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Artigos-->Nem só de merda... -- 11/07/2003 - 13:20 (•¸.♥♥ Céu Arder .•`♥♥¸.•¸.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
NEM SÓ DE MERDA É FEITA A MENTE HUMANA







Evidente que não, Guima!!!

Jamais se nivela a arte por baixo!

Como diria Odorico Paraguaçu: "NEM SÓ DE MERDA É FEITA A MENTE HUMANA".

E os valores que ultrapassam fronteiras?

É verdade!

Não é a arte universal, assim como o amor, sentimento contraditório que move o mundo?



O AMOR... Guima... Tão altruísta em sua essência do "DAR"... E tão devassso em mentes confusas, corroídas pela indecência de experiências vis que nunca chegarão a compor um cenário de LUZ...



É meio "cifrado" o que estou tentando passar, reconheço.

Mas, esqueçamos-nos da merda e deleitemos nossa mente com Camões, principalmente "lírico" que é o que mais me toca.



Sim... "Os Lusíadas" foi um pouco traumatizante para minha vida de estudante, ainda adolescente.

Houve, em tempos idos, um exame de vestibular onde se indagava ao desprevenido candidato: Qual seria o olho cego de Camões? Dramático, não?



Por essa razão, queridíssimo anarquista, é que os estudantes de minha época tinham "pavor" do Ilustre Lusitano, que nada tinha de culpa se o pintavam "algoz dos discípulos assustados".



Mas eu dei muita sorte. Chegada a minha vez, a parte interpretativa do vestibular foi o episódio de "Inês de Castro". Levei "de letra", pois era a parte que mais me comoveu.

Mais tarde, a meu gosto, perdia-me nos mitológicos personagens que atuaram naquela epopéia deslumbrante... E nunca mais parei!



E Pessoa, Guima?

Quem não há de reconhecer o valor incontestável daquelas "faces ocultas" tão paradoxalmente intrigantes?

Quantas vezes me vi, leitora apaixonada, em sintonia fina com Fernando:



"Hoje eu defendo uma coisa, amanhã outra; eu era pagão dois parágrafos acima, mas ao escrever este já não o sou."



E quão inebriada eu me via no lirismo bucólico de "O guardador de rebanhos"...

Pessoa não foi reconhecido em vida. Não era aquela a sua época. E ele próprio profetizou:



"Pertenço a uma geração que ainda está por vir, cuja alma não conhece já, realmente, a sinceridade e os sentimentos sociais. Não sinto o que é honra, vergonha, dignidade. São para mim palavras de uma língua estrangeira, como um som anônimo apenas.

Hoje, ainda ninguém sente isso; mas um dia virá quem o possa perceber. Pareço egoísta àqueles que, por um egoísmo absorvente, exigem a dedicação dos outros como um tributo..."



Se der abertura à tecla, não consigo parar de digitar sobre este "Fenômeno humano" que, de tão gigante não lhe coube apenas o nome de Fernando, mas outros:



* Caeiro, seu mestre e poeta da natureza.

* Reis, da odes horacianas, clássico e pagão.

* O futurista e radical Álvaro de Campos.



E Fernando Pessoa - ele mesmo - lírico desencantado, nacionalista místico e ocultista.

Pessoa, que se dizia "médium das figuras que ele próprio criou", tentaria ele mesmo explicar esse fenômenmo, mas nunca negá-lo. Era, como ele dizia "escravo da multiplicidade de si próprio".

Enfim, Pessoa considerava o ato de criar bem mais importante do que o ato de viver.








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