Fogo Fátuo – 11.Novembro.2005 – 01:28
Um pântano, putrefação, gases, seres de categoria ínfima.
Árvores feias, sem esplendor, sem frutos, raízes expostas.
A luz do luar não as penetra, escuridão, incerteza em sua imensidão.
Fertilidade nula, quase chula.
Subitamente, um som, um clarão. Fogo, luz, calor.
Dura um breve momento e por ele dissipa um tormento.
Extingue-se, nada mais resta. Nada mais presta.
Assim como um fogo fátuo, foi-se ela. Assim vai-se ela.
Deixou as sombras, deixou a tristeza, pior, deixou a incerteza.
Deixou um coração partido, despedaçado, irremediavelmente ferido.
Sem cor, sem amor.
Sem perspectivas, sem aspirações, sem clamor.
Wagner -
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