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Cronicas-->Pequenas coisas que jamais esquecerei -- 04/09/2011 - 21:12 (Juliana Mendes Velludo Guidi) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Engraçado... há coisas que nos marcam para sempre, não é?  Aos seis, sete anos eu ganhei da minha mãe uma boneca chamada Mãezinha. Lembro-me de ter ficado na cabeça dela até ganhar. E, embora não tivesse o mesmo poder de persuasão da Fernanda, minha irmã, que sempre conseguiu o que quis rapidamente, pois convencia muito bem meus pais, dessa vez deu certo. Essa boneca vinha com uma bebezinha. Sua filha, claro. E, assim que cheguei a minha casa, fui para a garagem brincar. Poucos minutos depois, minha mãe me chamou para almoçar. Eu, bobinha, fui e deixei a boneca lá. O portão era baixo... quando voltei... apenas a filhinha se encontrava na caixa. Ai!, sou uma mulher de trinta e três anos e posso afirmar que sinto agora o mesmo aperto que senti naquela hora. Fiquei muito triste!
Outra coisa que não esqueço é outra boneca rs. A Quem me Quer. Ela era linda! Fofa! Tinha umas bochechas e um cabelo... posso senti-la em minhas mãos neste momento. Essa eu ganhei da minha tia Ligia, irmã de minha mãe. Meu pai dizia que era sua neta rs. Lembro-me de ter rabiscado seu rosto com caneta azul. Depois, como não conseguimos remover a tinta, eu brincava dizendo que ela estava com catapora. Com essa boneca eu vivi muitos anos. Nós nos mudamos para uma casa grande com dois quintais. Um era de terra. Meu pai frequentemente pedia para um jardineiro cuidar desse quintal. Esse homem ia lá, limpava tudo, juntava o lixo e colocava fogo. Nós tínhamos um cachorro poodle, o Boni. Ele era uma peste, atentado demais! Um dia, sem que eu visse, ele pegou a Quem me Quer e levou para o quintal de terra. Como eu já estava me tornando uma mocinha de mais ou menos doze anos e tinha outros interesses, não senti falta dela logo nos primeiros dias. E chegou o dia de fazer limpeza no tal quintal. O homem juntou o lixo e jogou fogo. Mas, no meio daquele lixo, estava minha bonequinha querida. Nossa! Agora fiquei emocionada! Por isso, amo escrever minha vida. A melhor terapia! Nem preciso dizer como fiquei ao saber do fim da Quem me Quer, não é mesmo?
Tive muitas bonecas. Mas o que aconteceu com essas duas me marcou. Duas pequenas coisas que jamais esquecerei.

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