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Cartas-->Carta ao general Esper, da Comunicação Social do Exército -- 06/12/2005 - 10:23 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Excelentíssimo Senhor General de Divisão
ANTONIO GABRIEL ESPER

MD Chefe do CCOM EX

Inicialmente permita-me apresentar minha respeitosa saudação a Vossa Excelência, como representante do Exmº Sr. Comandante do Exército Brasileiro.

Em razão do INFORMEX NR 053 de 27 de novembro do corrente venho à presença do Ilustre Comandante para expor a Vossa Excelência algumas questões que julgo da maior relevância para a respeitabilidade não só de nossa gloriosa Força Terrestre, como dos destinos das demais Forças Singulares.

Não paira a menor dúvida de que nossos irmãos de armas do Exército constituem um patrimônio moral inseparável da Nação Brasileira face ao amor incondicional e indivisível que tem demonstrado em diversas ocasiões na História da nacionalidade Brasileira, e que se fundem numa essência única de deveres e compromissos inegociáveis.

Nesse contexto, vejo com preocupação o avanço – entre todos os militares das Forças Armadas - da Ativa ou da Reserva, e mesmo entre os Reformados, da inconformidade de como o Comando da maior força operacional nacional tem conduzido a questão relativa aos princípios norteadores da Revolução de 31 de março de 1964. Cito esse episódio, p orque a Revolução de 31 de março de 1964 foi o divisor de águas da própria História das nossas Forças Armadas, antes e depois de seu acontecimento.

A desordem, a indisciplina, o ódio pelos valores nacionais, que levaram ao seu desenlace, inicialmente de forma solerte e insidiosa, até o momento que que os inimigos da Pátria se sentiram fortes para tentar desagregar a Nação Brasileira, hoje subsiste em nosso País uma campanha grosseira e insultuosa, patrocinado por uma imprensa comprada por benesses fiscais e de propaganda oficial inserida em suas páginas, e pelos terroristas de outrora , que anistiados mesmo por terem traído sua Pátria por motivos torpes, retornaram ao País e se encastelaram nos diversos escalões do poder, onde continuam exercendo sua nefasta atividade , assaltando os cofres públicos, desafiando a moral e os bons costumes, aliciando consciências, propiciando lucros fabulosos aos banqueiros famintos de lucros fáceis, prometendo aos desassistidos graças nunca alcançadas, e mais do que isso, permitindo a destruição de nossa juventude pelo exemplo daninho de que aos espertos tudo se permite .

A insegurança pública foi levada às últimas consequências, com a deteriorização do estado policial , os latrocínios sendo patrocinados pelo consumo cada dia maior de drogas , e o armamentos que circula livremente pelo País, muitas vezes patrocinado pelo próprio aparelho policial que chega a desviar esses produtos apreendidos para armar as quadrilhas de assaltantes e traficantes.

Empregando o mesmo ideário, ora torpe e cruento como é o caso das FARC da Colômbia, alimentam esses terroristas, travestidos de nacionalistas, o não menos e violento grupo de quadrilheiros armado como é o caso do MST - braço revolucionário do Partido dos Trabalhadores, o qual infelizmente, dá a base ao atual Governo .

O período que se seguiu à Revolução de 1964, dos governos militares, trouxe a restauração da autoridade, da segurança, e a retomada da ordem e dos princípios basilares de nossa formação Histórica : Liberdade com Responsabilidade.

Com a morte do eleito, mas não empossado Presidente da República Tancredo Neves, o qual se caracterizou por nunca ter acabado nada do que começou, e a assunção ao poder de José Sarney, em uma interpretação equivocada e tendenciosa da Constituição Brasileira , os aproveitadores de plantão começaram a se apossar dos diferentes níveis do governo promovendo o saque de nossas riquezas, vendendo todas as conquistas econômicas conquistadas pelo período militar a preço de banana , enganando uns poucos tolos o bastante para pensar que planos econômicos do tipo Bresser e outros iriam tirar o País do infortúnio em que se encontrava . Os equívocos cometidos, para não usar palavras mais fortes, estão confirmando as sistemáticas crises que o País atravessa.

Ao longo dos anos que se seguiram após os militares terem se retirado do cenário nacional , vieram sendo gradativamente negligenciadas, e mesmo relegadas ao esquecimento, as datas representativas dos enormes triunfos que a Nação alcançou naquele período, até chegarmos ao ponto de não serem siquer lembrados o culto que devemos aos inúmeros companheiros que deram sua vida pelo amor à Pátria e às Forças Armadas Brasileiras , por um Brasil livre, no combate à subversão e ao terrorismo internacional.

Após a Anistia daqueles que procuraram destruir os valores morais da Pátria, e que foi promovida pelos militares de forma humanitária, com o sentido de que lugar de brasileiro é no Brasil , o que estamos assistindo estarrecidos é a fortuna que está sendo desviada dos cofres públicos para indenizar terroristas e para levar ao Poder os inimigos da Pátria , em milionárias indenizações e aposentadorias dos que se fizeram de "perseguidos pelo Regime Militar"; não faltou dinheiro para a compra de avião novo para a Presidência nem para patrocinar suas verdadeiras viagens turísticas pelo mundo; existem recursos para a compra de apoio de parlamentares da Câmara e do Senado; existem recursos para manter o MST, em todo o país, invadindo propriedades privadas e prédios públicos, e, tão abastado está o Tesouro, a ponto de levar o Presidente, de modo unilateral, a perdoar dívidas de outros países para com o Brasil . No entanto, "não existem recursos" para dar vencimentos condignos aos que, diuturnamente e devotadamente, se dedicaram a servir a Pátria.

O inconcebível em tudo isso, em que pese a força que temos, é ver nossas mulheres cerceadas com violência, pelos próprios militares a serviço do Governo aí instituído, em seu direito de protestar por melhores salários para seus maridos, em passeatas de protesto, a pressionar um Governo que nos é totalmente adverso e perverso.

Em retribuição, o que estamos assistindo é serem as Forças Armadas serem diuturnamente vilipendiadas em sua honra e dignidade, sem que uma voz sequer de seus Comandantes, lhes venha em socorro.

No caso do aumento dos militares, os Comandadantes das Forças Singulares foram seguidamente desrespeitados, aguardando nas ante-salas do Palácio do Governo serem recebidas pelo mandatário supremo da Nação, o qual fez questão de humilhá-los publicamente. E enquanto outras categorias de funcionários, recebiam aumentos substanciais com retroatividade até do início do ano fiscal, os militares foram agraciados com uma esmola de 13% , sem que tenha ficado garantido que os restantes 10% sejam pagos no meio do ano que vem.

Poderíamos até aceitar se estivessemos sofrendo por desmandos cometidos durante os governos militares , como por exemplo os ocorridos na Argentina. Mas tais fatos simplesmente não ocorreram por parte de nossos militares, e se exessos foram cometidos, o foram em defesa das instituições, desafiadas por facínoras travestidos de soldados da democracia, mas na realidade ladrões de banco e a soldo de governos estrangeiros como Cuba e a da URSS, que a mídia e os historiadores medíocres não se cansam de proclamar como heróis nacionalistas.

O que nós militares estamos a vivenciar, e apesar de estar já Reformado me considero ainda um militar porquanto enquanto de mim a Pátria necessitar estarei pronto para defendê-la, é o desgaste das Forças Armadas (particularmente do Exército), como Instituições.

No INFORMEX publicada pelo Comando do Exército, a Intentona Comunista , motivo maior de sua publicação, foi citada como Acontecimentos, procurando a meu ver o CComEx livrar-se de usar as duas macabras palavras que ensangüentaram o Brasil em 1935, quando traidores brasileiros, como Luiz Carlos Prestes e Apolônio de Carvalho, com o prestimoso auxílio do "ouro de Moscou", causaram a morte de 33 militares e mais de 1000 civis. "Intentona", segundo o Aurélio, é 1. "intento louco, plano insensato". 2. "conluio e/ou tentativa de motim ou revolta". Quanto à palavra "comunista", nem é preciso definir o que sempre pretendeu o partido do atual presidente da Câmara dos Deputados, eleito pela Frente do Mensalão . Segue-se o texto de que ultrapassados os conflitos ideológicos do século XX , celebramos em nosso País um tempo novo, de entendimento e reconciliação ... Permita-se V. Exª discordar dessa acertiva, já que ela talvez possa ser verdadeira para alguns partidos de esquerda europeus, mas não para os deste País, já que o PCdoB, o PSTU e o PSol ainda vivem neste século tendo como ícones tipos como Fidel Castro e Che Guevara e Hugo Chávez. E o que prega o MST, senão a criação de sovietes em todo o território rural brasileiro? Não podemos aceitar que o Exército, através de seu Centro de Comunicação Social, ainda acredite que os conflitos ideológicos do século passado estejam simplesmente ultrapassados.

Diz ainda a Nota que celebramos em nosso País um tempo novo, de entendimento e reconciliação , mas o que vemos e sentimos no dia a dia de nossas existências, é uma campanha sistemática da mídia, infestada pelas esquerdas, contra as Forças Armadas, o que evidentemente não se configura como entendimento e reconciliação. Não vejo porque o que o Exército deva estar procurando promover a "reconciliação" com a sociedade brasileira , já que tirando as elites esquerdistas e os peçonhentos traidores da Pátria hoje arvorados em defensores da Nação, o povo brasileiro lembra com saudades aquele tempo em que era feliz e não sabia.

O Exército sempre teve esse espírito democrático, desde Caxias e suas campanhas pacifistas, e a Força Terrestre não vem se comportando de modo diferente depois do governo dos militares (1964 a 1985). O problema é que o CCOMEX deve ter se esquecido de avisar isso aos Genoínos e aos Zés Dirceus que ainda sonham em implantar no Brasil o "paraíso cubano". E também se esqueceu de lembrar à Sua Excelência, o Presidente LULA que ele chorou a morte de um facínora, Apolônio de Carvalho, um dos assassinos que promoveram o levante de 1935. Não pode haver "entendimento" nem "reconciliação" da Nação se o próprio comandante-em-chefe das Forças Armadas apóia traidores, em nítida demonstração de repúdio às ações dos militares que combateram no passado os traidores da Pátria.

Essa "superação" pode ser comprovada nos mais novos projetos do governo Lula, como a imposição aos Comandos Militares da abertura dos arquivos militares, até dezembro de 2005, porém com restrições, para não "constranger" pessoas citadas nos dossiês dos serviços de informações, como afirmou a ex-guerrilheira da VAR Palmares, atualmente Ministra da Casa Civil Dilma Roussef. Ou seja, tudo o que possa denegrir as Forças Armadas será de domínio público ; tudo o que possa denegrir a imagem dos terroristas será devidamente censurado, escondido da população. E mais, para 2006, está prevista a construção do "Memorial da Intolerância", em Brasília, com verba oriunda de estatais, como a Caixa Econômica. Obviamente, tal "memorial" não irá trazer a público os crimes cometidos pelo PCB de Prestes, pela VPR de Lamarca, pelo MR-8 de Gabeira, pela ANL de Marighela, a tortura e morte do tenente da PM paulista, Alberto Mendes Júnior, a morte do soldado Mário Kozel Filho, explodido numa guarita durante o serviço, e tantos outros crimes de grupos terroristas atuantes nos "anos de dinamite" das décadas de 1960 e 70, com José Dirceu. Apenas os "crimes" e as "torturas" dos órgãos de segurança que combateram a canalha vermelha serão apresentados em tal "memorial" que, muito provavelmente passará a ser denominado de "Memorial da Ditadura".

Senhor General ANTONIO GABRIEL ESPER, não só nós os militares, mas todo o povo brasileiro, estamos vivemos um momento de insegurança nunca dantes vivenciado. Não se tem mais tranqüilidade ; nenhum homem de bem pode, atualmente, transitar despreocupado e seguro em qualquer Região do Brasil. A bandidagem sim, esta circula impune e livre; impõe suas regras; delimita seu território, excluindo, por supremo absurdo, a ação do próprio Estado. Tudo isso porque o Estado Nacional é débil; o Governo finge-se de incapaz, e é acima de tudo demagogo porque não há comando, e, porque, a corrupção impera – de forma deslavada e escancarado – no seio do Poder.

Vossa Excelência, como bem citou em sua Circular, à Instituição Exército cabe hoje, como no passado, atuar de forma integrada à sociedade brasileira - da qual, com orgulho, é parte ponderável - para a conquista dos objetivos longamente perseguidos por toda a Nação. Já como indivíduos, soldados e famílias de soldados, cidadãos que somos, são também nossos os anseios de todos os brasileiros. A farda não abafa o cidadão no peito do soldado, no dizer magistral do Marechal Osório.

Animados desse espírito, vemos a superação de desavenças passadas a iluminar a convivência nacional, de forma a continuarmos caminhando,
ombro a ombro, rumo à construção de um amanhã próspero e feliz, e jamais há de esquecer as lições do passado nem os exemplos de dignidade
que nos foram transmitidos por nossos antecessores.

Mas, Excelência, nossa preocupação é com o silêncio de nossos Chefes, com a implícita conformidade ante todos os ataques que nos dirigem, ante a perseguição sem trégua e sem indicativo de que um dia terá término.

Nossa convicção, Digno Comandante, é a de que nossas Forças Armadas vêm perdendo o rumo.

Todos temos a maior certeza de que o futuro de todo militar da Ativa é a Reserva e depois a Reforma. Quando deixamos a Ativa, embora psico-
logicamente preparados, sentimos uma grande sensação de perda.

Mas nem vamos nos referir à indiferença com que os militares da Ativa tratam os militares da Reserva, ou mesmo os Reformados. Mas quer nos
parecer que nós, os da Reserva e os Reformados, estamos mais preocupados em cultuar nossos antecessores, que nos legaram essas instituições as quais aprendemos a amar, e aos quais cultuamos pela grande dedicação com que as transmitiram para nós.

Assistimos entristecidos em ver desaparelhamento de nossas Forças Armadas, o enfraquecimento do moral de nossos irmãos de armas, e os sinais de que se nada for feito, elas simplesmente se desfarão como grãos de areia.

Não lhe peço escusas pela franqueza desta minha manifestação, mesmo porque, não viceja em meu espírito a mínima intenção de melindrar Vossa
Excelência e o Exército Nacional, muito menos seu Comandante.

Sou um ex-militar disciplinado e tenho a hierarquia como dogma. O que não posso é ficar alheio à época em que vivo nem relegar à inércia meus princípios de cidadão e de soldado.

Senhor General: as palavras do Informex seriam irretocáveis se a linguagem tivesse sido simples e direta, dizendo ao jovem soldado que ingressou este ano no Exército, que em 1935 traidores comunistas assaltaram quartéis brasileiros, mataram friamente companheiros de farda, alguns enquanto dormiam, para tentar implantar um governo marxista-stalinista no Brasil.

Nesse caso, aqui estaria não só eu, como centenas de milhares de militares de todas as Forças Singulares, aplaudindo de pé a palavra de V. Exª e apresentando nosso respeito ao Exército Brasileiro.

Respeitosamente,

Percival de Araujo Costa

Capitão-de-Mar-e-Guerra Reformado


***

Obs.: Palmas para o comandante Percival. Pena que ele não tenha indicado o autor de algumas das passagens do texto. Do jeito como está, parece que ele foi o único autor. Para dirimir dúvidas, acesse, de minha autoria, "Rebatendo a língua de pau do Informex", endereço http://www.midiasemmascara.org/artigo.php?sid=4346





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