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Cronicas-->Descobertas -- 29/06/2011 - 19:32 (Juliana Mendes Velludo Guidi) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Estou num processo de autoconhecimento assustador! Com o tempo, descobri... não, não é examente uma descoberta. É um deixar aparecer. Um... "você é isso mesmo, não dá mais para fugir". Agora posso ter te deixado assustado, leitor.  Por que eu teria de fugir de mim? Calma. Eu não sou uma pessoa má. Sou boa. Eu acho rs...
Hoje, aceito que não nasci para algumas coisas para as quais me forçava. E que nasci para outras com as quais ainda reluto. Vou tentar ser clara. Se é que você quer que eu seja clara. Talvez nem queira ler. Talvez tenha começado a leitura e desistido de continuar. Talvez nem esteja lendo o que estou escrevendo agora. Talvez eu nem esteja escrevendo para você... É... descobrir-me não está sendo muito fácil.
Ontem declarei que odeio baladas. É idiota? Tudo bem. Para mim foi importante assumir, aceitar que não goste disso. Passei tanto tempo frequentando festas sem vontade. Sentindo-me estranha nos lugares. Foi bom dar de cara com o que declarei. Há algum tempo já venho notando que não gosto da pressão dos estudos. É. Adoro trocar ideias com professores. Sou boa aluna, não disse excelente, boa aluna. Meus professores sempre gostaram de mim. Sou pertinente... mas... não suporto a pressão. Não nasci para ter prazo de entrega de trabalhos, artigos... Quis muito fazer mestrado, mas fiquei doente, quase morri e perdi a minha pós. Como continuar estudando? Que pique?
No trabalho, sou diferente. Sou inteira. Descobri que nasci para fazer o que faço. Amar meus alunos. Não digo educar, existem professores muito mais preocupados com o conteúdo a ensinar e levando muito mais a sério esse lance de "ensinar" do que eu. Sou diferente. Amo o que faço, mas sinto que poderia ser melhor. Porém, meus alunos me amam e dizem que eu ensino bem. Mais uma descoberta: às vezes... quase sempre, não me sou. Não pego o que conquisto. Uma vez, minha psicóloga disse que pareço um saco furado do qual tudo escapa. Não consigo tomar posse do que é meu. Estranho. Maluco. Maluca...
Descobri que sou chata e foi... barra. Eu sou assumidamente chata. Sou pegajosa quando amo. Insuportável. Tenho consciência disso. Mas sei que um homem sensível pode gostar de uma mulher que abra seu coração e não tenha medo de dizer o que pensa. Descobri que sou acomodada. Que tenho muito medo do que é novo. Que tenho medo de ficar em evidência. Tenho medo de me destacar e por isso me boicoto... nossa! Se eu soubesse que escrever minhas descobertas me faria muito melhor do que ficar deitada num divã... teria me assumido faz tempo.
Não se esqueça, em alguns trechos, em vez de descobrir, acho que fica melhor o verbo assumir. Se é que ainda esteja aqui. Tenho muitas outras coisas já assumidas e ainda para assumir, mas volto com outro texto. Pois estou cansada e minha cabeça... não vai mais.

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