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Cronicas-->A última crónica -- 24/04/2001 - 13:13 (Luís Augusto Marcelino) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Não. Não se trata de um texto em que tentarei armar uma falsa despedida deste site para receber centenas de mensagens implorando para que eu continue publicando aqui. Não tenho cacife para tanto. Nem que tivesse me tornado um milionário ou que aparecesse nas manchetes dos jornais por um motivo nobre, usaria desse recurso. A última crónica a que me refiro é justamente esta que o leitor, até agora, teve a paciência de ler. Imagino que não seja algo que aconteça exclusivamente comigo, mas sempre acho que minha última crónica é a melhor. Já experimentei escrever dois textos no mesmo dia, umas três vezes pelo menos. Batata! Parece que a última é a mais esmerada, a melhor desenvolvida, a que acumula maior experiência de vida. É como se eu fosse cada vez mais me aperfeiçoando e fosse conseguindo, aos poucos, transmitir aquilo que estou sentindo. Esse comportamento deve ser inerente à humanidade. Cada vez ela quer fazer as coisas melhor. Celulares, telefones, carros, pipocas e bolinhos de carne. Não tem jeito: tem que fazer melhor! Sempre.

Isso me faz lembrar o comportamento do homem que conquista sua diva. Antes de tê-la em seus braços, o bicho baba, perde o apetite, começa a achar que o mundo é uma merda e que o melhor a fazer é torcer para o União de Araras. Quando rola o primeiro beijo a coisa muda de figura e o sujeito renasce das cinzas. Aí, passado um mês de namoro e de intermináveis noites de "fala você!" ao telefone, a diva vai perdendo o encanto até se transformar numa mulher-comum. Se casar, então...

- O quê quer, Matilde? Jantar fora? "Cê" tá louca! Não sabe que o cartão de crédito estourou?

Mas para a amante, o cartão de crédito é ilimitado. Jantares, jóias (ou bijuterias, dependendo das posses do cidadão), roupas e flores no aniversário. Quando enfim é desmascarado, larga os filhos passando apuros e se muda para a casa da filial. Dura um ano, quando muito. Isso porque ele muda de emprego e acaba se envolvendo com uma moça mais jovem do novo escritório. O lobo não se cansa e, portanto, não pára, até os hormónios se acalmarem - se bem que já ouvi falar de casos em que este fenómeno não acontece mesmo depois dos 90 anos de idade. Tudo em nome do fazer mais e melhor. No caso das minhas Cronicas acontece algo parecido: até eu encerrar uma história, acho que fiz o melhor que pude. Depois passo a desdenhá-la.
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