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Artigos-->Hipocrisia e Reformas -- 10/07/2003 - 21:43 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Hipocrisia e Reformas

(por Domingos Oliveira Medeiros)



Parlamentares, mal intencionados, insistem na tese de que a aposentadoria integral dos servidores públicos significa privilégio. Enganam o povo.



Eles, que aprovaram a lei que concede a aposentadoria nos atuais termos, sabem, melhor do que ninguém, que a integralidade pressupõe a contrapartida da contribuição integral; ou seja, o servidor, para garantir este direito, tem que contribuir, durante trinta e cinco anos, no caso dos homens, e trinta, no das mulheres, sobre tudo que o servidor recebe.



Diferente do trabalhador da iniciativa privada, que tem um limite de contribuição fixado em lei, atualmente de R$1.580, aproximadamente. Ou seja: mesmo que este trabalhador ganhe, digamos, R$30 mil por mês – caso de alguns executivos – ele descontará para a Previdência, apenas, R$ 160 aproximadamente. Enquanto o servidor, se ganhasse a mesma coisa, descontaria, por mês, R$ 3.000,00.





Os parlamentares também não desconhecem que mais de 95% dos servidores ganham, em média, até R$2 mil por mês. E não têm direito ao FGTS, como os demais trabalhadores. Por isso,não há que se falar em privilégios.

]

É verdade, porém, que existe um grupo pequeno de privilegiados, com aposentadorias imorais, de R$ 30 mil, por exemplo. Entretanto, isto é uma exceção, e, em parte, ocorre por culpa dos próprios deputados, federais ou estaduais, que nunca se empenharam no sentido de aprovar um teto de remuneração para todo o serviço público.



Aliás, desconfia-se que o teto não foi aprovado porque grande parte dos parlamentares acumulam ganhos bem superiores aos R$30mil.



Desconfia-se que esta reforma, afinal, estaria sendo feita para “desafogar” os atuais governadores, posto que seus antecessores meteram a mão no dinheiro da Previdência, desviando recursos para outras finalidades, e , agora, evidentemente, não há dinheiro para o governo investir no social, por exemplo.



A Previdência, se bem administrada, daria para pagar aposentadoria integral para todos; inclusive os trabalhadores da iniciativa privada. Desde que todos tivessem um teto definido (o maior salário pago pela União, cerca de R$17 mil, por exemplo) e que todos contribuíssem sobre tudo que recebem, (e não pelo limite de R$1.580, como é hoje para o trabalhador), e que se acabasse com o FGTS, direito, aliás, só atribuído aos trabalhadores da iniciativa privada.



Tanto isso é possível, que os bancos estão de olho na reforma, torcendo para que o governo abra mão dos salários superiores a R$2.400, a fim de que possam complementar a aposentadoria desses servidores, e ainda ganharem muito dinheiro com isso.



A pergunta que se faz é a seguinte: se os bancos podem fazer isso, por que o governo não faz? Resposta: Porque o governo, a bem da verdade, arrecadou uma montanha de dinheiro, durante anos e anos, e desviaram os recursos para outras finalidades.



Depois, com falta de controle, vieram os desfalques, os roubos, e assim começou o rombo da Previdência.



O resto, é conversa para boi dormir.



Domingos Oliveira Medeiros

10- de julho de 2003

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