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Cronicas-->2011 - Durante -- 23/10/2011 - 14:54 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Elaborei antes minha folha de dados, apelidada de gepeésse, pelas duas viagens que fiz de carro, para estudar o percurso, quando eu achava que iria dar conta de uma vez. Todos já sabem, fiquei no sessenta e sete. Agora, estou no depois, pensando quão bão foi. Nem antes, nem depois, o que vale mesmo é o durante. A começar pelo fim, naquela reta final, embaixo de chuva, dois de ressaca no ponto de ónibus - Ói os dois menino aí tão bão, mais o gordinho ali atrais tá morto. Era eu mesmo. Ainda bem que o Marco foi meu negociador - Ó Jairinho, se ocê compra quarqué coisa em carnê, porque não pode pagar sua promessa em treis vezes. Podexá, eu falo com o Santo. Nóis voltamos aqui e começamos de novo. Quiacha... Achei bom e preciso pagar mais duas parcelas. Se não...
Tinha hora que eu só olhava o foco, a estrada. Chegava o Marco - Vamus dar um pique aí... Meu, nem respondia. O Carlinhos, nem bolha teve, acostumado com o sítio, dizia - Óia o Jacu ali. Uma hora até que eu vi, uma galinhona me pareceu. Óia lá a Araponga, malemá ouvia a bigorna. Pela estrada, cobrinhas mortas, sapos e lagartinhos. Sombra e sol. E nóis - Carlinho, passou protetor. Isso, porque a Camila comprou uns dois e não se cansou de recomendar - Passe o protetor... Fora a manteiga de cacau, que ela mandou. O Marco, nem pode falar muito, recebeu um pote de Maizena. Até eu aproveitei, resolve mesmo a questão das assaduras. Pegue um punhado e jogue nelas, não sem antes passar a pomadinha apropriada.
Como você sobe a serra, tinha uma hora, que eu achei chegar pela vertical mesmo, mas quê, tinha tanto horizonte. No Taquaral, passei Calminex pela primeira vez. Cá pouco, o Marco - Viu Carlinhos, já já o Jairinho começa relinchar co´essa pomada de cavalo e tome Riiinch!
Uns dez quilómetros de serra e para um Astra Geeme, estranho né. Quinada, era o Vinícius, checando se era nós mesmos - Óceis estão mesmo aqui, bão encontrar... Estão indo bem? Bem mesmo, desceu os sucos de maçã da Yakult que ele nos deu. Tirou ali do cooler geladinho de tudo. Emendou co´os Taff Man E toma mais um sukito aí. Tichau e depois, borbulhou um tempo.
Por falar em fome, dizem que o pessoal faz churrasco e tudo, cerveja gelada de monte. Eu, só água e suco e banana. Fome, esqueci o que é isso. Tinha sanduiche na mochila, dela só barrinha peguei. Preciso emagrecer e já sei, só andar, isso se eu aguentar. Chegou o Diógenes, que iria nos suportar, trecho a trecho. Tem comida quente, querem parar. Em coro, não. Antes já tínhamos parado uns dez minutos. Esfria e prá recomeçar não é mole não. Quando ele chegou, só Michel Teló na caixa. Claro que o Marco aproveitou e o tempo inteiro - Nóóssa, Nóóssa... se eu te pego. Até na chuva e mesmo depois que paramos.
À noite, cirurgia nas bolhas com Doutor Housemarco. A técnica, agulha e linha de algodão. Atravessa a bolha com a agulha, deixa um pedaço de linha e mexe ela. A aguinha sai e as peles se colam. Sei não. Manhã seguinte, proteção com Microporo. Como nós reservamos a Reservinha, ficamos na casa e não no galpão. Me pareceu melhor, se bem que as dores não entenderam o conforto. Pelo menos, meus braços desincharam. Até isso eu não conhecia. Não disse prazer. Por um momento, ainda falamos da mala do Carlinhos, a inicial era gigante, coisa de ir aos pólos, coisa da Camila.
No quesito fome, depois dos cuidados, fomos ver o almoço quente, já frio. Nada a ver com caminhada, virado, couve, carne de porco e paçoca, isso tudo porque eu tinha pedido carboidrato, popular macarrão. Sanduiche misto, nem pensar. Banana de novo e suco, depois Dorflex, logo dois. Armamos os colchões, cada um no seu e tentativas de dormir. Prá mim, foi um levanta e deita até quatro de la matina. Agigantei-me, toma banho quente, massagem com Calminex, dois Dorflex, talco, pomada e maisena, duas meias e tênis outro. O sapato de sábado acabou comigo, em cinquenta e quatro. Vamos ver esse agora. Foi mais treze e três horas e quinze.
Para fechar o durante, fomos de carro até Iguape, com uma parada no Graal Buenos Aires, quando tiramos fotos no lugar, reservado aos especiais e o melhor, uma média quentíssima, desceu muito bem. Nóóssa... nóossa, passou o protetor, riiinch e o gordinho aí... ó, tá morto. Como já contei, voltamos prá São Miguel e passamos a fazer parte desse durante, com suas lembranças e tudo mais. Ouvindo Cherry Red, dos Bee Gees, vinte e três de dez de onze, já começo a pensar em janeiro.
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