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Cronicas-->2011 - Cumprirei -- 04/09/2011 - 19:31 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Como vocês sabem devo uma caminhada à Iguape e pretendo pagar ainda este ano. Ontem saí de São Paulo, cheguei - Oi mãe. Cadê o Jorge? Não veio. Vou ver a estrada com o Carlinhos. Como assim e o arrmóoço, vais esfriar tudo. Marque o zero na praça, cada cinco uma marca. - Cinco o quê? Quilómetros oras. E fomos pela estrada de Sete Barras. Será que aguentarei, de carro parece fácil. Entrada da Torre Alta, primeiro cinco e treze na Parada dos Romeiros. E aí, tá treinando... Óó, todo dia. Chii, essa semana não andei, nem fiz bicicleta. Daqui prá frente, andarei todo dia. Conversa vem e vai, passamos o Guararema e o Vinhos Bonjour, puxa já o Taquaral. Me parece que antigamente era Abaitinga. Depois eu vejo isso, até aqui vinte e um quilómetros. Vários comércios e o Bar do Anísio. Quem já foi nem vai ler, acho que até rirá. Não se esqueçam, eu nunca fui.
Preciso planejar, Empreteco que sou. Devagar, entrada do Parque Carlos Botelho e fim do asfalto. Nada como ar puro e cheiro de mato. A estrada parece estar boa, vamos numa boa. A pé, então, nenhum problema e as marcas, Inho - as pontes serão referências. Várias e nominadas, homenagem para alguns sãomiguelenses, todos de ótimas lembranças. Não paramos nas biquinhas, mas, no Mirante do Vale do Ribeira, quilometro quarenta e sete vírgula três, descemos admirar a vista. Linda. Fotos e xixi, adiante. Pronto, eis a Reservinha, já em Sete Barras, cinquenta e quatro, pretendemos fazer em um dia. Tem que sair cedo e andar bem.
Boa tarde, como funciona? O Márcio disse - Venham ver. Aqui... Vocês podem ficar neste salão, banheiro ali e ali, chuveiro aqui. Precisa reservar uns dez dias antes. Não tem custo. Não, não tem mais nada. Só o salão e banheiros. Beleza de lugar, água do rio parecia gelada. Não sei não. Acho que ele não acreditou muito. Carro placa de São Paulo, eu com esta barriga, molengão. De qualquer forma me deu o cartão e o telefone para o contato. Obrigado, mais perto ligaremos. É que ele não sabe o compromisso que assumi.
Sete Barras tá longe? Não, o asfalto começa logo aí na frente. Mamparra e Ribeirão da Serra, outras menções e chegamos, oitenta e um quilómetros. Entramos à esquerda até o centro e ver pousada. Nenhuma, beira do rio. Na época que meu pai trazia romeiros, esperava a balsa aqui. Pequena e presa num cabo de aço, dava um medo. Depois fizeram a ponte, olha ela ali pra cima.
Contei umas histórias, deixe apresentar a comitiva - Carlinhos, já falei. Camila e a Edna. Continuei falando da torda do carachato, dos bancos de madeira, da turma do Rincão, do areião, do tempo da balsa, dos parentes de papai, da paçoca de carne e Sete Barras me pareceu a mesma. Passamos a ponte e só banana até Registro. Cem quilómetros até esta rotatória, olha um hotel ali. Paramos em frente e pedimos um cartão. O atendente, muito gentil, nos mostrou os quartos e ainda disse - Neste daqui dormiu um governador, mas, ele não foi a pé. Demos uma volta pela cidade, movimentada para duas da tarde de sábado, mais um hotel. Tó cumfome, tem um Graal aí na frente. Entramos na beérre. Encaramos um quilão dos bons, cafezinho e só papo sobre o trajeto e quem daria o suporte. Dois dias até aqui, pensei.
Inho, a mãe vai nos matar, com a comidama que fez e ainda nóis almoçamos aqui. Só mais um pouco, até a entrada de Pariquera. Já são quatro horas, não se preocupe, jantaremos o almoço. Entrei na cento e dezesseis e retornei, cento e vinte e dois quilómetros, prá fazer no terceiro dia. Pensei, faremos em quatro dias, é melhor. Voltamos pelo mesmo caminho em que fomos. Aí desandei contar as histórias de papai, titios e titias, e muitas do meu avó Benjamim, que inúmeras vezes atravessou esse sertão.
Onceisforam? Cambada, largaram minha comida. Mãe coloque na mesa, comida e conversa. Ainda estou conversando comigo mesmo, neste domingo quatro de nove de onze. Cumprirei a minha promessa!
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