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Cartas-->MISSIVAS... -- 09/12/2000 - 16:57 (Don Juan D Álamo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Oi, amor...

Como vai?

Que é que você tem feito da sua vida?
Queria pedir-lhe para que se cuidasse muito, por favor. A simples idéia de que você possa estar sofrendo já me faz mal.

Mas eu não a vejo,amorzão.Como dizer-lhe isto? Você está tão distante.! Se ao menos o seu pensamento pudesse responder às minhas perguntas.! Mas isso não é possível, eu sei.
E as dúvidas ficam assim, dentro de mim , num amontoado de interrogações, aumentando essa mágoa que por si só já é tão grande. Só porque não sei de você...

Amor, se soubesse quanto lhe quero bem.! Se você soubesse quanto penso em você.! Se você soubesse com que carinho recordo cada um dos nossos momentos.!

Sinto , entretanto, que nossas vidas estão divorciadas. Eu caminho para você,mas você caminha em outra direção.
Queria que você sentisse saudade desse amor antigo. Queria que você me amasse como outrora. Sei, porém, que não tenho como pedir isso, muito menos a você.

Queria, então, que a gente fosse amigos para o resto das nossas vidas. Só por isso a minha já valeria a pena.

São loucuras da minha cabeça; tudo não passa de uma vontade, de um desejo febril que vem do mais íntimo do meu ser e que na verdade só me faz ainda mais triste, mais acabrunhado .
Ë tudo fruto de uma insegurança maldita, a me recordar que seus pensamentos não são para mim, que sua vida continua, mercê da minha, como um rio que segue seu curso, sem jamais se deter para olhar quem o contempla da sua margem.

Ë isso ,amor. Você é um rio e eu já estive envolto em suas águas, mas você me expulsou delas ,antes que eu me afogasse. Preferiu que eu ficasse fora de você, da sua turbulência. Sem dúvida alguma, fui um mau nadador.
Hoje, porém, que o tempo passou ,vejo que gostaria de ter-me deixado levar pelo torvelinho da sua correnteza. A aridez da sua praia é bem pior.

Minha vida segue assim, sem um significado maior, sem uma razão que a justifique. Não sei até quando.

Amor, estou escrevendo o que me vem à cabeça. Sei que muita coisa nem faz sentido para você. Mas é tudo fruto dessa morbidez letal, que me invade quando sua ausência se apossa de mim.

Sim, amor, é esse o meu maior castigo : a sua presença efêmera na sua ausência constante.
Segue, pois, meu rio, seu rolar eterno, já que me deixou à sua margem, numa esperança que não tem razão, numa saudade que não tem fim.

Eu estou aqui, empurrado pelo vento da solidão, molhado pela chuva do meu pranto, perdido no vazio dos meus dias, , curvado sobre a chama de um amor que aquece o que resta da minha pobre existência .

Amo você , não importa o que faça, não importa onde esteja.
Mesmo nos braços de outra pessoa, minh’ álma se apossa da sua, num amplexo carinhoso, repleto daquela ternura que você tantas vezes experimentou.
Adeus, amor. Estou pensando em você...

Don Juan D’Álamo, 18/07/93



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