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Artigos-->Não é que UM lembrou-me o OUTRO? -- 13/07/2003 - 15:58 (•¸.♥♥ Céu Arder .•`♥♥¸.•¸.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Às vezes me pergunto, como pode um ser de capacidade tão evidente andar por este site, que nada lhe acrescenta.

Géber Romano dá mostras de ser aquele mestre tranqüilo, a quem a "magnitude asinina" já não atinge.

Lembra-me um mestre de minha Faculdade de Letras, o saudoso Almo Saturnino, que ensinava Filologia Romana. Dom Almo (assim o chamávamos) foi, também, meu mestre de Língua Espanhola e de Prática de Ensino. Por essa razão, convivíamos muitas horas com ele. Aos sábados, no último ano, era a tarde toda.

Minha turma, de apenas vinte e sete alunos, considerava-o um doce Pai.

Era carinhoso, muito amigo, extremamente afável. chegava a ter ciúmes de nós, de tanto que nos queria bem.

Era idoso. Mas o seu porte magro e esbelto dava-lhe um "quê" de jovialidade.

Ministrava as aulas como quem está em casa, em tom de conversas informais, sentado na quina da mesa. Dizia ele que era para nos "olhar de cima".

Mestre Almo quase me convenceu, já naquela época, de que eu era uma exímia escritora. Prometeu lançar-me no mercado, pois ele editava seus livros pela Livraria e Editora José Olympio. Nunca me interessei, assim como hoje, a publicar nada.

Escrever não é minha profissão. Sou professora e professora morrerei.

Escrever é um prazer, um dom, um "sei-lá-o-quê". Quando dou por mim já escrevi coisas que nem me haviam passado pela cabeça.

Este momento é um deles... Comecei a escrever sobre os motivos de achar o Géber uma pessoa magnífica e veio-me à mente o meu saudoso e amado professor.

Num dos livros que Almo me ofertou, figuravam na dedicatória estas palavras:



"À Minha dedicada discípula, que traz um céu na alma, nos olhos e no coração."



Querido amigo "Dom Géber", você me fez lembrar uma pessoa muito amada.

É nesses momentos que eu consigo me convencer de que o tempo passado em navegação internáutica não é de todo desperdiçado. Pois tudo tem a sua cota de "compensação". É como quando, pela manhã, abro a porta da frente e saio para o jardim, todo gramado... A primeira coisa que vejo são os "montinhos da Bia".

Nesse momento, o jardim não é tão atraente assim.

Mas, após a recolhida dos dejetos, os quais isolo devidamente em saco plático, para posteriormente pôr no lixo, e umas borrifadas de água fresca, apresenta-se toda a beleza do verde e das flores...

Creio que, na vida, tudo funciona assim: isolam-se as coisas que incomodam num saco qualquer bem profundo de um canto escuro de nossa consciência e deixam-se florir somente as boas relações, os bons pensamentos.



Obrigada, Géber... Por fazer vir à tona de minhas lembranças um Ser amado que muito significado teve em minha formação.



Milene













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