Um amigo, no contexto de um e-mail, disse-me, literalmente, assim:
"...ninguém é mais doce que você quando você quer."
Confesso que tenho certa habilidade de "ler nas entrelinhas" as intenções por trás das palavras, mas a frase citada me deixou meio cismada...
No meu entender,
a atitude de uma pessoa normal, frente à vida, é feita de opostos.
Ninguém está, sempre,
absolutamente BEM,
ou, sempre,
absolutamente MAL.
Por isso, quero declarar a esse amigo lindo que eu,
quando sou:
agressiva,
impulsiva
e até
impiedosa, às vezes...
E outras vezes, quando sou:
carinhosa,
amorosa,
dócil,
afável...
Uma coisa e/ou outra,
sou porque SOU.
Seria muito fácil sermos
"assim ou assado"
quando, ou porque, queremos...
Não funciona desse jeito, infelizmente.
Se assim fosse, todas as pessoas seriam
"sempre boas e dóceis", pois não creio que alguém desejasse ser ruim.
Esclareço,
outrossim,
a esse meu amigo, que não vai neste texto alguma censura.
Apenas, aproveitei o tema para desenvolver uma linha de pensamento.
Por outro lado,
reconheci em sua frase uma certa "reprovação" e a mensagem de que esse amigo só aprecia em mim o lado "meiguinho".
Mas, por vezes, até o meu doce se torna amargo.
E o importante nisso tudo é que "EU ME AMO" do jeitinho exato que sou. Não gostaria de ser diferente.
São minhas características, transcendentes à minha vontade, que me fazem um ser "único", inimitável...
Assim:
as amizades que consigo "cativar" perduram e se eternizam...
Mas as que o "vento leva"...
Que vão com Deus...
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