Recém-casado eu costumava pegar o ônibus para o trabalho na mesma rua em que morava. O problema era o de sempre: ônibus lotado. Não conseguia entrar no ônibus e fazia boa parte do percurso na porta do lotaçao. Havia ainda o agravante de levar a marmita para o trabalho, então tinha de segurar os estribos do ônibus com a mão direita e a marmita com a esquerda. Minha esposa preocupada com sua performance de "boa dona de casa", preparava o almoço pela manhã e não me deixava levá-lo frio. Tinha de ser quente, mesmo que até ao meio dia já estivesse frio. Era-me, portanto dificil levar aquela marmita quente, pendurado do lado de fora do ônibus.
Mas, um dia sem querer encostei a marmita quente na bunda de uma jovem que tambem seguia para o trabalho. A moça deu um pulo e abriu alas para mim, que pude passar folgado entre ela e outras moças.
Daí por diante nunca mais fiquei do lado de fora do ônibus. Bastava encostar a marmita em alguma bunda (de preferencia feminina), e logo o corredor se abria para que eu passasse.
Isto hoje é piada...
Naqueles tempos
Era sofrimento...