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Cartas-->Carta ao escritor CAGIANO -- 17/11/2005 - 00:50 (Leon Frejda Szklarowsky) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Brasília, 12 de novembro de 2005
SOBRE SUA OBRA CONCERTO PARA ARRANAHA-CÉUS

Meu caro amigo escritor e mestre Cagiano

Ninguém é vazio bastante que não tenha o que dizer. Todos os seres têm dentro de si algo significativo para transmitir.

A responsabilidade do escritor e do poeta é muito grande e, quando conseguem transmitir a mensagem, é sinal de que atingiram o objetivo.

Recebi seu livro com muito prazer. Adoro receber correspondência. A chegada do carteiro proporciona-me alegria infantil, sensação prazerosa de encontrar o desconhecido que logo deixará de sê-lo e, quem sabe, trazer-me cascatas de felicidade. Aguardo com ansiedade cartas, convites, livros, prospectos e o que mais venha, exceto intimações do imposto de renda ou notificações do Detran. Quem delas gosta? Só o masoquista! E como eu não sou...
Pois bem, há poucos dias, o Concerto para Arranha-céus despontou em minha porta e verifiquei que vinha do escritor amigo, Cagiano.
A capa é linda, iluminada e condiz com o título e com uma das crônicas que compõe seu livro. O Marcus foi muito feliz na concepção.
Quanto às crônicas e histórias, não há como escolher uma delas, pois todas são encantadoras e cada qual retrata um momento e uma realidade ou ambiente e merece ser lida.
Comecei a leitura, de imediato, pela página 11, percebendo que o Ronaldo escritor e poeta, representante notável da nova geração, senão um dos mais brilhantes, não é jejuno nos escritos, pois poesias, contos, resenhas e críticas literárias fazem parte do seu dia a dia. Fraga tem razão, quando nota em você o lapidador que deixa a pedra mais brilhante; no caso, a palavra e a imaginação.
O escritor e o poeta têm um pouco de cada ser humano e, da síntese de todos, ele produz sua obra. Você traçou com maestria a síntese do homem, em todas as suas facetas. Não poupou palavras. Libertou sua imaginação criadora e buscou a perfeição.
Afinal, descobrir um escritor é como viajar pelo tempo e pelo espaço, desgarrar-se do dia a dia e caminhar pelo infinito, sem qualquer compromisso. É aprofundar-se nas galáxias da imaginação e permiti-la percorrer o mundo concebido pelo artista e até dele destoar, às vezes, e construir outros mundos, sobre as fundações criadas por aquele.
Concluo que você também gosta das cigarras, minhas amigas, e nota sua presença em agosto, no cerrado seco do Planalto Central, onde Juscelino, o predestinado, fincou Brasília, para todo o sempre, que tantos souberam retratar com simplicidade e poesia, como o seu “mestre revisor” Jacinto Guerra, em “JK Triunfo e Exílio” ou o Coronel Heliodoro, o do Instituto Histórico, ou ainda o Adirson, também do Instituto Histórico. Mas impressionou-me também a revisão escorreita do Napoleão Valadares. Dois mestres para não deixarem defeito algum e tornarem o texto “apetitoso”.
Achei muito gentil de sua parte prestar homenagens a pessoas que, certamente, marcam ou marcaram sua presença no nosso planeta, como Scliar e Rawet, o judeu que teve coragem de desgarrar-se de tudo, construindo o seu próprio universo e dele divergir.
A leitura de seu Concerto para Arranha-céus é agradável, porque revestida de humanismo e muita perspicácia. Histórias (e não estórias. Não gosto desta palavra. Prefiro a outra) curtas, sem rodeio, descrevendo, de forma elegante, a realidade que só um poeta ou um escritor da sua estirpe enxerga, fazem do livro um manancial de coisas belas e até intrigantes.
E “O Mundo lá Fora” traduz bem o poeta que você é, ao ver “o sol rebentando lá fora e a gente aqui, enfurnado....pois o tempo vai passando, e a gente aqui....” Mas que beleza você imaginando os outros venderem o tempo, mergulhados na incompletude de suas vidas, naquele de fim de expediente, quando o outro diz: vamos fechar o boteco...., narrado com tanta simplicidade em “No Banco”.
Parabéns, meu bom amigo. Você propiciou-me momentos de intensa alegria, com a leitura que fiz aos borbotões.
Receba um tríplice e fraternal abraço.

Leon
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