo e no cinqüenta e sete vindo.
 

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